O HÁBITO já vem do tempo dos governos de Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates, até que passou a ter agora a sua expressão máxima, no governo do Passos Coelho. Mentir, baralhar, desconversar, desinformar, não confirmar nem desmentir, era para ser assim mas já não é, o futuro só a Zeus pertence, etecetera e tal, são expressões que passaram a povoar o nosso quotidiano, e que têm por objectivo deixar-nos confundidos. Ora isto não acontece por acaso. Dizer hoje uma coisa e amanhã o seu contrário, armar a confusão, instalar o caos, é uma estratégia ancestral. Ouvir repetidamente uma coisa e logo depois o seu desmentido, é a forma mais segura de provocar o nosso progressivo alheamento e desinteresse sobre essa matéria, até que somos apanhados desprevenidos, e é desferido o golpe fatal. Já Sun-Tzu, o general chinês que há dois mil anos escreveu um tratado sobre a arte da guerra, aconselhava que antes de darmos batalha ao inimigo, devemos lançar a maior confusão possível entre as suas hostes, pois um exército confundido é um exército antecipadamente derrotado. Só que, neste caso, há uma grande diferença: o inimigo a abater é o próprio povo de que os políticos se dizem governantes.
quarta-feira, outubro 09, 2013
A Arte da Confusão
O HÁBITO já vem do tempo dos governos de Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates, até que passou a ter agora a sua expressão máxima, no governo do Passos Coelho. Mentir, baralhar, desconversar, desinformar, não confirmar nem desmentir, era para ser assim mas já não é, o futuro só a Zeus pertence, etecetera e tal, são expressões que passaram a povoar o nosso quotidiano, e que têm por objectivo deixar-nos confundidos. Ora isto não acontece por acaso. Dizer hoje uma coisa e amanhã o seu contrário, armar a confusão, instalar o caos, é uma estratégia ancestral. Ouvir repetidamente uma coisa e logo depois o seu desmentido, é a forma mais segura de provocar o nosso progressivo alheamento e desinteresse sobre essa matéria, até que somos apanhados desprevenidos, e é desferido o golpe fatal. Já Sun-Tzu, o general chinês que há dois mil anos escreveu um tratado sobre a arte da guerra, aconselhava que antes de darmos batalha ao inimigo, devemos lançar a maior confusão possível entre as suas hostes, pois um exército confundido é um exército antecipadamente derrotado. Só que, neste caso, há uma grande diferença: o inimigo a abater é o próprio povo de que os políticos se dizem governantes.
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