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domingo, outubro 13, 2013

Os Chantagistas

INTERCALANDO com as pressões que o governo do Coelho e a sua corte de seguidores e comentadores, vão exercendo sobre o Tribunal Constitucional, foi a vez da sempre exuberante directora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, e do "preclaro" presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, virem meter a sua colherada, ou melhor dizendo, exercerem a sua dose de chantagem. A primeira veio lembrar-nos que Portugal tem uma "dificuldade particular" para cumprir o programa da troika, consubstanciada nos pontos de vista que o Tribunal Constitucional tem adoptado sobre a inconstitucionalidade de algumas medidas do Governo, ao passo que o segundo, numa intervenção no Fórum Empresarial do Algarve, também achou que era oportuno advertir-nos que os "mercados" estão atentos ao desenrolar da situação, e que todos os orgãos de soberania, incluindo os tribunais (leia-se Tribunal Constitucional), devem convergir para que sejam cumpridas as metas definidas pelo programa do Governo, pois sempre que as taxas de juro sobem, são menos uns milhões que reverterão em benefício dos "coitados" dos portugueses.

Pois bem, o que ambos querem dizer é que temos que capitular, sem tugir nem mugir. A mensagem não tem duas leituras. Ou nos deixamos fritar alegremente, ou se saltarmos para fora da frigideira, o resultado será sermos assados no lume. Estas pressões, chantagens e interferências, que vindas de dentro e de fora do país, pretendem condicionar o Tribunal Constitucional, sugerindo uma leitura "descomprometida" e a pedido das normas constitucionais, é coisa que deveria ser objecto de um "ponto de ordem à mesa" e de um veemente repúdio, de quem tem por dever salvaguardar a soberania nacional, isto é, a Presidência da República. Mas nada, não incomodem Sua Excelência! A pouca soberania que nos resta limita-se a uma pernoita nas Ilhas Selvagens.

sábado, março 23, 2013

Trapinhos à Lagardére

CHRISTINE Lagarde, ex-ministra francesa da Economia e Finanças do Governo de Nicholas Sarkozy e actualmente directora do FMI, foi alvo de buscas no seu domicílio parisiense, efectuadas pela brigada financeira da polícia francesa. Esta acção foi levada a cabo no quadro de um processo por cumplicidade no desvio de fundos, no caso Bernard Tapie, mas dizem algumas más línguas que com aquela operação também se pretendiam tirar outras dúvidas, nomeadamente saber onde ela consegue arranjar espaço para guardar tantas toilettes...

quinta-feira, janeiro 26, 2012

A Noite Passada…

A NOITE passada, assediado pela espertina, tive sonhos acordados. Começei a desbobinar memórias e leituras antigas, a recombinar factos, a tecer hipóteses, a congeminar conspirações, e como não consigo estar deitado de olhos abertos a esquadrinhar no escuro, confrontado com tanta inspiração, levantei-me e sentei-me ao teclado a escrevinhar. E concluí que 73 anos depois de Adolf Hitler ter decidido fazer avançar as suas divisões, para conquistar a Europa, disposto a colocá-la sob o jugo do III Reich, coisa que não conseguiu concretizar, por ser um campónio alucinado, convencido que ao jogar em todos os tabuleiros, a sorte e os deuses se vergariam à sua vontade, a história se estava a repetir, embora sob outras formas.

A Alemanha de Angela Merkel, voz tonitruante de uma Europa que ( diz ela) quer ser potência no concerto mundial, faz nova investida, e não precisa de recorrer aos métodos antigos, grande derramador de sangue, consumidor de recursos e de êxito não comprovado. Desta vez, 73 anos depois da investida do tio Adolfo, sem precisar da orientação doutrinária do "Mein Kampf", sem o blitzkrieg das divisões Panzer, sem esquadrões de SS, sem Gestapo, sem campos de concentração, sem câmaras de gás, tudo muito mais democrático, semeado de beijinhos e de cimeiras, para manter os espíritos calmos e serenos, uma mulher de perfil ariano, dá ordens, põe e dispõe, faz ultimatos, apostada em tomar conta, de vez, desta ingénua e fugidia Europa.

Passo a passo, sob a batuta de Angela e Sarkozy, o seu “compagnon de route” de circunstância, todos os países da Europa cairão no logro, esmifrando os défices, austeritando-se, empobrecendo-se, até se tornarem simples protectorados, governados por tantas troikas quantas as necessárias, telecomandadas pela inflexível Angela, expandindo-se como hera asfixiante, tudo abafando, tudo mirrando à sua volta, até que volte a despontar aquela insepulta ideia do Reich dos Mil Anos.

As noites de insónia produzem disto: recordações, alucinações e sei lá mais o quê. Mais umas quantas ideias loucas, sem eira nem beira, que me deixam a pensar que sou, entre atrevido e insone, um fazedor de histórias improváveis.

Entretanto, com o despontar da manhã, e já depois de ter garatujado este delírio, leio nas notícias que Christine Lagarde, a presidente em exercício do FMI, discursando perante o Conselho Alemão de Relações Externas, em Berlim, declarou que era necessário os políticos fazerem o que tem que ser feito, para evitarem na zona euro, uma situação semelhante àquela que se verificou nos anos 30 do século passado, isto é, decidirem se querem apenas salvar um país ou uma região, ou se querem salvar o mundo. O que é que ela quererá dizer com isto?

quinta-feira, julho 07, 2011

Crise e Austeridade, a Quanto Obrigas!

«A nova líder [Christine Lagarde] do Fundo Monetário Internacional (FMI) vai ganhar 381 mil euros anuais, o que representa um aumento de 11% em relação ao salário do seu antecessor [Dominique Strauss-Kahn].
(…)
A crise parece não afectar os salários dos altos cargos do Fundo Monetário Internacional. Christine Lagarde, que inicia hoje o seu mandato de directora-geral da instituição por cinco anos, irá receber um vencimento anual total de 551.700 dólares (381.200 euros, em moeda portuguesa antiga 76 mil contos), revelou hoje o FMI.
(...)
O FMI justifica o aumento recebido por Lagarde, a primeira mulher a liderar o Fundo, com a necessidade de "ajuste à inflação
".»

Excerto da notícia do DIÁRIO ECONÓMICO de 6 de Julho de 2011