ALÉM do tango, também são necessários dois parceiros para fazer um espectáculo de “wrestling”. José Sócrates é exímio nestes embustes e Pedro Passos Coelho para lá caminha, logo prometem tornar-se uma dupla de respeito. Comportam-se como os “wrestlers” profissionais que antecipam os seus combates previamente combinados, com juramentos de ódio, ameaças, ofensas e insultos de todo o género, a fim de criarem no público, que irá assistir à “confrontação”, a impressão de que o seu combate irá ser uma genuína questão de vida ou de morte. Tal como nos outros espectáculos de “wrestling”, Coelho e Sócrates ensaiam um simulacro de combate político, apenas com uma diferença: o bilhete pago pelos portugueses para assistir a esta pantomina, tem um preço demasiado alto. A política é coisa para ser levada a sério, e não para ser tratada como espectáculo de feira.