«As
quase 23 horas que Isaltino Morais passou na cadeia - entre as 20h de
quinta-feira e as 18h52 de ontem [sexta-feira] - abriram mais uma brecha na
credibilidade da Justiça portuguesa. Com base numa decisão do Tribunal
Constitucional (TC), que rejeitou um recurso da defesa de Isaltino, um
procurador do Ministério Público (MP) promoveu a prisão do presidente da Câmara
de Oeiras e uma juíza ordenou a sua execução. Sem que nenhum dos dois soubesse
que havia outro recurso no TC, com efeitos suspensivos sobre a condenação -
cujo prazo para entrega de alegações só termina na próxima quinta-feira. Quando
souberam, por inciativa dos advogados e por diligências próprias, nenhum se
opôs à libertação. (...)»
Excerto da notícia do semanário EXPRESSO
de 1 de Outubro de 2011
Meu comentário: Ainda hei-de ouvir dizer
que o culpado da falta de informação e do desnorte da Justiça, neste e noutros
casos, seja imputado a algum problema informático, talvez ao incipiente Citius,
pois os computadores sempre tiveram as costas largas, e os informáticos sabem
bem do que se fala. Isaltino tem advogados competentes, que conhecem o terreno que
pisam, e não rejeitam tirar partido destes desleixos da justiça portuguesa, ao
traduzirem-nos em pedidos de indemnização ao Estado, que se reflectirão, fatalmente, no bolso dos
contribuintes, os quais serão convocados para colmatar a ofensa. Isto já não
falando na aposta, desenhada ao pormenor, pelos ditos, competentíssimos e
certeiros causidíacos, da prescrição dos crimes de que Isaltino é acusado. Conclusão:
A Justiça portuguesa é uma paródia, continuando a contribuir substancialmente
para o anedotário nacional, e Isaltino, e outros quejandos, riem-se
perdidamente.
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