sábado, dezembro 13, 2008

“O Leão da Estrela”

“…
Bem pode o primeiro-ministro vir dizer, como pretexto para a megalómana contribuição ao Banco Português de Negócios e ao Banco Privado, que o que está em causa é a salvaguarda da imagem do país! Com estas estapafúrdias medidas, Sócrates faz lembrar “O Leão da Estrela”: como o Anastácio, também ele vive para o retrato, mesmo que para isso sobrecarregue sem dó nem piedade as muitas famílias “Barata” que por conta do honrado trabalho vão vivendo, ou sobrevivendo, de cara lavada e cabeça levantada.
Entre a realidade nua e crua vivida por todos aqueles que a custo vão sustentando o país e os outros que por “hobby” o foram (e vão) dilapidando, o Governo optou por ajudar os segundos e por isso mesmo os “rotos” vão ter de continuar a dar a mão aos “nus” para que os “Armanis” do costume continuem impecavelmente a “brilhar” nas periclitantes passarelles da aparência. E já agora…
- Ò Barata, empresta-me aí cem escudos, que eu só tenho notas de conto!”

António Carvalho, de Gouveia, em Cartas ao Director do jornal PÚBLICO em 2008-12-12

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