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sexta-feira, janeiro 28, 2011

As Persistentes Anomalias

ESTIVE a assistir à sessão de hoje de manhã, na Assembleia de República (através do canal por cabo, ARtv, que não chega a toda a população), do debate quinzenal, e a ideia com que fiquei é que aquela câmara é o espelho do país, o qual está a tornar-se uma perfeita anomalia, governada por um governo anómalo e minoritário, confrontado com uma oposição que, sendo maioritária, para não variar, é também uma anomalia. Com isto, quero dizer que toda a gente diz mal do governo, contesta as suas medidas, mas ninguém lhe dá o empurrão que ele merece. Ou seja, a oposição persiste em “dar corda” a um primeiro-ministro insolente, grosseiro, genuínamente mentiroso, tergiversador, vago nas suas asserções, um verdadeiro criativo de retórica vazia, enfim, uma fraude, que é a cúpula de um governo anti-social e anti-nacional, com uma vitalidade agora renovada pela prometida “colaboração institucional” da Presidência da Republica. Percebe-se que a correlação de forças não é a apropriada, e que em política não se operam milagres, mas também já dá a impressão que toda a oposição se tornou incapaz de dispensar aquela quinzenal encenação. Com o país mergulhado numa crise persistente, até quando irá durar esta aberração?