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PRESIDENTE norte-americano, Barack Obama, confirmou ao líder da Autoridade
Palestiniana, Mahmoud Abbas, que vai vetar a tentativa de os palestinianos
serem reconhecidos como Estado pela Organização das Nações Unidas.
Assim,
o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sensibilizado com tanto
apoio, fez um sonoro elogio a Obama, declarando-o merecedor de uma “medalha de
honra”. Face a esta postura do presidente dos E.U.A. (que foi, espantem-se,
Prémio Nobel da Paz em 2009), em relação à pretensão dos palestinianos, os
israelitas vão respirar de alívio, aprofundar a ocupação da Cisjordânia e ao
mesmo tempo continuar a matar neles. Entre a defesa de uma causa justa, e a
satisfação dos interesses judaicos, que podem condicionar a sua futura
recondução na presidência, Obama escolheu a opção que mais contradiz o que dele
se esperava: ser um símbolo de mudança e um construtor de PAZ.