O DOUTOR Mário
Soares, ex-primeiro-ministro e ex-Presidente da República, suspeito que esteja
a perder os seus talentos de analista político, quando disse que a
"troika" do FMI-UE-BCE até parece o Governo de Portugal. A questão é
que não parece, é! Na realidade, e para quem não anda distraído, a
"troika" é, de facto, o Governo desta feitoria, e o Governo
própriamente dito não passa de uma equipa de executivos e porta-vozes daquilo
que a "troika" decide.
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sábado, novembro 19, 2011
quarta-feira, outubro 19, 2011
Pensões e Hotéis de 5 Estrelas
CONTRARIANDO
as palavras do ministro das Finanças Victor Gaspar, que disse durante a
apresentação do Orçamento de Estado para 2012 não haver grupo social que não
seja chamado a contribuir para este esforço, veio a ver-se, as pensões
vitalícias auferidas pelos antigos titulares de cargos políticos, não eram abrangidas
pelo esforço adicional de austeridade que, como se sabe, será exigido aos
funcionários públicos e pensionistas, como punição por serem os mais bem pagos
do país e andarem a gastar acima das suas possibilidades.
No
dia seguinte, confrontado com o abismo entre as palavras e os factos, o
ministro Victor Gaspar acabou por reconhecer que a coisa tem que ser corrigida,
adiantando mesmo que se irá mais longe, aplicando limitações ao escandaloso número
de pensões que os políticos podem acumular.
Eu
já estava preocupadíssimo e a questionar os meus botões, mas afinal, tanto Mário
Soares como Jorge Sampaio e Almeida Santos, entre muitos outros coleccionadores
de pensões vitalícias, já não estarão naquele desesperado estado de
necessidade, senão mesmo de indigência, em que eu os imaginava, ao ponto de
serem dispensados de contribuir com o seu quinhão para a superação da crise.
segunda-feira, junho 27, 2011
domingo, junho 05, 2011
À Boca das Urnas - Se Não Votares, Ficas Caladinho!
O FACTO de um cidadão decidir abster-se de votar, não lhe retira a legitimidade nem o direito a ter opinião, que pode ser crítica ou não, sobre os caminhos da futura governação, até porque isso colocaria em causa o exercício da liberdade, um dos fundamentos da democracia e dos direitos cívicos. No dia reservado à reflexão (4 Junho 2011), moderar-se nas suas admoestações de índole paroquial, era o mínimo que se pedia ao Presidente da República.
NOTA – Mário Soares, interrogado pelos jornalistas, parece que subscreveu esta opinião. Au revoir, mon ami!
NOTA – Mário Soares, interrogado pelos jornalistas, parece que subscreveu esta opinião. Au revoir, mon ami!
terça-feira, maio 31, 2011
Fala a Experiência
… e depois, se te portares bem, até podes ter uma fundação para te entreteres, uma biografia a sério escrita por aquela jornalista que tu conheces, polícias e seguranças à porta, 24 sobre 24 horas, teres telemóveis em barda para escavacares, a oportunidade de abraçar uma causa como seja a protecção dos animais ferozes, ires à pesca de robalos com o Vara ou à caça das codornizes com o Alegre, frequentares um curso de artes marciais na China, integrares o conselho de administração da empresa que faz os “magalhães”, seres proprietário de um ginásio com spa no Freeport, jantares no Chez Dominique, considerado um dos melhores restaurantes do mundo, andares sempre com um teleponto na bagagem, porque podes ser convidado para discursar na Internacional Socialista ou nas campanhas eleitorais que vão aparecendo por aí, dares, uma vez por outra, aulas de inglês técnico na escola EB+S da tua área de residência, bem como beneficiares das mordomias que apenas estão reservadas aos grandes e excelentes estadistas como nós. É uma experiência alucinante, e tu tens estofo, podes crer!
quarta-feira, março 23, 2011
Distribuir Responsabilidades e Arranjar Desculpas
HÁ DOIS meses atrás, alguém do PS (partido Sócrates) reclamava, dizendo que o Presidente da República é alguém que não se deve meter onde não é chamado.
Anteontem, o vetusto Mário Soares, veio dizer que Cavaco Silva, no contexto actual, não devia sacudir a água do capote, mas sim empenhar-se na solução da crise política.
Ontem, a dirigente do PS, Edite Estrela, declarou que o Presidente falou tardiamente e não agiu quando devia, para evitar a crise política decorrente do PEC.
Entretanto, Manuel Alegre rompeu o silêncio que vinha mantendo desde as eleições presidenciais, para afirmar que a crise política deve muito a Cavaco, o qual incendiou o ambiente no país, com o seu discurso de tomada de posse.
Por sua vez, o próprio Cavaco Silva afirmou que a rapidez com que a crise evoluiu, reduziu substancialmente a sua margem de manobra para actuar preventivamente na crise política, e que entretanto vai recolher o máximo de informação sobre o assunto, o que pressupõe que não tem ido aos treinos, além de andar bastante distraído.
Preocupados, uns de uma maneira, outros de outra, em distribuírem responsabilidades e arranjarem desculpas, com isto chega-se à conclusão que não é só o país que está em crise, por obra e graça das malfeitorias da governação, mas também a clarividência de muitos dos actores e opinantes políticos de segunda linha.
Anteontem, o vetusto Mário Soares, veio dizer que Cavaco Silva, no contexto actual, não devia sacudir a água do capote, mas sim empenhar-se na solução da crise política.
Ontem, a dirigente do PS, Edite Estrela, declarou que o Presidente falou tardiamente e não agiu quando devia, para evitar a crise política decorrente do PEC.
Entretanto, Manuel Alegre rompeu o silêncio que vinha mantendo desde as eleições presidenciais, para afirmar que a crise política deve muito a Cavaco, o qual incendiou o ambiente no país, com o seu discurso de tomada de posse.
Por sua vez, o próprio Cavaco Silva afirmou que a rapidez com que a crise evoluiu, reduziu substancialmente a sua margem de manobra para actuar preventivamente na crise política, e que entretanto vai recolher o máximo de informação sobre o assunto, o que pressupõe que não tem ido aos treinos, além de andar bastante distraído.
Preocupados, uns de uma maneira, outros de outra, em distribuírem responsabilidades e arranjarem desculpas, com isto chega-se à conclusão que não é só o país que está em crise, por obra e graça das malfeitorias da governação, mas também a clarividência de muitos dos actores e opinantes políticos de segunda linha.
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