quarta-feira, março 15, 2006

Adeus TRRRIM, TRRRIM …


Esta é a transcrição de uma carta que enviei à PT COMUNICAÇÕES, na sequência de mais um mau serviço aos clientes, à comunidade e ao país, sentido na pele. Será que o nervosismo (verdadeiro ou simulado, o tempo o dirá) desencadeado pela OPA, é a causa de tanta negligência e desnorte? Não, não é! A PT habituou-se, ao longo das décadas, a tratar os clientes como uma maçada que se deve despachar com duas pedras na mão, ou sacudir com desdém, quais limões que devem ser espremidos e enganados sem contemplação, sem direito a desculpas, mesmo quando têm razão.

“Exmos. Senhores:

Serve a presente para vos comunicar que, a partir do corrente mês de Março, prescindo dos vossos serviços, relativos ao fornecimento de rede fixa. Passo a especificar as minhas razões, em número de três (3), a saber:

1) De há uns meses a esta parte, e apesar de sempre ter informado que estava satisfeito com o actual prestador de serviços (XPTO), fui sistematicamente assediado e incomodado com contactos por escrito e via telefone, de pessoal da PT, no sentido de aderir aos vossos serviços e tarifas;

2) Bisando uma situação já ocorrida em 2005, no passado dia 3 de Março deixei de poder efectuar e receber chamadas pela rede fixa, muito embora o meu telefone tocasse quando alguém me pretendia contactar. Solicitei a intervenção da XPTO, a qual, após várias esforçadas diligências, me informou que o problema tinha origem na PT. Esta situação manteve-se até à tarde do dia 9 de Março (6 dias sem telefone), altura em que um funcionário da PT telefonou a informar que o problema já estava solucionado, explicando que umas obras teriam afectado a linha, justificação que dificilmente se aceita, dado que em modo de recepção o telefone tocava, muito embora não houvesse comunicação. Quando manifestei ao técnico a minha incredulidade por tal corte se ter arrastado durante 6 dias, e apenas me ter afectado a mim, o mesmo exibiu alguma admiração;

3) Nesse mesmo dia 9 de Março recebi uma Factura Nº. 99999999 da PT, relativa ao mês de Fevereiro de 2006, na qual me eram indevidamente debitados € 20,937 de comunicações, ao passo que a XPTO, para o mesmo período, me debitou, muito correctamente e como lhe competia, € 17,63 por essas mesmas comunicações.
Naturalmente, apressei-me a cancelar junto do banco respectivo a autorização de débito directo que possuía para as facturas apresentadas pela PT Comunicações, pois não tenho por hábito pagar contas em duplicado.
Para confirmação do que atrás referi, junto fotocópias de ambos os documentos citados.

Apenas uma nota final: a PT Comunicações deveria ser tão diligente a tratar os seus clientes como trata os seus accionistas.

Nesta conformidade, e como referi no primeiro parágrafo, insisto em prescindir dos vossos serviços, ficando o aparelho telefónico à vossa disposição para ser recolhido na morada abaixo, quando muito bem entenderem. Sem outro assunto, subscrevo-me.”

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