QUANDO os regimes (sejam eles quais forem) se conluiam com o capitalismo puro e duro, o resultado não pode ser saudável, e a China sabe o que faz. Penetra na Europa através do seu elo mais frágil, um Portugal com uma actividade económica diminuta, cheio de brechas e de carências, já colonizado por muitos, e à espera de ser colonizado por outros. Também é um promissor mercado de 10 milhões de consumidores. Um dia destes, sem dar por isso, estaremos a mastigar “corn flakes” made in República Popular da China e a falar mandarim. Se tivesse que atribuir uma nota à astúcia geo-política dos dirigentes chineses, dava-lhes 19 valores.
1 comentário:
Fernando, seria bom termos essa importância, mas não me parece o caso.
Para a China, o interesse por Portugal, será pouco mais que simbólico. Compor o ramalhete das sua relações com a UE, África e Brasil, espaços a que já tem amplo acesso directamente (ex: Angola) sem necessidade da ajuda de Portugal.
Em França, um dia destes só em aviões Airbus foi um negócio de 14 mil milhões de $US. E o negócio nos portos na Grécia é capaz de ser ainda superior. Em Portugal parece que tudo somado, com o optimismos habitual nestas cenas, será 700 milhões sabe-se lá em quantos anos.
Também não me parece que a China seja um exemplo de "capitalismo puro e duro", embora permita no seu país ao capitalismo, sobretudo estrangeiro, a exploração selvagem dos trabalhadores chineses, disso retirando (a China) bons proventos.
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