domingo, outubro 15, 2006

O Bobo de Serviço

O
Está na altura de começarmos a contar quantas vezes já foi anunciada a saída da crise e a competente recuperação económica portuguesa. Sexta-feira passada, dia 13 de Outubro, em Aveiro, perante uma plateia de ouvintes atentos, e talvez influenciado pela celebração do milagre do sol, ocorrido há 89 anos na Cova da Iria, coube a vez a Manuel Pinho, o incontinente, burlesco e inacreditável ministro que soçobra as pastas da economia e da inovação, ter dado a boa nova, com a determinação que a situação exige, e a convicção que se lhe conhece: “a crise acabou!”, assim mesmo, a frio e sem preâmbulos inúteis, acrescentando mais um disparate, ao seu já vasto currículo de baboseiras e alguns excessos de velocidade (apanhado a 212 kms/hora), para não faltar a compromissos.
Os sinais de retoma económica, a tão falada quanto famigerada luz ao fundo do túnel, já teve vários preclaros mensageiros, desde o ministro das finanças Teixeira dos Santos, passando pelo governador do Banco de Portugal Victor Constâncio, e até mesmo o próprio primeiro-ministro Sócrates. Com a impunidade assegurada, os ministros sabem que estes anúncios podem ser replicados, as vezes que forem necessárias. A crise ter acabado, para os senhores deste governo, não tem nada a ver com factos e números. Continua a ser coisa que se anuncia sem se ver, bastando para tal que alguns indicadores estremeçam ao de leve, insuflados pela fé nas “apostas”, e que as falácias e embustes propalados pelos ministros, tragam a garantia da maioria absoluta que lhes dá cobertura.

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