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Excerto da entrevista que Florival Lança, ex-militante do PCP e ex-dirigente sindical da CGTP, concedeu a José Pedro Castanheira, jornalista do semanário Expresso, e publicada em 10 de Abril de 2010. O título do post é de minha autoria.
(...)
P - Continua a ser comunista?
R - Continuo. Não tenho dúvida nenhuma. Este sistema já mostrou à saciedade - basta olhar para as desigualdades e injustiças que existem no mundo inteiro - que é incapaz de dar resposta às necessidades das pessoas.
P - E o comunismo é capaz?
R - É. É por isso que se deve criticar a experiência histórica que conduziu ao colapso que conhecemos.
P - Aquilo não era comunismo?
R - Não. Se fosse, não teria sido o descalabro que foi. Eu acredito numa sociedade de justiça - ia dizer igualitária, mas é um termo passível de várias interpretações. Deve ser igualitária em termos de oportunidades, de participação, de colher os resultados do esforço colectivo.
P - Não falou em liberdade...
R - A liberdade é a primeira condição para que tudo o resto seja materializável e possível.
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Excerto da entrevista que Florival Lança, ex-militante do PCP e ex-dirigente sindical da CGTP, concedeu a José Pedro Castanheira, jornalista do semanário Expresso, e publicada em 10 de Abril de 2010. O título do post é de minha autoria.
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P - Continua a ser comunista?
R - Continuo. Não tenho dúvida nenhuma. Este sistema já mostrou à saciedade - basta olhar para as desigualdades e injustiças que existem no mundo inteiro - que é incapaz de dar resposta às necessidades das pessoas.
P - E o comunismo é capaz?
R - É. É por isso que se deve criticar a experiência histórica que conduziu ao colapso que conhecemos.
P - Aquilo não era comunismo?
R - Não. Se fosse, não teria sido o descalabro que foi. Eu acredito numa sociedade de justiça - ia dizer igualitária, mas é um termo passível de várias interpretações. Deve ser igualitária em termos de oportunidades, de participação, de colher os resultados do esforço colectivo.
P - Não falou em liberdade...
R - A liberdade é a primeira condição para que tudo o resto seja materializável e possível.
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Meu comentário: Derrota, falhanço e desencanto não quer dizer que signifiquem desânimo; podem ser força renovada para enfrentar as adversidades, com outra visão, outra energia e outra prática política.
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