AINDA pensei que fosse mais uma das tradicionais mentirolas de 1 de Abril, no entanto, parece que a agência Lusa veiculou uma notícia verdadeira. Assim, o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, anda a fazer reuniões (apelidadas de "consultas regulares") com técnicos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), discutindo o modelo que a "reforma do Estado" (leia-se, liquidação do Estado Social) irá assumir em Portugal, ao passo que por cá, e para manter a tradição de os portugueses serem os últimos a saber, o que se trama nas suas costa, ainda ninguém sabe de nada.
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quarta-feira, abril 03, 2013
quarta-feira, abril 04, 2012
Perguntem aos Gregos
Em resposta àquela incendiária intenção, Carlos Moedas, o secretário de Estado adjunto do "nosso" primeiro-ministro, guardião da nossa suposta e pitoresca soberania, diz que aquilo não pode ser, e que a extorsão apenas é válida até 2013. Sempre quero ver o que vale a tímida opinião dos paus-mandados dos tosquiadores da troika, pois é sabido o que valem estas reacções, que balouçam entre o provisóriamente definitivo e o definitivamente provisório, destinadas apenas a marcar posição, mas se houver dúvidas, perguntem aos gregos como é que está a ser com eles.
quarta-feira, setembro 28, 2011
Ponto da Situação
TODOS
os dias há novidades. Estão a vir às pinguinhas, com pézinhos de lã, para não
assustarem e não doerem muito. Grão a grão vamo-nos habituando, ficando
insensíveis, vendo desfilar os buracões no orçamento e aceitando os apertos sem
tugir nem mugir, até chegarmos ao patamar da Grécia.
O
Governo quer isentar as empresas do dever de informarem a Autoridade para as
Condições do Trabalho (ACT) sobre as alterações aos horários laborais. Assim
sendo, as crianças vão deixar de ver o pais, os divórcios vão disparar, em
contraste com a indústria de sacos-cama que vai ganhar um grande impulso.
O
ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, afirmou que o aumento das tarifas
de electricidade vai ser muito menor do que os 30 e os 55 por cento que têm
andado a ser anunciados, respectivamente para os consumidores particulares e as
empresas. Seja muito ou pouco, o aumento prepara-se para levar à falência mais
uns milhares de empresas, e por arrastamento, muitos mais portugueses e
respectivas famílias.
Carlos
Moedas, secretário de estado adjunto do Primeiro-ministro, admite que para 2012
a recessão irá ser mais profunda que o previsto.
Victor
Gaspar, Ministro das Finanças, conclui que o pior ainda está para vir.
Embora
Hillary Clinton tenha vaticinado que Portugal está no caminho certo para a
resolução da dívida soberana, e o Presidente norte-americano Barack Obama tenha
atribuído o fracasso do Euro à ausência de regulação do sector financeiro, por
cá ainda não se conseguiu apurar quem é o responsável pelo que está a
acontecer, havendo quem prefira simplificar, continuando a deitar as culpas
para os sindicatos e os trabalhadores portugueses, que continuam a ser o
principal obstáculo à competitividade das empresas, preferindo receber
subsídios em vez de trabalharem, a serem gastadores e a terem um nível de vida
superior às suas possibilidades.
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