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sexta-feira, julho 08, 2011

Enganei-me!

Fernando Nobre disse:
“Os que pensavam que estava à procura de um tacho enganaram-se.”

Pessoalmente, concordo que me enganei. Pensava que ele andava à procura de um tacho, mas afinal o que ele queria era um trem de cozinha.

terça-feira, julho 05, 2011

Entrada de Leão, Saída de Sendeiro

Fernando Nobre quis ser Presidente da República e acabou em terceiro lugar no acto eleitoral de Janeiro deste ano, com 14,1% dos votos. Pouco depois, para as Eleições Legislativas, candidatou-se nas listas do PSD, declarando que só se manteria no Parlamento se fosse eleito Presidente da Assembleia da República. Não conseguiu ser eleito, depois de dois escrutínios, acabando sentado na última fila da bancada do PSD. Por só lhe interessar o cadeirão de segunda figura do Estado, acabou por cumprir o que tinha prometido. Ao fim de duas semanas, depois de iniciada a legislatura, renunciou ao cargo, declarando que se sente mais útil na ajuda humanitária. Aí concordo!
Para quem se orgulhava de não estar comprometido com qualquer partido político, que não estava interessado em ser deputado, mas sentindo-se vocacionado para ser o maestro do sistema parlamentar que olhava de soslaio, o desastre político de Fernando Nobre, só tem uma classificação: entrada de leão, saída de sendeiro.

segunda-feira, abril 11, 2011

Ser e Parecer

«Não há nada mais difícil do que tentar parecer que somos boas pessoas, quando na realidade não o somos.»

Do filme “Where the Truth Lies” (Onde está a verdade?)

quarta-feira, novembro 10, 2010

A Dupla, Tripla e Quádrupla Condição

ESTOU a ficar com uma dúvida persistente. Ou é defeito meu, ou são então as televisões, as rádios e os jornais, que andam a acompanhar os nossos políticos, mais exactamente os candidatos à Presidência da República, que não sabem separar as águas. Por exemplo, Cavaco Silva, quando fala para os portugueses, nunca percebo em que condição fala, se como simples cidadão (tal como eu), se como economista, se como Presidente da República em exercício, ou se como candidato a esse mesmo lugar, numa eleição que ocorrerá nos primeiros dias de 2011. Com Manuel Alegre passa-se o mesmo. Quando fala não sei se é como cidadão (tal como eu), como adepto da caça e da pesca desportiva, como deputado à Assembleia da República, eleito pelo PS (partido Sócrates), ou se como candidato à tal Presidência da República, apoiado por dois partidos algo desafinados. Já Fernando Nobre, mesmo que tenham deixado de o associar à AMI, tem a tarefa facilitada, e nunca será perdedor. Mesmo que não ganhe as eleições para a Presidência da República, a AMI continua a ganhar notoriedade, e todo o Mundo vai ganhar com isso. Já com Francisco Lopes, a dúvida encurta-se, já que sendo um candidato à Presidência que colhe poucas atenções da comunicação social, não é habitual que os comunistas andem a exibir-se e a palavrear coisas diferentes, tanto na sua condição de cidadãos como de candidatos a cargos políticos, pois é sabido que primam pela coerência, isto é, seja lá em casa ou na tribuna da Assembleia da República, ambas as posturas coincidem, apesar de continuar a dizer-se por aí que esta coerência apenas serve para aproveitar o tempo de antena e fazer passar as mensagens políticas.
De qualquer modo continuo com esta dúvida persistente. Cavaco não veio ao funeral de Saramago porque estava no desempenho de uma função de natureza familiar, e não podia envergar, mesmo que temporariamente, a farpela de Presidente, mas agora, hora sim, hora não, fala por tudo e por nada, e nunca sei em que qualidade, se de avozinho, se de apaixonado pelo bolo-rei, se de presidente, ou de candidato a presidente. Já Manuel Alegre, quando diz coisas, na sua voz tonitruante, nunca se sabe se vai debitar um poema, se fala como deputado do PS, candidato do PS ou do Bloco de Esquerda. Habitualmente, a dúvida só se desfaz no dia seguinte, depois de assentar ideias com os seus conselheiros, e convocar os jornalistas para fazer a respectiva clarificação.