O Governo pediu à dona Conceição Esteves, que é Presidente da Assembleia da República, e que também já foi juíza do Tribunal Constitucional (TC), para clarificar junto do TC como é que os serviços devem processar os salários, pensões e subsídios de férias e de Natal que deveriam ser pagos em Junho, depois do chumbo do TC. Não percebo, a não ser que a dona Conceição esteja a receber uma avença do Governo, para clarificar os acórdãos do TC, ou então tenha outras competências que desconhecemos, coisa que me deixa muito perplexo, para não dizer incrédulo.
Depois há o caso de Passos Coelho, durante uma visita à Santa Casa da Misericórdia, acompanhado por Pedro Santana Lopes, se ter queixado que o TC, porque ainda tem entre mãos outras medidas que podem também estar feridas de inconstitucionalidade (ele lá sabe o que fez!), não o deixarem fazer planos para o futuro, nem dormir descansado, pois os assaltos perpetrados não estão a render aquilo com que contava, passando a maior parte do tempo a ponderar se deve ir à carteira ou ao armário dos comes e bebes dos portugueses. Ora Passos Coelho já devia saber (ou sabia e faz-se esquecido) que em Portugal o tempo da Política não é o mesmo da Justiça. Se sabia é matreiro e malicioso, se não sabia, é trafulha ou incompetente. Como é óbvio, inclino-me para a primeira opção, embora possa haver uma mistura das duas.
Numa primeira abordagem a frio da notícia, ainda pensei que Passos Coelho se estivesse a referir à eminência dos cofres vazios, não sabendo onde ir buscar dinheiro para pagar as suas obrigações e compromissos, quando ainda há dias tinha dito que o Governo dispunha de fundos para enfrentar as despesas e necessidades durante um ano, sem andar na pedinchice. Mas não, por enquanto o problema é apenas insónias, amargos de boca e digestões difíceis. Quanto a nós, estamos num ponto em que é tão grande a salada de queixinhas, dramatizações e aldrabices, que já nem sabemos se será razoável envolver os coxos no provérbio dos mentirosos.
Depois há o caso de Passos Coelho, durante uma visita à Santa Casa da Misericórdia, acompanhado por Pedro Santana Lopes, se ter queixado que o TC, porque ainda tem entre mãos outras medidas que podem também estar feridas de inconstitucionalidade (ele lá sabe o que fez!), não o deixarem fazer planos para o futuro, nem dormir descansado, pois os assaltos perpetrados não estão a render aquilo com que contava, passando a maior parte do tempo a ponderar se deve ir à carteira ou ao armário dos comes e bebes dos portugueses. Ora Passos Coelho já devia saber (ou sabia e faz-se esquecido) que em Portugal o tempo da Política não é o mesmo da Justiça. Se sabia é matreiro e malicioso, se não sabia, é trafulha ou incompetente. Como é óbvio, inclino-me para a primeira opção, embora possa haver uma mistura das duas.
Numa primeira abordagem a frio da notícia, ainda pensei que Passos Coelho se estivesse a referir à eminência dos cofres vazios, não sabendo onde ir buscar dinheiro para pagar as suas obrigações e compromissos, quando ainda há dias tinha dito que o Governo dispunha de fundos para enfrentar as despesas e necessidades durante um ano, sem andar na pedinchice. Mas não, por enquanto o problema é apenas insónias, amargos de boca e digestões difíceis. Quanto a nós, estamos num ponto em que é tão grande a salada de queixinhas, dramatizações e aldrabices, que já nem sabemos se será razoável envolver os coxos no provérbio dos mentirosos.