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quinta-feira, julho 19, 2012

Deus nos Livre…

EM 21 de Dezembro de 2010, ainda José Sócrates andava por cá a fazer das suas, preparando o caminho para Pedro Passos Coelho, Sua Ineficiência, o Presidente Aníbal Cavaco Silva deixou o seguinte aviso:

Os mercados externos têm que ser respeitados, na certeza de que se alguém insultar os mercados internacionais vai haver prejuízo para a economia nacional. Na mesma altura, Cavaco Silva congratulou-se por essas mesmas críticas, felizmente, não passarem além-fronteiras, e referiu que é preciso ter muito cuidado com o que se diz na actual conjuntura, tendo acrescentado que Deus nos livre de termos um Presidente da República que não mede as palavras que diz.

Meu comentário: Por seguirmos os conselhos de Sua Ineficiência, e sermos muito bem comportados, caladinhos, humildes, reverentes e obrigados, o resultado está à vista...

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Vital Moreira enganou-se!


EM 11 de Fevereiro, dizia Vital Moreira no blog CAUSA NOSSA que « (...) a iniciativa bloquista [moção de censura] tem como consequência inevitável um agravamento da pressão dos mercados financeiros sobre o País. A perspectiva de queda do Governo e de abertura de uma crise politica só pode fazer subir os custos da dívida soberana nacional.»
Ora acontece que o espectro da crise política já se dissipou, depois de o PSD e do CDS-PP terem divulgado a sua intenção de não votarem favorávelmente a moção de censura. No entanto, segundo nos diz o jornal PÚBLICO de 16 de Fevereiro, a «pressão dos mercados da dívida sobre Portugal nunca esteve tão elevada na véspera de uma nova emissão. As taxas de juro das Obrigações do Tesouro (OT) a cinco anos dispararam ontem acima dos sete por cento, o recorde desde a criação do euro e, inclusive, desde 1996. Nas outras maturidades mais reduzidas - dois e três anos - os juros dispararam, num só dia, mais de um ponto percentual. E a dívida a dez anos quase tocou nos 7,5 por cento, acumulando oito dias consecutivos de subida. (...) Para Filipe Silva, isto é um sinal de alarme: "O mais preocupante é que há quem não queira comprar dívida portuguesa mesmo a render sete por cento".»
Por aqui se prova que a chantagem com a "pressão dos mercados" já não pode ser a desculpa do costume, tanto para o governo como para o seu adepto e candidato a pitonisa Vital Moreira, para que as oposições tomem as iniciativas políticas que entendam necessárias para contestarem e/ou apearem este governo.

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Emprenhar Pelos Ouvidos

José Manuel Durão Barroso, também conhecido por "cherne", e actualmente presidente da Comissão Europeia, fez um pedido curioso aos líderes europeus: que se abstenham de falar sobre a crise, porque isso enerva os mercados, e um mercado nervoso tem tendência para emprenhar pelos ouvidos, e de um mercado nesse estado interessante, nunca se sabe que reacção pode vir, mas coisa boa não é certamente.
O Barroso é um cómico! Estamos em crise mas é melhor não falar sobre, nem discutir o problema, arriscando-nos a ferir a sensibilidade dessa coisa dos mercados. Se formos bem comportados e fingirmos que não é nada connosco, a “coisa” há-de passar de mansinho e tudo acabará em bem.
Portanto, não se admirem que Sócrates, Teixeira dos Santos, Vieira da Silva, e já agora o “bom aluno” Cavaco Silva, tomando a sério essas cautelas, comecem novamente a “pintar a manta”, dizendo que as medidas de austeridade estão a resultar, falando de evidentes sinais de retoma económica, da luz ao fundo do túnel, do oásis e de outras palermices do mesmo tipo.