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segunda-feira, julho 04, 2011

Registo para Memória Futura (45)

«Em casos muito excepcionais, há notícias (…) que não devem ser referidas, não por autocensura ou censura interna, mas porque a sua divulgação seria eventualmente nociva ao interesse nacional. O jornal reserva-se, como é óbvio, o direito de definir, caso a caso, a aplicação deste critério.»

Excerto do Estatuto Editorial do Semanário EXPRESSO

Meu comentário: É difícil conhecer a verdade absoluta, na medida em que ela é a soma de um conjunto de verdades, e algumas delas podem ter ficado na sombra, intencionalmente ou não, marcando a diferença entre a verdade absoluta, coisa rara, e a verdade relativa.
Porque o jornalismo existe para informar e não para condicionar a informação, era desejável que fossem definidos, em termos jornalísticos, os parâmetros do conceito de “interesse nacional”, essa expressão subjectiva que, tal como os “supremos interesses da nação” de outrora, pode ser tudo e não ser nada, caso contrário, com maior ou menor grau de limitações, estamos sempre sujeitos a formas, mais ou menos veladas de censura. Qualquer estagiário sabe que há uma grande diferença entre noticiar que “vai acontecer”, ou noticiar que “já aconteceu”. Qualquer jornalista sabe o que deve ficar a aguardar confirmação, e o que pode ser entregue já, ao domínio público. E os jornalistas mais experientes, sabem que muitas vezes, bem longe do “interesse nacional”, estão em jogo certos interesses, que são constrangidos a manter resguardados, por razões que nada têm a ver com a natural reserva, ou o tal “interesse nacional”, que tem tanto de vago como de castrador. Qual é o proprietário de um jornal, rádio ou estação de TV que gosta de ser objecto de notícias menos abonatórias? Por tudo isto, e mais um par de botas, como agora é hábito dizer-se, cada vez considero mais a profissão de jornalista, uma das mais nobres profissões que uma pessoa pode ter, quando desempenhada com isenção e rigor.

domingo, setembro 19, 2010

Registo para Memória Futura (19)

Luís Gonçalves da Silva demitiu-se da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), argumentando que aquele organismo, foi e continua a ser, em muitas situações, um obstáculo à liberdade de imprensa, e não dá garantias de independência face ao poder político.