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Não dá para entender! Falta clareza e coerência nos seus discursos: num dia Mário Soares solidariza-se e tece rasgados elogios a Pinto de Sousa, também conhecido por José Sócrates, pela sua determinação política, ao mesmo tempo que gaba a Maria de Lurdes Rodrigues, vulgo Milu, também conhecida como ministra da educação, pela sua coragem e persistência no braço de ferro que mantém com toda a classe de professores do país, a propósito do estatuto da carreira docente e da avaliação de desempenho; noutro dia, mais à frente, diz que o país, por força da crise económica e do desespero social que se instalou, está à beira de uma ruptura, qualquer coisa que tanto pode ser uma convulsão social como uma insurreição, baralhando o papel dos protagonistas.
Num dia “o menino de ouro” do PS é o “ungido”, a melhor e única coisa a que podemos recorrer, e que como tal deve ser paparicado e protegido pelos portugueses, para levar a cabo as reformas que o país supostamente reclama e que o “socialismo moderno” (Nota 1) do PS concretiza; no outro, diz que estamos à beira da falência e do colapso como nação, não pela acção directa das políticas deste governo, mas sim, espante-se, por culpa dos outros “estados”, deixando de fora das suas análises e críticas, a extravagante actuação do actual governo deste país. Finalmente, descarrega a responsabilidade deste estado de coisas sobre as oposições parlamentares, que afinal, por força da maioria absoluta que suporta o governo, apenas têm podido, umas vezes reclamar, outras até morder as canelas do governo, mas cujas iniciativas caem sempre em saco roto, pelo sistemático bloqueio da tal maioria absoluta.
Dito isto, afinal, Dr. Soares, em que ficamos?
Não dá para entender! Falta clareza e coerência nos seus discursos: num dia Mário Soares solidariza-se e tece rasgados elogios a Pinto de Sousa, também conhecido por José Sócrates, pela sua determinação política, ao mesmo tempo que gaba a Maria de Lurdes Rodrigues, vulgo Milu, também conhecida como ministra da educação, pela sua coragem e persistência no braço de ferro que mantém com toda a classe de professores do país, a propósito do estatuto da carreira docente e da avaliação de desempenho; noutro dia, mais à frente, diz que o país, por força da crise económica e do desespero social que se instalou, está à beira de uma ruptura, qualquer coisa que tanto pode ser uma convulsão social como uma insurreição, baralhando o papel dos protagonistas.
Num dia “o menino de ouro” do PS é o “ungido”, a melhor e única coisa a que podemos recorrer, e que como tal deve ser paparicado e protegido pelos portugueses, para levar a cabo as reformas que o país supostamente reclama e que o “socialismo moderno” (Nota 1) do PS concretiza; no outro, diz que estamos à beira da falência e do colapso como nação, não pela acção directa das políticas deste governo, mas sim, espante-se, por culpa dos outros “estados”, deixando de fora das suas análises e críticas, a extravagante actuação do actual governo deste país. Finalmente, descarrega a responsabilidade deste estado de coisas sobre as oposições parlamentares, que afinal, por força da maioria absoluta que suporta o governo, apenas têm podido, umas vezes reclamar, outras até morder as canelas do governo, mas cujas iniciativas caem sempre em saco roto, pelo sistemático bloqueio da tal maioria absoluta.
Dito isto, afinal, Dr. Soares, em que ficamos?
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Nota 1 : Onde se lê “socialismo moderno”, e respeitando a última definição de atributos do PS, formulada por Pinto de Sousa, também conhecido por José Sócrates, deve ler-se “socialismo moderno, moderado, popular e democrático”. Ou será que ele quis dizer “esquerda moderna, moderada, popular e democrática”? São tantas e tão ricas as definições que uma pessoa acaba a ficar baralhada…
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