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"A propósito da moção de censura do PCP, Santos Silva, ex-ministro dos Assuntos Parlamentares, hoje titular na Defesa, falou de incoerência e irresponsabilidade. Ao fim de sete meses de "estágio" na Defesa, S. Silva mais parecia um peixe fora de água não obstante o esforço para mostrar que o seu lugar é ali, no centro do debate parlamentar.
Santos Silva invocou coerência. Pior argumento seria difícil usar na defesa de um Governo a que já nada sobra do programa eleitoral!
Do não aumento de impostos à defesa do investimento público, da protecção aos desempregados à responsabilização do sistema financeiro como causador da crise, da defesa do Sistema Nacional de Saúde à preservação do Estado Social, nem uma pedra sobra do programa eleitoral do PS. No entanto, (ao que chega o descaramento…), S. Silva falou de incoerência do PCP ao apresentar a moção de censura… A menos que queira assinalar que há outros, (o PSD), que rivalizam com o Governo na ausência de escrúpulos, a verdade é que o PCP se limitou a sublinhar o que toda a gente já sabe: que o Governo vive na total desorientação, que faz num dia o contrário do que disse ontem.
Santos Silva acusou o PCP de irresponsabilidade política por visar a demissão do Governo em tempos de crise. Irresponsável seria assistir ao afundanço do País e nada fazer para o evitar; irresponsável seria pactuar com um Governo que vai proteger os mais poderosos e espremer até ao tutano os desprotegidos; irresponsável seria assistir ao curvar da espinha perante todas as exigências das potências europeias. Isso sim, seria irresponsável, seria aceitar os que preferiram Castela contra Álvares Pereira e o Duque de Bragança, os que entregaram a soberania face ao ultimato Inglês, sempre com o argumento da inevitabilidade e da incapacidade de agir em tempos de crise…"
Artigo de opinião de Honório Novo, economista e deputado do Partido Comunista Português, publicado no JORNAL DE NOTÍCIAS de 24 de Maio de 2010.
"A propósito da moção de censura do PCP, Santos Silva, ex-ministro dos Assuntos Parlamentares, hoje titular na Defesa, falou de incoerência e irresponsabilidade. Ao fim de sete meses de "estágio" na Defesa, S. Silva mais parecia um peixe fora de água não obstante o esforço para mostrar que o seu lugar é ali, no centro do debate parlamentar.
Santos Silva invocou coerência. Pior argumento seria difícil usar na defesa de um Governo a que já nada sobra do programa eleitoral!
Do não aumento de impostos à defesa do investimento público, da protecção aos desempregados à responsabilização do sistema financeiro como causador da crise, da defesa do Sistema Nacional de Saúde à preservação do Estado Social, nem uma pedra sobra do programa eleitoral do PS. No entanto, (ao que chega o descaramento…), S. Silva falou de incoerência do PCP ao apresentar a moção de censura… A menos que queira assinalar que há outros, (o PSD), que rivalizam com o Governo na ausência de escrúpulos, a verdade é que o PCP se limitou a sublinhar o que toda a gente já sabe: que o Governo vive na total desorientação, que faz num dia o contrário do que disse ontem.
Santos Silva acusou o PCP de irresponsabilidade política por visar a demissão do Governo em tempos de crise. Irresponsável seria assistir ao afundanço do País e nada fazer para o evitar; irresponsável seria pactuar com um Governo que vai proteger os mais poderosos e espremer até ao tutano os desprotegidos; irresponsável seria assistir ao curvar da espinha perante todas as exigências das potências europeias. Isso sim, seria irresponsável, seria aceitar os que preferiram Castela contra Álvares Pereira e o Duque de Bragança, os que entregaram a soberania face ao ultimato Inglês, sempre com o argumento da inevitabilidade e da incapacidade de agir em tempos de crise…"
Artigo de opinião de Honório Novo, economista e deputado do Partido Comunista Português, publicado no JORNAL DE NOTÍCIAS de 24 de Maio de 2010.
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