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quarta-feira, maio 02, 2012

Será Disto que o Meu Povo Gosta?

Pedro Passos Coelho diz que só são precisos mais seis (6) anos, e depois tudo voltará à normalidade. Entretanto, como o povo é sereno, responde a este desafio com entusiasmo. Acenam-lhe com descontos de cinquenta por cento e o povo vai no engodo, corre atrás do isco e engole o anzol, mesmo que a seguir tenha que ser chamado para pagar os 80 milhões de euros de dívidas incobráveis dos empréstimos concedidos ao Grupo Pousa Flores, do ex-ministro Arlindo Carvalho, e ao ex-deputado Duarte Lima, todos eles do PSD, notáveis clientes (entre outros) daquela toca de ladroagem que dava pelo nome de BPN.
Mas o povo dos brandos costumes, sabe retribuir estas graças. Há já quem pense na beatificação de Alexandre Soares - que de Santos já tem apelido - depois daquela operação de “dumping”, mascarada de ajuda aos famintos que tivessem 100 euros para gastar, aproveitada para desocupar as prateleiras, ajudar a renovar os stoks com prazos de validade à beira do fim, pelo caminho espatifar o negócio do mini-mercado da esquina e fazer concorrência aos sindicatos. Foi levada a cabo no Primeiro de Maio, pela cadeia Pingo Doce, com direito a eficaz cobertura policial e com a Autoridade da Concorrência e a ASAE a assobiarem para o lado. E quem é que acredita que o Alexandre perdeu um cêntimo nesta funambólica operação? E algum do povo que tem 100 euritos para gastar, que delira com saldos, descontos e promoções, responde à oferta com um sonoro “manda mais disto, Alexandre amigo, o povo estará sempre contigo! Como há dias escrevia o escritor Mário de Carvalho, “chegamos a esta maravilha paradoxal de serem os carneiros a eleger os lobos, os coelhos a eleger os furões, os pintos a eleger as raposas, as carpas a votar no lúcio, o melro a votar na cobra.”

domingo, fevereiro 20, 2011

Sócrates e o Manual de Sobrevivência


O “entertainer” Sócrates corre o país a oferecer jantares à “sociedade civil”, isto é, anda a fazer trabalho de manutenção sobre os seus apoiantes, agora que estão à porta as eleições internas no PS, e como qualquer pedregulho que se preze, anda por aí a lançar primeiros calhaus nas obras por fazer, e a inventar outras inaugurações para ter oportunidade de estrear os seus fatinhos, com um colete salva-vidas por baixo, a exercitar a voz e as conversas da treta, porque quer sobreviver a todo o custo. Quando não é a fazer política de direita, é a fazer governação-espectáculo, e pelo caminho vai ajudando a afundar a linha do Tua, mais um episódio do naufrágio a que está a sujeitar o país. Continua delirantemente optimista, e um dos seus próceres, o senhor Ricardo Salgado, presidente do BES, para o ajudar a colorir a farsa, até se permite mandar calar o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, aconselhando-o a ter mais "cuidado e moderação" com o que diz, quando aquele afirma que estamos, de facto, em recessão económica. Entretanto, Passos Coelho adverte, pacatamente, que para já não vai deitar abaixo o governo, que lhe vai dar mais uma oportunidade, que ele tem que entrar nos eixos, porque senão o caldo está entornado. É isto que Sócrates quer ouvir; mais uma voltinha, mais uma viagem, mais um balão de oxigénio, e de peito feito, palavra fácil e pé ligeiro, enfrenta a borrasca, multiplica-se em digressões por esse país fora, todos os dias a pôr o conta-quilómetros a zeros, todos os dias com um novo cenário por trás, indiferente e insensível ao desemprego que vai alastrando, à pobreza que vai grassando e ao desesperos da “geração à rasca”, ao passo que quanto a governar, nada! Pudera! O governo é apenas Sócrates, em versão “one man show” (os ministros só servem para compor a assistência), o qual continua a calcinar tudo à sua volta e a folhear alegremente o manual de sobrevivência, perante a passividade geral. Até o empresário Alexandre Soares dos Santos já diz que Sócrates passa a vida despreocupado, a brincar às escondidas com a calamitosa realidade do país, e a experimentar truques em vez de governar. Já o comendador Joe Berardo, puxa pelos galões e diz que a democracia está podre e admite que a solução possa estar num novo género de ditadura, uma ditadurazinha daquelas mais moles, pois claro… Entretanto, toda a gente continua na expectactiva, a ver onde é que isto vai parar, ou quando é que Sócrates fica encurralado, sem ter para onde fugir.