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terça-feira, março 27, 2012

Será Que Ninguém os Prende?


OS NOVOS accionistas da EDP e da REN, respectivamente, a Three Gorges no caso da EDP e a State Grid e Oman Oil Company no caso da REN, vão receber 180 milhões de euros em dividendos de 2011, muito embora apenas tenham entrado para o corpo de accionistas em 2012. Compraram a preço de saldo e ainda por cima com direito a bónus. Com um descaramento difícil de classificar, o benemérito de serviço, neste caso o ministério das Finanças, explicou que “o preço de aquisição oferecido abrange a totalidade dos respectivos direitos de voto inerentes às acções à data em que o preço foi acordado entre as partes, incluindo os direitos aos dividendos referentes aos resultados do exercício de 2011, que serão distribuídos em 2012”. E depois ainda dizem que os portugueses andam a viver acima das possibilidades do país, e que é preciso fazer sacríficios para pôr as contas do Estado em ordem! Fica a pergunta: por este escandaloso negócio, e outros esbulhos que se seguirão, ninguém leva presos Coelho, Gaspar & Companhia?

sexta-feira, dezembro 23, 2011

Nota MÁXIMA, Apesar de Tudo o Resto…

EM 7 de Novembro de 2010, a propósito da astúcia geo-política dos dirigentes chineses, escrevi que “a China sabe o que faz. Penetra [ou iria penetrar] na Europa através do seu elo mais frágil, um Portugal com uma actividade económica diminuta, cheio de brechas e de carências, já colonizado por muitos, e à espera de ser colonizado por muitos mais”. Ora, ao tomar entre mãos 21,35% do capital da EDP, a China Three Gorges viu abrirem-se as portas de alguns dos mais apetecíveis e promissores mercados europeus e mundiais da energia, nomeadamente, na área das renováveis. Independentemente do facto desta privatização lesar profundamente a soberania e o interesse nacional, colocando na dependência de interesses estrangeiros, um potencial estratégico como é o da energia, se em 2010, face às expectativas, já dava à China a nota 19, hoje, mesmo sendo o vencedor quem é, e mantendo sobre ele as minhas reservas e reticências, subo-a para 20.

Com a perspectiva de termos um novo protagonista a banquetear-se à nossa custa, vamos agora ver como se vai comportar a nossa escandalosa Factura da Energia, aquela que de consumos, própriamente ditos, apenas tem 34%, e cujos restantes 66% são de taxas e impostos, que servem para pagar tudo e mais uma massagem tailandesa. Como diria o senhor Gervásio do talho cá do bairro, "sorte, sorte, teve o Ali-Babá, que só teve que lidar com 40 ladrões!". A minha esperança é que tudo o que é privatizável, também é nacionalizável.