O ministro Nuno Crato (o deseducador) afirmou ontem, em Bruxelas, que é natural que em vésperas de eleições, os problemas relacionados com o arranque do ano lectivo sejam "amplificados", e questionado sobre se espera que na próxima segunda-feira a situação esteja mais calma, o ministro disse ter "a certeza que sim". Quando lhe foi perguntado quantos alunos continuavam sem aulas, duas semanas depois do início do ano lectivo, respondeu que não tinha "números nesse sentido", expressão que na boca do Crato, que também sabe fazer-se de apatetado ou desentendido, tanto podia estar a referir-se a números residuais, como a exibir uma ministerial ignorância. Como ele disse estas coisas à margem de uma reunião em que participou, ao lado de ministros da Competitividade, Mercado Interno, Indústria, Investigação e Espaço da União Europeia, penso que estar naquela reunião, também só podia ser por engano.