A Aliança Portugal teve uma derrota estrondosa (há quem diga que não!) nestas eleições europeias, porém a crise acabou por estalar no PS, com António Costa a dar um passo em frente, perfilando-se como candidato a líder, e com vários sectores a contestarem António José Seguro, o qual conduziu o partido a uma magra victória. Na verdade, era quase garantido que as “oposições responsáveis" e as "abstenções violentas" iriam dar mau resultado, e não é agora, tarde e a más horas, que a promessa de irem votar favoravelmente o fogo de barragem da moção de censura do PCP, irá dar qualquer resultado, frente a uma ainda coesa maioria PSD/CDS-PP. É quase certo que a esta hora, Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Aníbal Cavaco Silva, já fizeram as suas leituras dos resultados e tiraram as suas conclusões, apercebendo-se que embora cheios de escoriações, mas com o PS anémico, ainda estão ali para durar. Devem estar a rir-se à socapa, a afiarem as navalhas e a fazerem planos para Outubro de 2015, pois estavam muito longe de imaginar que uma amarga derrota pudesse transmutar-se numa inesperada e doce victória.
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quarta-feira, maio 28, 2014
sexta-feira, julho 19, 2013
Bengaladas
Carlos Zorrinho, com aquele permanente sorriso seráfico a aflorar-lhe aos cantos da boca, acusou o PCP de ser a bengala da direita, fazendo tudo o que está ao seu alcance, inclusivamente "jogos partidários", para dinamitar os "patrióticos" fretes e acordos que o PS costuma tramar com essa mesma direita. Já não é a primeira vez que o PS tem saídas destas, muito embora continue a ser uma boa piada, não fossem as tragicomédias que habitualmente andam associadas a estas cambalhotas políticas. Aliás, o último caso é paradigmático, e serve para demonstrar como o PS adora pôr-se a jeito e cair nas armadilhas que lhe montam, como esta última de entrar em conversações e negociações com o PSD e o CDS-PP, na tentativa de salvar o Governo (e não o país, como se quer fazer crer), depois daquele ter andado a auto mutilar-se com a demissão de facto do Vítor Gaspar, a demissão simuladamente "irrevogável" do Paulo Portas, e uma patética remodelação ministerial, que nem sequer teve a concordância do senhor Aníbal.
segunda-feira, junho 25, 2012
Ministro Sem Pasta
UM estraterrestre que tivesse aterrado hoje no hemiciclo da Assembleia da República, e tivesse ouvido o discurso do deputado do PS (partido Seguro), Pedro Silva Pereira, posicionando o seu o partido, relativamente à moção de censura apresentada pelo PCP, concluiria que este cavalheiro era o melhor ministro sem pasta (e sem vergonha) que a coligação PSD/CDS-PP poderia ter encontrado, para defender, branquear e isentar a governação de Pedro Passos Coelho, que estava a ser objecto de censura. Lamentável, para não dizer abjecto!
sábado, fevereiro 25, 2012
Inexplicável e Incompreensível
É TÃO incompreensível a falta de explicações do Presidente da República para justificar o cancelamento da sua visita à Escola António Arroio, como inexplicável é a falta de argumentos do Partido Comunista Português para ter votado contra o projecto de lei do Bloco de Esquerda sobre a adopção por casais do mesmo sexo.
quinta-feira, fevereiro 09, 2012
Isto Cheira-me a Golpe do James Bond…
SE como concluiu a Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves (1), o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho não é obrigado a ir ao Parlamento responder a perguntas dos deputados sobre o que se passa nos serviços secretos portugueses, entidade por si tutelada, é porque das três, uma: ou o primeiro-ministro não existe como tal (há quem diga que o verdadeiro primeiro-ministro é o senhor Ricardo Salgado do BES), ou os serviços secretos portugueses não prestam contas nem recebem ordens de ninguém, ou então, ironia das ironias, pura e simplesmente não existem, e andamos todos (mais uma vez) a ser enganados.
(1) Na sequência do pedido potestativo do PCP para ouvir o primeiro-ministro sobre as secretas
sexta-feira, janeiro 20, 2012
Registo para Memória Futura (58)
«Posso esclarecer que não fui ministra, não fui banqueira e não serei conselheira de energia. Sou apenas licenciada, mestre e doutoranda em direito.»
Declarações no Facebook de Celeste Cardona, ex-ministra da justiça do XV Governo Constitucional (primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso), ex-administradora da Caixa Geral de Depósitos e agora nomeada para integrar o Conselho Geral de Supervisão da EDP.
Meu comentário: Os membros do futuro Conselho Geral de Supervisão da EDP têm tendência para reescrever a história das suas vidas. Eduardo Catroga tambem garantiu que nunca foi membro do PSD, muito embora tenha sido públicamente admitido nas hostes laranja em Maio de 2005, e o padrinho tenha sido Marques Mendes.
Por este andar, e se a moda da perda de memória pega, ainda ouviremos João Proença, o patético e desmemoriado secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), assegurar, com veemência, que é mentira que tenha afirmado que foi incentivado, em privado, por altos dirigentes da CGTP e do PCP, a negociar e a assinar o acordo de (des)concertação social, desconhecendo se eles estavam ou não mortinhos por o assinar, e que só não o fizeram para não perderem a face perante a classe trabalhadora. Na mesma ordem de ideias, também o ouviremos garantir que nunca disse que este acordo até protegia os trabalhadores, e igualmente falso que tenha arranjado este guardanapo para se limpar do passo que deu, ele que até nunca foi dirigente sindical, ou coisa parecida.
Declarações no Facebook de Celeste Cardona, ex-ministra da justiça do XV Governo Constitucional (primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso), ex-administradora da Caixa Geral de Depósitos e agora nomeada para integrar o Conselho Geral de Supervisão da EDP.
Meu comentário: Os membros do futuro Conselho Geral de Supervisão da EDP têm tendência para reescrever a história das suas vidas. Eduardo Catroga tambem garantiu que nunca foi membro do PSD, muito embora tenha sido públicamente admitido nas hostes laranja em Maio de 2005, e o padrinho tenha sido Marques Mendes.
Por este andar, e se a moda da perda de memória pega, ainda ouviremos João Proença, o patético e desmemoriado secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), assegurar, com veemência, que é mentira que tenha afirmado que foi incentivado, em privado, por altos dirigentes da CGTP e do PCP, a negociar e a assinar o acordo de (des)concertação social, desconhecendo se eles estavam ou não mortinhos por o assinar, e que só não o fizeram para não perderem a face perante a classe trabalhadora. Na mesma ordem de ideias, também o ouviremos garantir que nunca disse que este acordo até protegia os trabalhadores, e igualmente falso que tenha arranjado este guardanapo para se limpar do passo que deu, ele que até nunca foi dirigente sindical, ou coisa parecida.
domingo, novembro 27, 2011
Registo para Memória Futura (56)
EM RESPOSTA a um pedido de esclarecimento feito pelo deputado do PCP, Honório Novo, sobre os encargos relaccionados com a ajuda financeira a Portugal, o Ministério das finanças respondeu o seguinte:
O total do crédito concedido pela "troika" do FMI-UE-BCE (Fundo Monetário Internacional, União Europeia e Banco Central Europeu) a Portugal, no âmbito do resgate financeiro, é de 78 mil milhões de euros.
Os juros correspondes ao valor total do empréstimo a pagar ao longo do prazo, ascendem a 34,4 mil milhões de euros.
As comissões a pagar por Portugal pelos empréstimos concedidos pela 'troika' atingirão um total de 655 milhões de euros até 2014.
Assim, a dívida global a pagar ascende a 113,055 mil milhões de euros.
Como tudo isto irá ter que ser pago pela carteira dos portugueses, em teoria e admitindo que todos poderiam “contribuir” em pé de igualdade, o “esforço” que irá ser exigido a cada um de nós, corresponderá à módica quantia de 11.305 euros, qualquer coisa como 2.266 contos em moeda antiga, com a agravante de se não ficarmos pior, corremos o risco de ficar na mesma.
O total do crédito concedido pela "troika" do FMI-UE-BCE (Fundo Monetário Internacional, União Europeia e Banco Central Europeu) a Portugal, no âmbito do resgate financeiro, é de 78 mil milhões de euros.
Os juros correspondes ao valor total do empréstimo a pagar ao longo do prazo, ascendem a 34,4 mil milhões de euros.
As comissões a pagar por Portugal pelos empréstimos concedidos pela 'troika' atingirão um total de 655 milhões de euros até 2014.
Assim, a dívida global a pagar ascende a 113,055 mil milhões de euros.
Como tudo isto irá ter que ser pago pela carteira dos portugueses, em teoria e admitindo que todos poderiam “contribuir” em pé de igualdade, o “esforço” que irá ser exigido a cada um de nós, corresponderá à módica quantia de 11.305 euros, qualquer coisa como 2.266 contos em moeda antiga, com a agravante de se não ficarmos pior, corremos o risco de ficar na mesma.
segunda-feira, setembro 05, 2011
Fácil, Mais Fácil, Cada Vez Mais Fácil
O
Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda apresentaram no plenário da
Assembleia da República, através de iniciativas independentes, as suas
propostas para solucionar o problema dos trabalhadores a falsos recibos verdes.
Na passada sexta-feira, 2 de Setembro, PS, PSD e CDS-PP, cada um com os seus
argumentos, chumbaram ambas as iniciativas, embora, ironia das ironias,
manifestem que estão empenhados na sua erradicação, mas não dando um único
passo nesse sentido.
O PSD utilizou o já normal argumento da chantagem do desemprego para justificar a continuação da precariedade, isto é, antes a precariedade que mais desemprego, só faltando dizer que acabar com esta ignomínia, no meio da crise que o país o vive, seria desrespeitar e pôr em causa os objectivos traçados e acordados com a troika. Contudo, não se dispensou de dizer que a concretizar-se a aprovação de tais iniciativas, aquelas iriam tirar o ganha-pão aos milhares de trabalhadores que são efectivamente independentes, o que corresponde a um rotundo disparate.
O CDS põe trabalhadores e patrões em pé de igualdade - como se nas relações laborais não existisse uma parte mais fraca - justificando que a inversão do ónus da prova não pode ser utilizada, havendo que fazer prova de que os recibos verdes correspondem a uma forma de subversão dos modelos e regras de contratação. Tanto o PSD como o CDS-PP, além de hipocrisia e argumentos falaciosos, manifestam ignorância da realidade e dos mecanismos subjacentes às relações laborais, ficando a pairar a ideia de que o conhecimento e as suas relações com este meio, sempre foram, e continuam a ser, muito superficiais.
O PS, na sua nova linha política (versão António José Seguro), mais comedida em relação à precariedade, reconhece-a agora como má, depois de anos a suportar um Governo (a versão José Sócrates) que ajudou a implementá-la como modelo no mundo do trabalho, contudo, sugere que o problema possa ser solucionado por consenso entre as partes (trabalhadores e empregadores) e não através de iniciativas legislativas, como se as ilegalidades pudessem ser objecto de qualquer negociação particular. À falta de melhor argumento, a bancada rosa fez dissertações à volta de nódoas de gordura.
Conclusão: vai continuar a ser fácil despedir, mais fácil pagar menos, e cada vez mais fácil explorar muitíssimo.
No meu blog CARTÓRIO DO ESCREVINHADOR podem ser consultadas as propostas do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda.
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