A Polícia Judiciária investiga o desaparecimento de 800 milhões de Euros do Banco Português de Negócios (BPN), que foram passar férias a uma “offshore” e ainda não voltaram.
Os alemães e os franceses (e os chineses também) são esperados a qualquer momento em Portugal. Supõe-se que vêm aos saldos das privatizações…
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domingo, julho 24, 2011
domingo, junho 12, 2011
Língua Portuguesa e Liberdade de Expressão
«O Presidente da República deu luz verde ao Ministério Público para avançar com o processo contra o director da SÁBADO, Miguel Pinheiro, acusado do crime de ofensa à honra do chefe de Estado.
(...)
Em causa estão cinco linhas escritas por Miguel Pinheiro, na coluna ‘Sobe e Desce’ da edição de 27 de Janeiro da SÁBADO. No texto sobre o discurso de vitória de Cavaco nas presidenciais, o director afirma que "tal como Fátima Felgueiras e Isaltino Morais, Cavaco Silva acha que uma vitória eleitoral elimina todas as dúvidas sobre negócios que surgem nas campanhas".
O comentário valeu-lhe uma participação de Pinto Monteiro, que considera que «o autor revelou uma clara intenção de denegrir a imagem e reputação do Presidente» e pediu que fosse dado «carácter de urgência à tramitação dos autos».
(...)
Pinheiro, que já requereu a abertura de instrução, lembra que no momento em que fez o discurso no CCB, Cavaco estava na qualidade de candidato e não de Presidente. "Num país democrático, a pessoa e a função não se devem confundir", defende o jornalista, que não percebe por que motivo foi o único a ser processado, já que outros fizeram a mesma comparação.»
Excertos na notícia publicada no semanário SOL de 9 de Junho de 2011
Meu comentário – Quando há dúvidas sobre questões relacionadas com a língua portuguesa e seus significados, e estas têm implicações com a liberdade de expressão, em vez da instauração de um processo judicial, devia ser pedido um parecer à Academia. Isto para não se cair no ridículo, com questões de “lana caprina”. O senhor Presidente pode estar zangado, porém, os factos concretos - e não meras calúnias como ele pretende que sejam - não podem ser plebescitados nem apagados pelo voto em eleições - como ele queria que fossem - nem silenciados os comentários certeiros que se façam sobre os benefícios que comprovadamente colheu, como accionista privilegiado do Banco Português de Negócios.
(...)
Em causa estão cinco linhas escritas por Miguel Pinheiro, na coluna ‘Sobe e Desce’ da edição de 27 de Janeiro da SÁBADO. No texto sobre o discurso de vitória de Cavaco nas presidenciais, o director afirma que "tal como Fátima Felgueiras e Isaltino Morais, Cavaco Silva acha que uma vitória eleitoral elimina todas as dúvidas sobre negócios que surgem nas campanhas".
O comentário valeu-lhe uma participação de Pinto Monteiro, que considera que «o autor revelou uma clara intenção de denegrir a imagem e reputação do Presidente» e pediu que fosse dado «carácter de urgência à tramitação dos autos».
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Pinheiro, que já requereu a abertura de instrução, lembra que no momento em que fez o discurso no CCB, Cavaco estava na qualidade de candidato e não de Presidente. "Num país democrático, a pessoa e a função não se devem confundir", defende o jornalista, que não percebe por que motivo foi o único a ser processado, já que outros fizeram a mesma comparação.»
Excertos na notícia publicada no semanário SOL de 9 de Junho de 2011
Meu comentário – Quando há dúvidas sobre questões relacionadas com a língua portuguesa e seus significados, e estas têm implicações com a liberdade de expressão, em vez da instauração de um processo judicial, devia ser pedido um parecer à Academia. Isto para não se cair no ridículo, com questões de “lana caprina”. O senhor Presidente pode estar zangado, porém, os factos concretos - e não meras calúnias como ele pretende que sejam - não podem ser plebescitados nem apagados pelo voto em eleições - como ele queria que fossem - nem silenciados os comentários certeiros que se façam sobre os benefícios que comprovadamente colheu, como accionista privilegiado do Banco Português de Negócios.
sexta-feira, março 18, 2011
No Meio é que está a Virtude
Não vai ser em 2008 como o Governo queria, nem em 2011 como o Eurostat pretendia. De qualquer modo, os portugueses devem começar a contar com o respectivo peditório (a única coisa que o(s) Governo(s) sabe(m) fazer com eficácia) que há-de aparecer por aí, mascarado de qualquer coisa parecida com um PEC.
«O registo nas contas públicas de 2010 das perdas suportadas pelo Estado português com o BPN é, neste momento, o desfecho mais provável das discussões entre o Eurostat e as autoridades portuguesas sobre o modelo contabilístico a seguir nesta matéria. O défice desse ano fica assim ameaçado por um agravamento que pode ir até aos 2000 milhões de euros, o valor aproximado das imparidades do BPN.
(...)
Tudo parece indicar, apurou o PÚBLICO, que o modelo adoptado pelo Eurostat conduza a um registo das imparidades calculadas para o BPN nas contas públicas de 2010
(...)
O défice para 2010, que o Governo apontou para 7,3 por cento, mas que mais recentemente deu indicações de poder chegar aos 6,9 por cento, pode sair fortemente prejudicado. Os cerca de 2000 milhões de euros em causa correspondem a 1,1 por cento do PIB.»
Excertos da notícia do jornal PÚBLICO de 17 de Março de 2011
«O registo nas contas públicas de 2010 das perdas suportadas pelo Estado português com o BPN é, neste momento, o desfecho mais provável das discussões entre o Eurostat e as autoridades portuguesas sobre o modelo contabilístico a seguir nesta matéria. O défice desse ano fica assim ameaçado por um agravamento que pode ir até aos 2000 milhões de euros, o valor aproximado das imparidades do BPN.
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Tudo parece indicar, apurou o PÚBLICO, que o modelo adoptado pelo Eurostat conduza a um registo das imparidades calculadas para o BPN nas contas públicas de 2010
(...)
O défice para 2010, que o Governo apontou para 7,3 por cento, mas que mais recentemente deu indicações de poder chegar aos 6,9 por cento, pode sair fortemente prejudicado. Os cerca de 2000 milhões de euros em causa correspondem a 1,1 por cento do PIB.»
Excertos da notícia do jornal PÚBLICO de 17 de Março de 2011
sábado, janeiro 08, 2011
O Cândido Aforrador e o Alegre Caçador
LEMBRAM-SE do caso das dívidas à banca, de Francisco Sá Carneiro, nos idos de 1980? Sendo certo que as verdades têm que ser ditas e as responsabilidades pedidas, em política há que contar sempre com o EFEITO RICOCHETE. Há que tomar em consideração que a insistência nos ataques a descuidos e devaneios dos protagonistas políticos, e sobretudo quando o visado se remete ao silêncio, tal como é agora o caso das acções da SLN/BPN, que renderam umas simpáticas mais-valias ao cândido aforrador e actual candidato Cavaco Silva, acabam, quase sempre, por ter efeitos perversos, levando os eleitores, que têm por hábito assumir um imprevisível instinto protector, a ter saídas deste tipo:
- Vejam lá, coitadinho do senhor, uma pessoa tão bem parecida, tão comedida, tão séria e tão honesta, e anda a ser tão atacado por todos! São uns invejosos e intriguistas, é o que é. Está decidido, no domingo já sei em quem vou votar!
Contudo, a verdade acaba por se impor: o homem em questão foi fraco, e apesar de devoto, não resistiu às tentações. E acrescentarei mais duas coisas: os políticos não têm que andar sempre a repetir que são honestos e honrados, pois só com actos o podem demonstrar, e no auge do combate político, até o alegre e secreto desejo de possuir um par de caçadeiras Purdey, pode ser a morte do artista.
- Vejam lá, coitadinho do senhor, uma pessoa tão bem parecida, tão comedida, tão séria e tão honesta, e anda a ser tão atacado por todos! São uns invejosos e intriguistas, é o que é. Está decidido, no domingo já sei em quem vou votar!
Contudo, a verdade acaba por se impor: o homem em questão foi fraco, e apesar de devoto, não resistiu às tentações. E acrescentarei mais duas coisas: os políticos não têm que andar sempre a repetir que são honestos e honrados, pois só com actos o podem demonstrar, e no auge do combate político, até o alegre e secreto desejo de possuir um par de caçadeiras Purdey, pode ser a morte do artista.
quarta-feira, janeiro 05, 2011
Um País à Deriva...
«Agora vão ter de meter 500 milhões no BPN, em mais um aumento de capital que se vai realizar nos próximos dias. O buraco do banco, para diluir em 10 anos, é de 2000 milhões de euros, a somar aos 500 milhões de aumento de capital e aos 4,8 mil milhões que a CGD já emprestou ao BPN. Emprestou com o aval do Estado, isto é, se o BPN deixar de pagar quem paga é o Estado, ou seja, os contribuintes.
Isto é uma vergonha imensa. Não pode ficar por esclarecer e o dinheiro tem de ser recuperado. Caso contrário está tudo em causa.
Os números são astronómicos. A sério: isto não pode ficar assim.
Se as perdas fossem assumidas hoje, o custo directo para o Estado era de 2,5 mil milhões de euros. Se o BPN deixar de pagar o empréstimo à CGD temos de somar mais 4,8 mil milhões de euros, o que dá algo da ordem dos 7,3 mil milhões de euros. É um número astronómico.
Para terem uma ideia, com esse dinheiro era possível:
1. Construir 70 hospitais pediátricos como o de Coimbra (cada um custa 104 milhões de euros);
2. Comprar 486 mil FIAT 500 (cada um custa 15 mil euros);
3. Comprar 30 Airbus A380 (cada um custa 253,3 milhões de euros);
4. Pagar o funcionamento de todas as universidades portuguesas durante 10.4 anos (custam ~700 milhões de euros por ano);
5. Pagar 500 euros por mês a cada desempregado (600 mil actualmente) durante 24,3 anos (custaria 300 milhões por ano);
6. Construir o TGV com ligação ao Porto (5 mil milhões) e a Madrid (2,2 mil milhões) sem precisar de ajuda da UE;
7. Construir o novo aeroporto em Alcochete (5 mil milhões) e ainda sobravam 2,3 mil milhões para fazer hospitais, escolas, etc.
Bolas, haja vergonha!»
Artigo de J. Norberto Pires, publicado no blog DE RERUM NATURA, em 2011 Janeiro 4. O título deste post é o mesmo do original.
Isto é uma vergonha imensa. Não pode ficar por esclarecer e o dinheiro tem de ser recuperado. Caso contrário está tudo em causa.
Os números são astronómicos. A sério: isto não pode ficar assim.
Se as perdas fossem assumidas hoje, o custo directo para o Estado era de 2,5 mil milhões de euros. Se o BPN deixar de pagar o empréstimo à CGD temos de somar mais 4,8 mil milhões de euros, o que dá algo da ordem dos 7,3 mil milhões de euros. É um número astronómico.
Para terem uma ideia, com esse dinheiro era possível:
1. Construir 70 hospitais pediátricos como o de Coimbra (cada um custa 104 milhões de euros);
2. Comprar 486 mil FIAT 500 (cada um custa 15 mil euros);
3. Comprar 30 Airbus A380 (cada um custa 253,3 milhões de euros);
4. Pagar o funcionamento de todas as universidades portuguesas durante 10.4 anos (custam ~700 milhões de euros por ano);
5. Pagar 500 euros por mês a cada desempregado (600 mil actualmente) durante 24,3 anos (custaria 300 milhões por ano);
6. Construir o TGV com ligação ao Porto (5 mil milhões) e a Madrid (2,2 mil milhões) sem precisar de ajuda da UE;
7. Construir o novo aeroporto em Alcochete (5 mil milhões) e ainda sobravam 2,3 mil milhões para fazer hospitais, escolas, etc.
Bolas, haja vergonha!»
Artigo de J. Norberto Pires, publicado no blog DE RERUM NATURA, em 2011 Janeiro 4. O título deste post é o mesmo do original.
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Meu comentário: É caso para ficar sem palavras e sem pinga de sangue. Estamos à deriva, vem aí uma tempestade e só há coletes salva-vidas para uns poucos.
Meu comentário: É caso para ficar sem palavras e sem pinga de sangue. Estamos à deriva, vem aí uma tempestade e só há coletes salva-vidas para uns poucos.
sexta-feira, dezembro 31, 2010
Vai Ter Que Nascer Duas Vezes
O candidato Cavaco Silva, com aquele seu discurso impertinente, que gira entre o formal e o virtuoso, passa a vida a dizer, para consumo corrente, que não interfere na governação, propriamente dita, e é sempre nas sessões de âmbito reservado, e não na praça pública, que aponta ao governo as matérias de que discorda ou merecem reparo. No entanto, no debate de 29 de Dezembro com o candidato Manuel Alegre, exibindo uma cavacal incoerência, não se absteve de criticar e discordar, para toda a audiência, com uma insólita agressividade, dos actos de gestão da actual administração do BPN nacionalizado, assegurada pela CGD, a qual está mandatada e recebe orientações da parte do governo, via ministério da tutela. O governo acusou o toque e já veio pedir à CGD para defender a sua honra, rejeitando a acusação de Cavaco de que não tinham conseguido solucionar o descalabro da situação, sem o recurso a novas e prometidas injecções de capital. Das duas uma, ou Cavaco nunca abordou o assunto com Sócrates, ou Cavaco nunca foi atendido nas suas apreensões, nas tais reuniões de âmbito reservado, que habitualmente costuma ter com o primeiro-ministro. E vir agora esparramar isso para os debates, é no mínimo, muito pouco curial e contraditório com o tal virtuosismo que reclama para as suas intervenções públicas. Mas também nisso – e não é caso para surpresa - Cavaco acompanha Sócrates, embora uma oitava mais a baixo, logo, vai ter que nascer (pelo menos) duas vezes, para conciliar a teoria com a prática.
sábado, agosto 07, 2010
O POVO Contra o Estado
ANTES de falarmos da apressada (re)privatização do Banco Português de Negócios (BPN), o POVO exige e quer saber, recorrendo a uma auditoria inteira e limpa, quanto é que foi esbulhado dos seus bolsos, para assegurar a salvação, através de uma tão obscena quanto suspeita “nacionalização” dos prejuízos, dessa alcova de banqueiros desonestos, que dava pelo nome de BPN.
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