EM 11 de Fevereiro, dizia Vital Moreira no blog CAUSA NOSSA que « (...) a iniciativa bloquista [moção de censura] tem como consequência inevitável um agravamento da pressão dos mercados financeiros sobre o País. A perspectiva de queda do Governo e de abertura de uma crise politica só pode fazer subir os custos da dívida soberana nacional.»
Ora acontece que o espectro da crise política já se dissipou, depois de o PSD e do CDS-PP terem divulgado a sua intenção de não votarem favorávelmente a moção de censura. No entanto, segundo nos diz o jornal PÚBLICO de 16 de Fevereiro, a «pressão dos mercados da dívida sobre Portugal nunca esteve tão elevada na véspera de uma nova emissão. As taxas de juro das Obrigações do Tesouro (OT) a cinco anos dispararam ontem acima dos sete por cento, o recorde desde a criação do euro e, inclusive, desde 1996. Nas outras maturidades mais reduzidas - dois e três anos - os juros dispararam, num só dia, mais de um ponto percentual. E a dívida a dez anos quase tocou nos 7,5 por cento, acumulando oito dias consecutivos de subida. (...) Para Filipe Silva, isto é um sinal de alarme: "O mais preocupante é que há quem não queira comprar dívida portuguesa mesmo a render sete por cento".»
Por aqui se prova que a chantagem com a "pressão dos mercados" já não pode ser a desculpa do costume, tanto para o governo como para o seu adepto e candidato a pitonisa Vital Moreira, para que as oposições tomem as iniciativas políticas que entendam necessárias para contestarem e/ou apearem este governo.
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