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sexta-feira, maio 24, 2013

O Conselheiro-Sombra


AO CONTRÁRIO de Fernando Ulrich, presidente do BPI, que dadas as suas características, tem mais a função de provocador e desestabilizador da opinião pública, do que de teorizador, Ricardo Salgado, presidente do BES, que acumula o cargo de conselheiro-sombra do Governo para as questões económicas, financeiras e laborais (*), foi claro e incisivo nas suas declarações. Sentenciou que "os direitos vão recuar, os salários têm que continuar a cair" e "temos de continuar a ter moderação salarial, a reduzir os custos e remunerações em todo o lado", embora rejeite, por príncipio moral - lá vem outra vez o discurso da ética e da moralidade -, que aqueles que têm níveis mais baixos de remuneração não podem ser penalizados nas reformas, aliás, uma coisa que o incomoda e deixa muito chocado. Como é compreensível, esta parte do discurso deixou-me deveras emocionado. Talvez por vergonha não tocou no assunto, mas sabe-se que Ricardo Salgado vai colmatar os 62 milhões de euros de prejuízo do BES, com uma prática e pouco limpa redução de custos, recorrendo ao encerramento de 50 dependências e a “dispensa” de 200 trabalhadores.

(*) – Ricardo Salgado, atendendo à sua eficiência e ao seu perfil visionário, consegue a façanha de ocupar, simultâneamente, o lugar de capitão do mundo financeiro e conselheiro governamental, tendo transitado do defundo gabinete Sócrates para o actual de Passos Coelho, sem precisar de tomar posse.

domingo, junho 24, 2012

Registo para Memória Futura (67)

«Como sabe, eu sou bancário, do BES [Banco Espírito Santo], que é quem paga o meu salário – o único que tenho e que faço questão de manter. Por isso, antes de formalizar a candidatura, fiz questão de ter uma reunião com o doutor Ricardo Salgado, a quem transmiti, de forma transparente, a minha intenção. Naturalmente que ele, enquanto presidente da comissão executiva do BES, desejou-me sorte e disse que era também um factor de prestígio para o BES ter um dos seus colaboradores como secretário-geral da UGT [União Geral de Trabalhadores]

Retirado do blog 5DIAS.net, excerto da entrevista feita pelo diário AS BEIRAS a Carlos Silva, candidato único à liderança da UGT, apoiado pelas tendências socialista, social-democrata e democrata cristã.

quarta-feira, novembro 23, 2011

O Vice-Primeiro-Ministro Propõe…


O VICE-Primeiro-Ministro Ricardo Salgado, convidado clandestino dos Conselhos de Ministros de Pedro Passos Coelho, em representação do “lobby bancário”, e que acumula com as funções de Presidente do Banco Espírito Santo (BES), já deu um passo em frente, antecipando-se ao que a "troika" sugeriu, declarando que admite a possibilidade de cortar salários na instituição a que preside, caso as previsões do Governo para o ano de 2012, quanto à recessão económica, se confirmem.

Uma distinção que não me passou despercebida foi o facto de ter falado em salários e não em vencimentos. Vencimentos é como habitualmente são tratadas as remunerações dos quadros superiores do banco, ao passo que os salários dizem respeito ao restante pessoal. No entanto, mesmo que toda a população do BES fosse abrangida por tal medida, também sabemos que os quadros superiores têm sempre outras compensações, que acabam por neutralizar os efeitos dos cortes.

 Falta apenas referir que Ricardo Salgado beneficia das vantagens deste duplo emprego, onde nem sequer é necessário fazer declaração de interesses, nem andar a ocultar que dispõe de informação previligiada, o que é uma “vantagem competitiva”, como sói dizer-se, relativamente à restante concorrência.

domingo, janeiro 30, 2011

Registo para Memória Futura (30)

«O BES [Banco Espírito Santo, liderado por Ricardo Salgado] aumentou para 10,03 por cento a sua posição na Portugal Telecom (PT), o que lhe deverá permitir receber, livre de impostos, 117 milhões de euros associados à distribuição de parte dos dividendos da telecomunicadora programados para este ano e referentes aos resultados do ano passado. Se os 10,03 por cento que o BES passa a deter na PT estiverem todos sob o controlo da mesma empresa, então, o Estado deixará de receber de impostos cerca de 34 milhões de euros.»

Excerto da notícia publicada pelo jornal PÚBLICO de 29 de Janeiro de 2011