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Dois pacatos cidadãos norte-americanos foram detidos pelo FBI, um em Agosto e outro em Novembro de 2006, por terem sintonizado as suas antenas parabólicas, a fim de poderem captar, entre outras, as emissões da cadeia de televisão Al-Manar, pertença do Hezbollah, organização política que integra o governo libanês, e que os americanos classificam de terrorista.
A justiça norte-americana, acabou por considerar que a atitude dos dois detidos, ao orientarem as suas antenas para sintonizarem a dita estação, traduzia manifesta cumplicidade com uma organização terrorista. Vem a propósito recordar que em Portugal, nos anos 50 e 60 do século passado, tempo da ditadura salazarista, quem fosse denunciado por escutar a Rádio Moscovo ou a Rádio Portugal Livre, corria o risco de ser visitado pela polícia política PIDE/DGS, estagiar nos calabouços (curros) do Aljube e passar pelas salas de interrogatórios da António Maria Cardoso, até deitar cá para fora, tudo o que sabia e não sabia.
Neste caso, o julgamento dos “perigosos cúmplices de terroristas” irá ocorrer em Manhattan, e a justiça americana, encorajada pelas disposições fascistóides do Patriot Act de G.W.Bush, prevê para este tipo de “crime”, nada mais, nada menos, que a módica pena de 110 anos de prisão. Se não estivéssemos no país que já se considerou o farol da democracia, e que tem derivado perigosamente para uma espécie de estado policial, diria que toda esta intriga, e os seus mentores, corriam o risco de se cobrirem de ridículo.
Dois pacatos cidadãos norte-americanos foram detidos pelo FBI, um em Agosto e outro em Novembro de 2006, por terem sintonizado as suas antenas parabólicas, a fim de poderem captar, entre outras, as emissões da cadeia de televisão Al-Manar, pertença do Hezbollah, organização política que integra o governo libanês, e que os americanos classificam de terrorista.
A justiça norte-americana, acabou por considerar que a atitude dos dois detidos, ao orientarem as suas antenas para sintonizarem a dita estação, traduzia manifesta cumplicidade com uma organização terrorista. Vem a propósito recordar que em Portugal, nos anos 50 e 60 do século passado, tempo da ditadura salazarista, quem fosse denunciado por escutar a Rádio Moscovo ou a Rádio Portugal Livre, corria o risco de ser visitado pela polícia política PIDE/DGS, estagiar nos calabouços (curros) do Aljube e passar pelas salas de interrogatórios da António Maria Cardoso, até deitar cá para fora, tudo o que sabia e não sabia.
Neste caso, o julgamento dos “perigosos cúmplices de terroristas” irá ocorrer em Manhattan, e a justiça americana, encorajada pelas disposições fascistóides do Patriot Act de G.W.Bush, prevê para este tipo de “crime”, nada mais, nada menos, que a módica pena de 110 anos de prisão. Se não estivéssemos no país que já se considerou o farol da democracia, e que tem derivado perigosamente para uma espécie de estado policial, diria que toda esta intriga, e os seus mentores, corriam o risco de se cobrirem de ridículo.
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