sábado, novembro 08, 2008

Código do Trabalho

C
Sobre o Código do Trabalho, diz o jornal Público de hoje, o seguinte:

“A revisão do Código do Trabalho foi hoje aprovada na Assembleia da República com os votos favoráveis da maioria do PS, mas tal como se previa sem a posição favorável ao documento de alguns deputados socialistas que já tinham anunciado o seu “não”.
Manuel Alegre, Teresa Portugal, Júlia Caré, Eugénia Alho foram os quatro socialistas que já tinham indicado a sua oposição ao Código do Trabalho. Matilde Sousa Franco foi a novidade nos votos contra da bancada, dado que não tinha votado na primeira vez.
Também votaram contra os deputados do grupo parlamentar do PCP e do Bloco de Esquerda e Carloto Marques e Pedro Quartim Graça, os dois deputados do Movimento Partido da Terra que integram a bancada do PSD. Os deputados do PSD e do CDS abstiveram-se.
…”
Alguns portugueses, comentando no site do jornal Público, a aprovação desse mesmo Código do Trabalho, teceram as seguintes considerações:

“A esquerda modernaça é isto: o maior ataque jamais desencadeado contra os trabalhadores portugueses. Com um Primeiro-Ministro que (disse-o ele próprio) aprendeu pela Organização Política e Administrativa da Nação (o catecismo da antiga ditadura), outra coisa não era de esperar, que não o retrocesso ao século XIX, com jornadas de trabalho de 12 horas. Com gente sem princípios democráticos e sem valores morais, outra coisa não era de esperar, que não fosse o mais violento dos ataques à família, com os pais a alijarem a responsabilidade pelos filhos. Gente sem carácter, sem princípios, sem valores apossou-se do Partido Socialista. Acomodados às migalhas que lhes são distribuídas, perderam a espinha dorsal. E apenas servem para tentar mistificar, enganar, adornar com belas palavras, as malfeitorias que vão fazendo. O socialismo de há muito apodreceu, esquecido na gaveta onde o tinham metido. Agora é a própria democracia que está em causa. Como dizia ontem um militante socialista: «Este país é um hospício e José Sócrates é o porteiro do hospício».”
Laura Dias, Lisboa

“Um belo dia veio um senhor do lado de lá do Atlântico, de seu nome Jack Welsh, fazer um colóquio em Lisboa sobre economia. A determinada altura, questionou os presentes sobre se sabiam a que se devia a situação caótica em que se encontrava o nosso País? O senhor Welsh também deu a resposta: disse ele que a culpa era dos patrões que abundavam neste País, que deviam de ter vergonha de ter o País neste estado, e que quem precisava de formação eram eles, os patrões! O senhor Welsh tem toda a razão, enquanto tivermos patrões desta natureza, nunca este país irá a lado algum.”
John Inglês, Guimarães - Portugal

“Depois de atacar violentamente o anterior Código do Trabalho de Bagão Félix e companhia, eis que o PS dá uns retoques, mantém o essencial do Código anterior, e aprova mais um atentado aos trabalhadores. PSD e CDS-PP abstiveram-se, porque, na génese, estão de acordo com isto. Sócrates podia ter um pinguinho de vergonha naquela cara e explicar-nos porque barafustou tanto contra o Código de Bagão e agora nos impinge este que, na essência, é igual: lixem-se os trabalhadores. Obrigado portuguesas e portugueses por terem eleito este governo e os anteriores do PSD. Do fundo do coração.”
Renato, Lisboa

“Os Trabalhadores nos anos mais próximos não esquecerão esta "cambalhota" do PS. Os actos ficarão com quem os pratica. Estejamos todos atentos ao que o futuro nos reservará, a nós trabalhadores, depois das promessas do PS e das tão badaladas vantagens deste documento. Daqui a pouco tempo, calculo, quando as consequências da aplicação deste código se fizerem sentir no terreno, assistiremos a um triste espectáculo de degradação da vida de muitos milhares de Portugueses. Veremos, então, o que terão para nos dizer os deputados que aprovaram este documento. Não dizem, como sempre. Ó triste sina, em vez de avançarmos esta gente empurra-nos alegremente para o século XIX.”
Pinto, Portugal

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