O MINISTÉRIO Público português reage como o cão de Pavlov; só saliva quando ouve a campaínha tocar, a anunciar a chegada da refeição. Neste caso, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal está a analisar os documentos tornados públicos pela organização WikiLeaks sobre voos de Guantánamo que alegadamente passaram por Portugal, embora só reabra o processo se houver novos e relevantes factos. Pelos vistos, estes ainda não chegam! É um nível de exigência, bem à portuguesa.
Além disso, a senhora Cândida diz que os documentos correm o risco de não terem valor probatório, se a Wikileaks for considerada ilegal, o que seria, diga-se de passagem, um argumento que dava muito jeito. Por outro lado há um senhor da área das leis, que diz que os documentos só são válidos se as autoridades americanas os confirmarem como autênticos, o que também é um ponto de vista que dá muito jeito. No primeiro caso é como se os frutos de uma árvore fossem dados como impróprios para consumo, porque a árvore foi plantada num terreno onde é proibido plantar árvores; no segundo caso, bastaria o destinatário declarar que nunca recebeu o telegrama que lhe tinha sido enviado, e tudo ficaria em águas de bacalhau. Assim, percebe-se melhor porque houve tanta coisa que ficou pelo caminho, e outra que para lá caminha, como é o caso do “freeport”, “universidade independente”, "face oculta", “operação furacão”, “portucale”, e outros assim parecidos. Se os assuntos em causa não fossem coisa grave, esta gente até teria o seu quê de patusco!
Entretanto os políticos portugueses riem-se, disfarçam, bamboleiam-se, requebram-se, dizem banalidades, dando a entender que isto é tudo uma nuvem passageira que se há-de dissipar. Espero que estejam enganados.
Além disso, a senhora Cândida diz que os documentos correm o risco de não terem valor probatório, se a Wikileaks for considerada ilegal, o que seria, diga-se de passagem, um argumento que dava muito jeito. Por outro lado há um senhor da área das leis, que diz que os documentos só são válidos se as autoridades americanas os confirmarem como autênticos, o que também é um ponto de vista que dá muito jeito. No primeiro caso é como se os frutos de uma árvore fossem dados como impróprios para consumo, porque a árvore foi plantada num terreno onde é proibido plantar árvores; no segundo caso, bastaria o destinatário declarar que nunca recebeu o telegrama que lhe tinha sido enviado, e tudo ficaria em águas de bacalhau. Assim, percebe-se melhor porque houve tanta coisa que ficou pelo caminho, e outra que para lá caminha, como é o caso do “freeport”, “universidade independente”, "face oculta", “operação furacão”, “portucale”, e outros assim parecidos. Se os assuntos em causa não fossem coisa grave, esta gente até teria o seu quê de patusco!
Entretanto os políticos portugueses riem-se, disfarçam, bamboleiam-se, requebram-se, dizem banalidades, dando a entender que isto é tudo uma nuvem passageira que se há-de dissipar. Espero que estejam enganados.
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