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A emigração maciça de judeus para a Palestina, ocorrida após a Segunda Guerra Mundial, começou a gerar os primeiros conflitos com os povos árabes, em especial os palestinianos. Se alguém quisesse ocupar a minha casa, eu defender-me-ia com tudo o que tivesse à mão, pois não iria deixar-me escorraçar e viver, obedientemente, no patamar da escada.
A ligeireza com que a ONU, em 1948, efectuou a cedência dos territórios do protectorado britânico da Palestina, para a implantação do futuro estado de Israel, trazia já consigo a marca da expropriação territorial dos povos árabes que lá viviam.
Foi David Ben-Gurion, fundador do estado de Israel, quem escreveu estas linhas, reconhecendo a inevitabilidade de uma guerra sem fim, entre árabes e judeus:
“Toda a gente vê uma dificuldade na questão das relações entre árabes e judeus. Mas nem toda a gente vê que não há solução para esta questão. Nenhuma solução. Nós, enquanto nação, queremos que esta terra seja nossa; os árabes, como nação, querem que esta terra seja deles.”
A crueza destas palavras, ditas há cinquenta anos atrás, deixam adivinhar o que veio a acontecer posteriormente. Entre guerras, massacres, algumas mezinhas e paliativos de permeio, o médio oriente dificilmente encontrará uma solução, enquanto se pretender que dois corpos ocupem o mesmo espaço, contrariando as próprias leis da física.
A sobrevivência de Israel como nação, passará sempre pela deportação e a infernização até aos limites da resistência humana, e em última análise a eliminação física, dos povos que se sentem esbulhados dos seus territórios (e resistem), neste caso particular, os palestinianos.
Embora regido pelo sistema democrático, o estado de Israel nunca foi um estado laico, antes pelo contrário, é um estado confessional. A prova disso é o facto de ser, em todo o mundo, o único estado que não possui casamento civil, e que apenas concede a nacionalidade israelita a quem professar uma religião, condição que noutras sociedades é encarada como uma opção do foro estritamente individual.
Vários observadores têm vindo a constatar que se está a operar uma mudança no perfil do regime israelita: os militares estão a assumir um preocupante ascendente sobre os políticos, sobretudo quando quem está no poder são políticos que não vieram das fileiras do Tsahal (exército israelita).
Israel bombardeia as populações civis de Beirute, Gaza, Rafah ou Ramalah, com a mesma determinação com que a Legião Condor bombardeou a população civil de Guernica, durante a guerra civil de Espanha.
As explosões sónicas israelitas fazem um trabalho demolidor. Muito mais potentes que as explosões de armas convencionais, transformam as super-povoadas zonas residenciais palestinianas, num imenso manicómio. Objectivo; tornar o ruído de explosões uma banalidade, obrigar as populações a conviverem permanentemente com a ameaça de morte, quebrar a resistência física e mental dos “bombardeados”, em resumo, tornar a vida impossível.
Bastou que a vitória eleitoral recaísse sobre o Hammas, para que Israel corresse a levantar novos obstáculos ao diálogo, e criasse condições para que a pressão subisse e irrompessem os pretextos para o desencadear de mais uma operação de “terraplanagem” com assassinatos selectivos, prisão de ministros e deputados palestinianos, à boa maneira das Waffen SS.
Os EUA dizem, pela boca de Condoleeza Rice que querem um “novo” médio oriente, diferente do actual, o qual, até agora, não tem conseguido encontrar os caminhos da paz. Se esse “novo” médio oriente for como o “novo” Iraque pós-Saddam, engendrado pelos EUA, estamos conversados.
Bem vistas as coisas, talvez esta não passe de uma guerra preparatória, levada a cabo por interpostas entidades, neste caso o Hezbollah e Israel, daquela que se irá travar no futuro, entre os EUA e o Irão.
A emigração maciça de judeus para a Palestina, ocorrida após a Segunda Guerra Mundial, começou a gerar os primeiros conflitos com os povos árabes, em especial os palestinianos. Se alguém quisesse ocupar a minha casa, eu defender-me-ia com tudo o que tivesse à mão, pois não iria deixar-me escorraçar e viver, obedientemente, no patamar da escada.
A ligeireza com que a ONU, em 1948, efectuou a cedência dos territórios do protectorado britânico da Palestina, para a implantação do futuro estado de Israel, trazia já consigo a marca da expropriação territorial dos povos árabes que lá viviam.
Foi David Ben-Gurion, fundador do estado de Israel, quem escreveu estas linhas, reconhecendo a inevitabilidade de uma guerra sem fim, entre árabes e judeus:
“Toda a gente vê uma dificuldade na questão das relações entre árabes e judeus. Mas nem toda a gente vê que não há solução para esta questão. Nenhuma solução. Nós, enquanto nação, queremos que esta terra seja nossa; os árabes, como nação, querem que esta terra seja deles.”
A crueza destas palavras, ditas há cinquenta anos atrás, deixam adivinhar o que veio a acontecer posteriormente. Entre guerras, massacres, algumas mezinhas e paliativos de permeio, o médio oriente dificilmente encontrará uma solução, enquanto se pretender que dois corpos ocupem o mesmo espaço, contrariando as próprias leis da física.
A sobrevivência de Israel como nação, passará sempre pela deportação e a infernização até aos limites da resistência humana, e em última análise a eliminação física, dos povos que se sentem esbulhados dos seus territórios (e resistem), neste caso particular, os palestinianos.
Embora regido pelo sistema democrático, o estado de Israel nunca foi um estado laico, antes pelo contrário, é um estado confessional. A prova disso é o facto de ser, em todo o mundo, o único estado que não possui casamento civil, e que apenas concede a nacionalidade israelita a quem professar uma religião, condição que noutras sociedades é encarada como uma opção do foro estritamente individual.
Vários observadores têm vindo a constatar que se está a operar uma mudança no perfil do regime israelita: os militares estão a assumir um preocupante ascendente sobre os políticos, sobretudo quando quem está no poder são políticos que não vieram das fileiras do Tsahal (exército israelita).
Israel bombardeia as populações civis de Beirute, Gaza, Rafah ou Ramalah, com a mesma determinação com que a Legião Condor bombardeou a população civil de Guernica, durante a guerra civil de Espanha.
As explosões sónicas israelitas fazem um trabalho demolidor. Muito mais potentes que as explosões de armas convencionais, transformam as super-povoadas zonas residenciais palestinianas, num imenso manicómio. Objectivo; tornar o ruído de explosões uma banalidade, obrigar as populações a conviverem permanentemente com a ameaça de morte, quebrar a resistência física e mental dos “bombardeados”, em resumo, tornar a vida impossível.
Bastou que a vitória eleitoral recaísse sobre o Hammas, para que Israel corresse a levantar novos obstáculos ao diálogo, e criasse condições para que a pressão subisse e irrompessem os pretextos para o desencadear de mais uma operação de “terraplanagem” com assassinatos selectivos, prisão de ministros e deputados palestinianos, à boa maneira das Waffen SS.
Os EUA dizem, pela boca de Condoleeza Rice que querem um “novo” médio oriente, diferente do actual, o qual, até agora, não tem conseguido encontrar os caminhos da paz. Se esse “novo” médio oriente for como o “novo” Iraque pós-Saddam, engendrado pelos EUA, estamos conversados.
Bem vistas as coisas, talvez esta não passe de uma guerra preparatória, levada a cabo por interpostas entidades, neste caso o Hezbollah e Israel, daquela que se irá travar no futuro, entre os EUA e o Irão.
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