A Aliança Portugal teve uma derrota estrondosa (há quem diga que não!) nestas eleições europeias, porém a crise acabou por estalar no PS, com António Costa a dar um passo em frente, perfilando-se como candidato a líder, e com vários sectores a contestarem António José Seguro, o qual conduziu o partido a uma magra victória. Na verdade, era quase garantido que as “oposições responsáveis" e as "abstenções violentas" iriam dar mau resultado, e não é agora, tarde e a más horas, que a promessa de irem votar favoravelmente o fogo de barragem da moção de censura do PCP, irá dar qualquer resultado, frente a uma ainda coesa maioria PSD/CDS-PP. É quase certo que a esta hora, Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Aníbal Cavaco Silva, já fizeram as suas leituras dos resultados e tiraram as suas conclusões, apercebendo-se que embora cheios de escoriações, mas com o PS anémico, ainda estão ali para durar. Devem estar a rir-se à socapa, a afiarem as navalhas e a fazerem planos para Outubro de 2015, pois estavam muito longe de imaginar que uma amarga derrota pudesse transmutar-se numa inesperada e doce victória.