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Cipriano Justo no seu post intitulado REAL STATE, de 8 de Agosto ( nos blogs do PÚBLICO ), fez duas afirmações que me deixaram entre confundido e incrédulo. A primeira é ao afirmar que «...um partido político não se identifica exclusivamente pela política que conjunturalmente pratica; um dos critérios que nunca poderá ser omitido na sua caracterização é o bloco social que o apoia eleitoralmente.». Então se não é na sua prática política, mesmo que conjuntural, é em quê?
Ora se os partidos políticos se qualificam e distinguem pela adesão que recebem de certos grupos da sociedade civil, a qual constitui a sua base social de apoio, e se essa adesão é determinada pela prática política que o partido assume no contexto da vida nacional, o que é que faltará para marcar as diferenças e os identificar?
Será o cumprimento ou não dos compromissos eleitorais?
Será o acerto ou desacerto entre o programa e a prática política?
Será a transparência ou opacidade com que actua na cena política?
Será a idoneidade ou não dos seus dirigentes?
A segunda tem a ver quando Cipriano Justo diz que «O facto de o governo de José Sócrates ter realizado uma política que em nada envergonharia um governo de direita não é a mesma coisa que dizer que PS e PSD são farinha do mesmo saco.». Cabe aqui deixar mais duas perguntas:
Será então que PS e PSD andam «só» a fazer concorrência um ao outro?
Ou será que o PS apanhou, por engano ou distração, o comboio errado?
E já que Cipriano Justo também fala de entendimentos políticos, será talvez conveniente lembrar que há uma coisa que se chama confiança, que se baseia em princípios, na coerência e na ética política, e é sempre ela que determina a viabilidade das alianças ou coligações que os partidos possam fazer entre si. Eu só faço sociedade com alguém que tenha, mesmo que conjunturais, os mesmos objectivos e interesses que eu, tal como o senhor prior da minha freguesia, lá por se ter empenhado em salvar a alma do Simão Pilha-Galinhas, quase de certeza que não o vai acompanhar, no próximo assalto que ele anda a congeminar.
Cipriano Justo no seu post intitulado REAL STATE, de 8 de Agosto ( nos blogs do PÚBLICO ), fez duas afirmações que me deixaram entre confundido e incrédulo. A primeira é ao afirmar que «...um partido político não se identifica exclusivamente pela política que conjunturalmente pratica; um dos critérios que nunca poderá ser omitido na sua caracterização é o bloco social que o apoia eleitoralmente.». Então se não é na sua prática política, mesmo que conjuntural, é em quê?
Ora se os partidos políticos se qualificam e distinguem pela adesão que recebem de certos grupos da sociedade civil, a qual constitui a sua base social de apoio, e se essa adesão é determinada pela prática política que o partido assume no contexto da vida nacional, o que é que faltará para marcar as diferenças e os identificar?
Será o cumprimento ou não dos compromissos eleitorais?
Será o acerto ou desacerto entre o programa e a prática política?
Será a transparência ou opacidade com que actua na cena política?
Será a idoneidade ou não dos seus dirigentes?
A segunda tem a ver quando Cipriano Justo diz que «O facto de o governo de José Sócrates ter realizado uma política que em nada envergonharia um governo de direita não é a mesma coisa que dizer que PS e PSD são farinha do mesmo saco.». Cabe aqui deixar mais duas perguntas:
Será então que PS e PSD andam «só» a fazer concorrência um ao outro?
Ou será que o PS apanhou, por engano ou distração, o comboio errado?
E já que Cipriano Justo também fala de entendimentos políticos, será talvez conveniente lembrar que há uma coisa que se chama confiança, que se baseia em princípios, na coerência e na ética política, e é sempre ela que determina a viabilidade das alianças ou coligações que os partidos possam fazer entre si. Eu só faço sociedade com alguém que tenha, mesmo que conjunturais, os mesmos objectivos e interesses que eu, tal como o senhor prior da minha freguesia, lá por se ter empenhado em salvar a alma do Simão Pilha-Galinhas, quase de certeza que não o vai acompanhar, no próximo assalto que ele anda a congeminar.
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