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“A RTP2 anuncia para domingo a segunda edição do Dia D, maratona anual de documentários de produção nacional; na véspera a Midas Filmes anunciava que a 2 recusara exibir dois documentários portugueses produzidos pela firma, assinados por Fernando Lopes e Manuel Mozos. Que o mesmo é dizer: de um lado a 2 invoca a sua dedicação ao serviço público e o seu apoio à produção de documentários, do outro um dos produtores que trabalha com o canal denuncia essa dedicação e esse apoio como puramente cosmético.
“A RTP2 anuncia para domingo a segunda edição do Dia D, maratona anual de documentários de produção nacional; na véspera a Midas Filmes anunciava que a 2 recusara exibir dois documentários portugueses produzidos pela firma, assinados por Fernando Lopes e Manuel Mozos. Que o mesmo é dizer: de um lado a 2 invoca a sua dedicação ao serviço público e o seu apoio à produção de documentários, do outro um dos produtores que trabalha com o canal denuncia essa dedicação e esse apoio como puramente cosmético.
(…)”
Excerto do artigo de Jorge Mourinha, intitulado “Serviço público”, publicado no jornal PÚBLICO de 23 de Abril de 2010.
“(…) A direcção da RTP2, chefiada por Jorge Wemans, recusou apresentar, sem dar explicações, dois filmes de qualidade, “Michael Biberstein: O meu Amigo Mike ao Trabalho” de Fernando Lopes, e “Aldina Duarte: Princesa Prometida”, de Manuel Mozos, ambos produzidos por uma empresa, a Midas, que, em comunicado, acusa a RTP2 de desrespeitar o contrato de concessão e de fazer uma “afronta sistemática ao cinema português”, denunciada antes pelo DocLisboa e pelo Manifesto do Cinema Português que Manuel de Oliveira encabeçou. Depois do comunicado, Wemans teve o descaramento de dizer que “99,9 por cento” dos produtores “reconhecem” o lindo serviço que o canal público tem feito pelo cinema português e emitiu um contracomunicado listando as glórias do seu consulado. (…) A censura da RTP2 é pior que a dos fascistas, que se baseava em critérios políticos. Agora são critérios de arbitrariedade e autoritarismo. Wemans castiga quem é contra a obediência e contra quem exerce a liberdade de expressão. Se o país se regesse pela lei, pelo pudor, pela autoridade democrática, há muito que esta direcção da RTP2 teria sido varrida dos lugares públicos que insulta.
(…)”
Excerto do artigo de Eduardo Cintra Torres, da rubrica “Olho Vivo”, publicado no suplemento P2 do jornal PÚBLICO de 23 de Abril de 2010.
Excerto do artigo de Jorge Mourinha, intitulado “Serviço público”, publicado no jornal PÚBLICO de 23 de Abril de 2010.
“(…) A direcção da RTP2, chefiada por Jorge Wemans, recusou apresentar, sem dar explicações, dois filmes de qualidade, “Michael Biberstein: O meu Amigo Mike ao Trabalho” de Fernando Lopes, e “Aldina Duarte: Princesa Prometida”, de Manuel Mozos, ambos produzidos por uma empresa, a Midas, que, em comunicado, acusa a RTP2 de desrespeitar o contrato de concessão e de fazer uma “afronta sistemática ao cinema português”, denunciada antes pelo DocLisboa e pelo Manifesto do Cinema Português que Manuel de Oliveira encabeçou. Depois do comunicado, Wemans teve o descaramento de dizer que “99,9 por cento” dos produtores “reconhecem” o lindo serviço que o canal público tem feito pelo cinema português e emitiu um contracomunicado listando as glórias do seu consulado. (…) A censura da RTP2 é pior que a dos fascistas, que se baseava em critérios políticos. Agora são critérios de arbitrariedade e autoritarismo. Wemans castiga quem é contra a obediência e contra quem exerce a liberdade de expressão. Se o país se regesse pela lei, pelo pudor, pela autoridade democrática, há muito que esta direcção da RTP2 teria sido varrida dos lugares públicos que insulta.
(…)”
Excerto do artigo de Eduardo Cintra Torres, da rubrica “Olho Vivo”, publicado no suplemento P2 do jornal PÚBLICO de 23 de Abril de 2010.
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