Os discursos pronunciados nas cerimónias evocativas do 25 de Abril transformaram-se em tiradas enfáticas, recheadas de encómios, bem emolduradas e regadas com brindes à democracia, mais uns quantos choradinhos dos costume, a explorar os temas que já conhecemos de cor. Tornaram-se litanias onde os políticos enunciam os males que nos afligem, desde as dificuldades económicas até à exclusão social, passando pelas desigualdades e o empobrecimento em geral, como se fossem outros que não eles, que nos outros dias do ano, se entregam à tarefa de demolir o que foi edificado de lá para cá, entregando o país às garras da penúria. Melhor seria que tentassem confessar-se e redimir-se dos pecados, por não serem o que parecem e por praticarem o inverso do que andaram a prometer. Ou então, que guardassem silêncio.
quarta-feira, abril 26, 2006
As Vozes e o Silêncio
Os discursos pronunciados nas cerimónias evocativas do 25 de Abril transformaram-se em tiradas enfáticas, recheadas de encómios, bem emolduradas e regadas com brindes à democracia, mais uns quantos choradinhos dos costume, a explorar os temas que já conhecemos de cor. Tornaram-se litanias onde os políticos enunciam os males que nos afligem, desde as dificuldades económicas até à exclusão social, passando pelas desigualdades e o empobrecimento em geral, como se fossem outros que não eles, que nos outros dias do ano, se entregam à tarefa de demolir o que foi edificado de lá para cá, entregando o país às garras da penúria. Melhor seria que tentassem confessar-se e redimir-se dos pecados, por não serem o que parecem e por praticarem o inverso do que andaram a prometer. Ou então, que guardassem silêncio.
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