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Preto é, António o diz!
Preto é, António o diz!
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António Preto, advogado e membro do PSD, ex-lider da Comissão Política Distrital daquele partido, vai ser julgado por falsificação e fraude fiscal qualificada, porém, não gostou que o jornalista Arnaldo Mesquita, tivesse noticiado o facto no jornal Público. Sem contestar a veracidade da notícia, o senhor Preto achou que o jornalista só devia ter publicado a tal notícia, depois de ouvir previamente o visado, isto é, ele mesmo, António Preto, o qual validaria a sua veracidade e ou autenticidade.Se o jornalista tivesse satisfeito aquela pretensão, ficaríamos perante uma estranha forma de fazer jornalismo, pois a decisão do Tribunal Central de Investigação de levar alguém a julgamento, apenas teria importância jornalística, depois da concordância e assentimento do arguido. Preto é, António o diz!
António Preto, advogado e membro do PSD, ex-lider da Comissão Política Distrital daquele partido, vai ser julgado por falsificação e fraude fiscal qualificada, porém, não gostou que o jornalista Arnaldo Mesquita, tivesse noticiado o facto no jornal Público. Sem contestar a veracidade da notícia, o senhor Preto achou que o jornalista só devia ter publicado a tal notícia, depois de ouvir previamente o visado, isto é, ele mesmo, António Preto, o qual validaria a sua veracidade e ou autenticidade.Se o jornalista tivesse satisfeito aquela pretensão, ficaríamos perante uma estranha forma de fazer jornalismo, pois a decisão do Tribunal Central de Investigação de levar alguém a julgamento, apenas teria importância jornalística, depois da concordância e assentimento do arguido. Preto é, António o diz!
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Pobres e Remediados
Pobres e Remediados
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“Rejeito as teorias e as práticas de nivelamento por baixo, designadamente em matéria de direitos sociais; combato a desavergonhada tentativa de apresentar esse tipo de nivelamento como um novo paradigma de justiça social; e denuncio esta espécie de “guerra civil” larvar que o Governo se empenha em atiçar entre pobres e remediados para que mais folgadas fiquem as costas dos riscos e poderosos.”Victor Dias in “Voltando à Vaca Quente”, no Público de 2006-12-8
“Rejeito as teorias e as práticas de nivelamento por baixo, designadamente em matéria de direitos sociais; combato a desavergonhada tentativa de apresentar esse tipo de nivelamento como um novo paradigma de justiça social; e denuncio esta espécie de “guerra civil” larvar que o Governo se empenha em atiçar entre pobres e remediados para que mais folgadas fiquem as costas dos riscos e poderosos.”Victor Dias in “Voltando à Vaca Quente”, no Público de 2006-12-8
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Nada a Declarar!
Nada a Declarar!
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Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, num acto de “grande dignidade” institucional, não permitiu que a sala do Senado fosse aberta, para que a comissão de inquérito do Parlamento Europeu, encarregue de investigar os voos da C.I.A., pudesse efectuar as suas diligências. Este procedimento diz bem do desprezo com que os governantes portugueses estão a encarar o esclarecimento dos factos relacionados com os tais polémicos voos dos “meninos bons”, que costumam sequestrar e torturar os “meninos maus”. Diz o governo português que, antes de mais, terá que ser a tal comissão de inquérito que tem que provar que houve envolvimento e cumplicidade do Estado nos tais actos ilícitos. Ora se é o próprio governo que não investiga, e se há ocultação de informações e de dados sobre os ditos voos, é por demais evidente que nada se pode provar. Por isso, o Governo português, muito arrogante da sua “soberania” recusou-se a ir depor a Bruxelas, e depois quando a comissão decide vir ela própria a Lisboa, nem sequer lhe arranjam instalações condignas para se instalar e reunir com os deputados portugueses. Depois de os tais voos dos “amigos americanos” terem andado por aí, sem necessidade de declararem o que transportavam, como se isto fosse tudo deles, na mais perfeita das impunidades, passa-se agora com o Governo o mesmo que se passou com os tais voos: Nada a declarar! Em última instância, só falta que o governo português, um dia destes e num pico de indignação, venha afirmar que Portugal não é “a casa da Irene” ou o vulgaríssimo “cabaret da Coxa”.Acreditamos que não houve envolvimento directo nas detenções e transferências de prisioneiros, mas houve certamente, à boa maneira portuguesa, um “fechar de olhos”, um “assobiar para o lado”, relativamente ao que estava a acontecer, com a vantagem de que quando não há documentos nem registos, também não há provas. A C.I.A. não tem por hábito improvisar ou correr riscos desnecessários, e ninguém acredita que as polícias secretas portuguesas não tivessem conhecimento da natureza daqueles 91 “voos fantasmas” que escalaram os aeroportos nacionais, à margem dos procedimentos habituais. Esta coisa das amizades é um assunto demasiado sério, e as ditas afeições não podem ser partilhadas de ânimo leve. É certo que estamos integrados na União Europeia, somos amigos dos europeus, mas quando os “amigos americanos” se metem pelo meio, outro melro canta, sobretudo quando está em causa o secretismo a que obriga a famigerada “guerra contra o terrorismo”, e quando há que dar continuidade à hospitalidade iniciada com a Cimeira das Lages (Açores) de 16 de Março de 2003.
Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, num acto de “grande dignidade” institucional, não permitiu que a sala do Senado fosse aberta, para que a comissão de inquérito do Parlamento Europeu, encarregue de investigar os voos da C.I.A., pudesse efectuar as suas diligências. Este procedimento diz bem do desprezo com que os governantes portugueses estão a encarar o esclarecimento dos factos relacionados com os tais polémicos voos dos “meninos bons”, que costumam sequestrar e torturar os “meninos maus”. Diz o governo português que, antes de mais, terá que ser a tal comissão de inquérito que tem que provar que houve envolvimento e cumplicidade do Estado nos tais actos ilícitos. Ora se é o próprio governo que não investiga, e se há ocultação de informações e de dados sobre os ditos voos, é por demais evidente que nada se pode provar. Por isso, o Governo português, muito arrogante da sua “soberania” recusou-se a ir depor a Bruxelas, e depois quando a comissão decide vir ela própria a Lisboa, nem sequer lhe arranjam instalações condignas para se instalar e reunir com os deputados portugueses. Depois de os tais voos dos “amigos americanos” terem andado por aí, sem necessidade de declararem o que transportavam, como se isto fosse tudo deles, na mais perfeita das impunidades, passa-se agora com o Governo o mesmo que se passou com os tais voos: Nada a declarar! Em última instância, só falta que o governo português, um dia destes e num pico de indignação, venha afirmar que Portugal não é “a casa da Irene” ou o vulgaríssimo “cabaret da Coxa”.Acreditamos que não houve envolvimento directo nas detenções e transferências de prisioneiros, mas houve certamente, à boa maneira portuguesa, um “fechar de olhos”, um “assobiar para o lado”, relativamente ao que estava a acontecer, com a vantagem de que quando não há documentos nem registos, também não há provas. A C.I.A. não tem por hábito improvisar ou correr riscos desnecessários, e ninguém acredita que as polícias secretas portuguesas não tivessem conhecimento da natureza daqueles 91 “voos fantasmas” que escalaram os aeroportos nacionais, à margem dos procedimentos habituais. Esta coisa das amizades é um assunto demasiado sério, e as ditas afeições não podem ser partilhadas de ânimo leve. É certo que estamos integrados na União Europeia, somos amigos dos europeus, mas quando os “amigos americanos” se metem pelo meio, outro melro canta, sobretudo quando está em causa o secretismo a que obriga a famigerada “guerra contra o terrorismo”, e quando há que dar continuidade à hospitalidade iniciada com a Cimeira das Lages (Açores) de 16 de Março de 2003.
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Há mais Censura…
Há mais Censura…
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A Entidade Reguladora da Comunicação Social afirmou, como lhe compete e seria de esperar, que “não é um tribunal de jornalistas”. No entanto, não enjeitou declarar a condenação de um jornalista que, na função de comentador, produziu um artigo de opinião de rigor duvidoso e com conteúdo não fundamentado, bem como do director do jornal que o publicou.Havendo mais censura, para além da censura, para a ressurreição da extinta Comissão de Censura (do consulado de António Salazar) ou da Comissão de Exame Prévio (do consulado de Marcello Caetano) apenas falta o regresso do lápis azul, porque candidatos ao seu uso é coisa que não falta por aí.
A Entidade Reguladora da Comunicação Social afirmou, como lhe compete e seria de esperar, que “não é um tribunal de jornalistas”. No entanto, não enjeitou declarar a condenação de um jornalista que, na função de comentador, produziu um artigo de opinião de rigor duvidoso e com conteúdo não fundamentado, bem como do director do jornal que o publicou.Havendo mais censura, para além da censura, para a ressurreição da extinta Comissão de Censura (do consulado de António Salazar) ou da Comissão de Exame Prévio (do consulado de Marcello Caetano) apenas falta o regresso do lápis azul, porque candidatos ao seu uso é coisa que não falta por aí.
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