Anders
Fogh Rasmussen, o novel secretário-geral da NATO, desloca-se na próxima
quinta-feira a Lisboa, estando previstos encontros com o primeiro-ministro, o
Presidente da República e os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa,
durante os quais, além dos habituais cumprimentos, serão abordados assuntos
relacionados com a situação na Líbia, as mudanças no Comando de Oeiras, a vinda
da STRIKEFORNATO para Portugal, a reconfiguração da participação portuguesa nas
missões da NATO e a futura participação dos caças F-16 da Força Aérea
Portuguesa, no policiamento aéreo da Islândia, tudo iniciativas tão necessárias
a Portugal como o pão para a boca. Como é óbvio, estas iniciativas não estão
abrangidas por qualquer plano de austeridade, pois uma coisa é a inadiável e perpétua
guerra contra o terrorismo e os inimigos da civilização, e outra coisa é a luta
contra o subdesenvolvimento, o empobrecimento, a miséria, e as nefastas
consequências do obsoleto estado social, que como toda a gente sabe é de
inspiração comunistóide.
Aliás, o senhor Rasmussen, é a pessoa certa no lugar certo. Oriundo da família política do centro-direita, foi um corajoso e resoluto primeiro-ministro da Dinamarca durante oito anos. Sendo um teórico da linha neo-liberal e inimigo declarado do estado social, enquanto teve poder para isso, dedicou-se à sua demolição. Foi também um convicto e fervoroso crente de que Saddam Houssein era detentor de um poderoso arsenal de armas de destruição maciça, logo exacerbado apoiante da invasão do Iraque de 2003, tendo feito questão de que a Dinamarca se empenhasse na participação da força multinacional estacionada em Camp Danevang, perto de Bassora, com meio milhar de militares. Como é fácil de ver, é uma pessoa que não deixa os seus créditos por mãos alheias, sendo os seus atributos muito apreciados entre os seus pares.
A avó Bernarda, com a sua habitual propensão para o gracejo, quando viu a foto do senhor, saiu-se com um curioso comentário: "ai Jesus, abrenúncio, o homem coitadinho não tem culpa da cara que tem, mas o certo é que não ficava nada a destoar em qualquer filme de gangsters...
Aliás, o senhor Rasmussen, é a pessoa certa no lugar certo. Oriundo da família política do centro-direita, foi um corajoso e resoluto primeiro-ministro da Dinamarca durante oito anos. Sendo um teórico da linha neo-liberal e inimigo declarado do estado social, enquanto teve poder para isso, dedicou-se à sua demolição. Foi também um convicto e fervoroso crente de que Saddam Houssein era detentor de um poderoso arsenal de armas de destruição maciça, logo exacerbado apoiante da invasão do Iraque de 2003, tendo feito questão de que a Dinamarca se empenhasse na participação da força multinacional estacionada em Camp Danevang, perto de Bassora, com meio milhar de militares. Como é fácil de ver, é uma pessoa que não deixa os seus créditos por mãos alheias, sendo os seus atributos muito apreciados entre os seus pares.
A avó Bernarda, com a sua habitual propensão para o gracejo, quando viu a foto do senhor, saiu-se com um curioso comentário: "ai Jesus, abrenúncio, o homem coitadinho não tem culpa da cara que tem, mas o certo é que não ficava nada a destoar em qualquer filme de gangsters...