domingo, fevereiro 07, 2010

O Buraco da Fechadura e a Antecâmara do Estado Totalitário

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José Sócrates, incomodado e irritado com o jornalismo de investigação que põe a nu o manobrismo, a podridão e o baixo carácter de alguma classe política, e dos seus homens de mão, resolve classificá-lo de infame "jornalismo de buraco de fechadura". Contrariando o que ele diz, aquilo que os jornalistas andam a destapar não são meras conversas privadas, mas sim combinações de pura conspiração. O seu objectivo não é atacar pessoas, mas sim expor processos e modos de actuação marginais, com efectiva relevância criminal, na medida em que atentam contra a liberdade de informação (e não só!), um dos pilares da democracia e do estado de direito. Se alguém tem contribuído para a degradação da nossa vida pública, tem sido exactamente ele, o engenheiro incompleto, que pouco tem governado, mais o seu círculo próximo que tem vindo a movimentar-se, com grande destreza, para utilizar gente de confiança, uns mercenários, outros moços de fretes, para ocupar todos os lugares relevantes que sirvam para alavancar o poder, numa manobra que visa a consolidação de uma versão consentida de estado totalitário, com fachada democrática. Se atentarmos bem, eles não têm governado o país, mas sim ocupado posições, para eles e seus amigos, em tudo o que sejam empresas estratégicas, actividade financeira, comunicação social, aparelho judicial, enfim, tudo o que sirva para alargar e consolidar o poder.
Para distrair o povo enquanto vai conspirando e alargando a sua teia de influências, o primeiro-ministro José Sócrates, também conhecido por engenheiro incompleto, ou Zézito, ou menino de ouro, ou o raio que o parta, vai passando todos os dias nas nossas televisões, com cenários de ocasião, como se fosse um político em versão de desenho animado pindérico, o seu one-man-show onde vai impingindo pensos rápidos, atropelos, benzeduras, promessas, objectivos bacocos, recuperações económicas e optimismo às pazadas, e umas quantas receitas de emagrecimento, que as gentes crédulas, vão engolindo sem mastigar.
A ele, engenheiro incompleto, socialista defeituoso, falso menino de coro, grande mestre da ocultação, aconselho-o a inscrever-se numa qualquer maratona, a calçar umas sapatilhas e a só parar quando chegar a Vilar de Maçada, para fazer um retiro espiritual e começar tudo do princípio, rumo a uma vida nova, se for capaz.

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