(*) Em português significa “reacção”.
Algumas pessoas discordaram das ideias e considerações que vinculei no meu artigo “Mercenários”, dizendo-me que se a intenção era ensaiar um cenário de ficção científica, ainda vá lá, mas que se a finalidade era outra, estava a exagerar e a alimentar as teorias conspirativas que andam à solta por aí. Pois bem, seja ficção ou conspiração, o que é um facto é que o nosso presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, durante uma visita às tropas portuguesas estacionadas na Bósnia, no seu papel de comandante-chefe, e metido dentro de um dolman camuflado, sempre económico em palavras e ideias fracturantes, disparou no dia 20 de Abril de 2006, com todas as letras e para quem o quis ouvir, que “o envio de tropas portuguesas para o estrangeiro, longe de ser um encargo para o país, era sobretudo um investimento”. Arrisco-me a fazer uma pergunta, sabendo antecipadamente que ele não vai responder: Investimento em quê, porquê e para quê? O tempo encarregar-se-á de tirar as dúvidas.
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