terça-feira, abril 27, 2010

Das Promessas aos Actos

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“(…) Isto é o que nos une, 36 anos depois de Abril, e que torna esta sessão tão importante: a liberdade, hoje requintadamente condicionada.

Lembremos a revolução de Abril e Sérgio Godinho… porque em 2010:

O povo não pode escolher,
O povo não pode decidir,
O povo não pode produzir.
O Estado escolhe pelo povo,
O Estado decide pelo povo,
O Estado produz pelo povo.
O Estado é, afinal, do 24.
O Estado é o sistema e o regime.

Este Estado, senhor Presidente da República, é reaccionário.
Profundamente reaccionário!

Quando deixamos que o Estado entre nas nossas casas, nas nossas empresas, no nosso dia-a-dia, para reclamar o seu quinhão…
Quando deixamos que o Estado comprima direitos e garantias…
Quando deixamos que o Estado abdique voluntariamente do exercício da justiça…
Quando deixamos que o Estado se enfarte a si próprio à custa de todos…
Quando deixamos que o serviço-modelo do Estado – o único a funcionar com exemplar eficácia – seja o da cobrança de impostos…

Então… temos, enquanto representantes eleitos do povo e pelo povo, que pedir desculpa!
Não por ter feito Abril mas por ter, apenas, prometido Abril!
(…)”
Excerto da intervenção de José Pedro Aguiar-Branco, deputado do PSD, na Assembleia da República, em 25 de Abril de 2010.

Meu comentário: A solução é simples: basta de conversa, de adiamentos, de retrocessos, de desculpas, e passemos das promessas aos actos, para cumprir o que foi prometido em Abril.

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