Entretanto, tecnicamente e face aos últimos desenvolvimentos, estamos perante uma espécie de governo de coligação do PS/PSD, com dois ministros das finanças - Teixeira dos Santos e Eduardo Catroga - a acertarem agulhas e a garatujarem adendas para mascararem os malefícios do orçamento, pois já foi ultrapassada a fase do ping-pong de piropos, alternada com a troca de ameaças, coisa que apenas serviu para dramatizar, entreter e enganar os cidadãos. Estou curioso com o desfecho desta novela, pois não devemos esquecer que Passos Coelho sempre disse que nunca deixaria passar um Orçamento de Estado que contivesse um aumento brutal da carga fiscal sobre os portugueses, nem Sócrates aceitaria governar sem orçamento, ou com um que não exibisse a sua marca distintiva.
sexta-feira, outubro 22, 2010
Pedro Passos PERDIDOS
Entretanto, tecnicamente e face aos últimos desenvolvimentos, estamos perante uma espécie de governo de coligação do PS/PSD, com dois ministros das finanças - Teixeira dos Santos e Eduardo Catroga - a acertarem agulhas e a garatujarem adendas para mascararem os malefícios do orçamento, pois já foi ultrapassada a fase do ping-pong de piropos, alternada com a troca de ameaças, coisa que apenas serviu para dramatizar, entreter e enganar os cidadãos. Estou curioso com o desfecho desta novela, pois não devemos esquecer que Passos Coelho sempre disse que nunca deixaria passar um Orçamento de Estado que contivesse um aumento brutal da carga fiscal sobre os portugueses, nem Sócrates aceitaria governar sem orçamento, ou com um que não exibisse a sua marca distintiva.
quinta-feira, outubro 21, 2010
Este País não é para Novos nem Velhos
Pois é, é verdade. Pelo menos, é isso o que nos informa o Relatório do Orçamento de Estado para 2011. Como todos sabemos, o projecto de Orçamento de Estado do governo dá azo ao maior aumento da carga fiscal das últimas décadas. Sobe-se o IVA, o IRS, as contribuições sociais, bem como toda uma série de taxas que farão diminuir o rendimento disponível das famílias e aumentar os custos das empresas e dos consumidores. Cortaram-se ainda salários, prestações sociais, despesas com a Saúde e os gastos com a Educação. Tudo em prol do "interesse nacional". Porém, sabia que o mesmo governo que está a querer aumentar o IVA vai igualmente transferir 587,2 milhões de euros para a ASCENDI, com a desculpa de levar a cabo a "reposição da estabilidade financeira" da empresa? E que esse "reforço" equivale a um aumento de 289,6% das verbas pagas à ASCENDI em relação a 2010? (p.212 do Relatório do OE 2011)
(...)
Quem é a ASCENDI? É uma das empresas / grupos económicos que tem ajudado o governo na sua cruzada de "modernização" do país através da construção de mais de 850 quilómetros de auto-estradas em diversos pontos do país. E quem são os principais accionistas da ASCENDI? Depende da concessão em causa, mas são maioritariamente a Mota-Engil (entre 35% e 45% do total), a ES Concessões (detida pela Mota-Engil) e a OPway, entre outros. (...)»
Excertos do post do Professor Álvaro Santos Pereira, publicado no blog DESMITOS, com o título “Subir o IVA ou ajudar a Ascendi?”, em 18 de Outubro de 2010. O título do post é de minha autoria.
quarta-feira, outubro 20, 2010
Registo para Memória Futura (23)
terça-feira, outubro 19, 2010
Trabalhar Sem Rede
Excerto do artigo de Ruben de Carvalho, intitulado “O depois e o antes”, publicado no semanário EXPRESSO de 16 de Outubro de 2010. O título do post é de minha autoria.
segunda-feira, outubro 18, 2010
A Dramática Preocupação
É caso para fazer uma pergunta: Porque será que os políticos portugueses dizem certas coisas no estrangeiro (ou para os jornalistas estrangeiros), que não se arriscam a dizer cá dentro?
Registo para Memória Futura (22)
sexta-feira, outubro 15, 2010
Confirma-se!
Como eu já desconfiava, os verdadeiros ministros das finanças do país são os senhores Faria de Oliveira (CGD), Carlos Santos Ferreira (BCP), Ricardo Salgado (BES) e Fernando Ulrich (BPI). Quanto a José Sócrates e Fernando Teixeira dos Santos, não passam de simples secretários de estado às suas ordens. Quanto à oposição PSD e CDS/PP, fazem o que lhes mandam, devem manter o bico calado e não estão autorizados a excederem-se, pondo o pé em ramo verde, SENÃO!...
quinta-feira, outubro 14, 2010
Outros Delitos, SIM! Delito de Opinião, NÃO!
Liu Xiaobo terá sido um dos principais redactores da Carta 08, documento reivindicativo, subscrito por muitos outros cidadãos chineses, onde se pedia o estabelecimento da liberdade de imprensa e de opinião, bem como os direitos civis e políticos, que são comuns na nossa civilização dita ocidental. Entre outras coisas, essa Carta 08 reclamava o seguinte:
“(…) Este ano é o 100.º aniversário da Constituição Chinesa, o 60.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o 30.º aniversário do Muro da Democracia e o 10.º ano desde que a China assinou a Convenção Internacional dos Direitos Civis e Políticos. Depois de experimentar um prolongado período de desastres dos direitos humanos e uma tortuosa luta e resistência, os cidadãos chineses estão cada vez mais e com maior clareza reconhecendo que a liberdade, igualdade e direitos humanos são valores universais comuns compartilhados por toda a humanidade, e que a democracia, a república e o constitucionalismo constituem a estrutura basilar da governança moderna. Uma "modernização" ausente destes valores universais e deste arcabouço político é um processo desastroso que priva os homens de seus direitos, corrói a natureza humana e destrói a sua dignidade. Para onde a China se encaminhará no século XXI? Continuará uma "modernização" sob este tipo de autoritarismo? Ou reconhecerá os valores universais, assimilados em comum nas nações civilizadas e construirá um sistema político democrático? Esta é uma decisão fundamental que não pode ser evitada. (…)” .
Seja porque não gostaram dos seus modos, ou da sua militância, as autoridades chinesas fisgaram-no. Nestas coisas de dissidência, normalmente, é para que sirva de exemplo, como aconteceu com meu pai e outros cinquenta sindicalistas, nos anos cinquenta do século passado, no auge do consulado salazarista. Aqui ou em qualquer outra parte do mundo, também eu subscreveria este documento, porque se não aceitava que tal coisa persistisse no século XX, muito menos o admitiria no século XXI. Os quatro anos que o meu pai passou nos “curros” do Aljube e nas celas de Caxias, são motivo mais do que suficiente para não subscrever qualquer aberração, baptizada de “militância anti-social” ou “delito se opinião”.
O regime chinês não gostou. Liu Xiaobo (de quem nunca ouvi falar, tal como o Bruno Simão, pois, eles são muitos milhões!) foi preso em Dezembro de 2009 e condenado a 11 anos de prisão, sob a acusação de ter atentado contra tudo e mais alguma coisa, menos contra o direito e a liberdade de opinião, que na China, é um conceito proibido. Já a companheira, outra “perigosa cúmplice”, está com residência fixa, sem poder movimentar-se, apenas por ser mulher do dito “criminoso”. Com base neste currículo, não sei se exageradamente, por excesso ou por defeito, o senhor Liu Xiaobo foi galardoado pela Academia com o Prémio Nobel da Paz de 2010. Obama também o foi, e na altura, embora não havendo obras, mas apenas projectos e intenções, também teve que suportar o fardo. Quero lá saber que a China seja uma emergente potência económica, senão mesmo um potentado. Quero lá saber que os E.U.A. estejam subservientes do potencial económico e financeiro que a China tem vindo a acumular de há 30 anos para cá, e que ela seja parceiro de confiança (quase obrigatório) ou não, do complexo sistema que está a gerar-se. Para quem ainda não percebeu, a China irá substituir-se aos E.U.A. e a mais a umas quantas potências (económicas e não só), e o resto são cantigas. Quando chegar a altura, irão perfilar-se as alianças que desenharão os próximos vinte ou trinta anos da história do mundo, com ou sem colapso, vindas dos mais imprevistos quadrantes. Por isso, o que subsiste é que quem luta pelas liberdades e pelas suas ideias, tenham ou não os nomes de Rigoberta Menchu, Nelson Mandela, Martin Luther King Jr., Desmond Tutu , Aung San Suu Kyi ou Liu Xiaobo, pessoas que abdicaram de tudo, coisas a que muitos de nós, mesmo os mais desprendidos das mais insignificantes vaidades e comodidades, nunca renunciaria, serão a luz que marcará o caminho. Não me interessa se o campo de batalha é na China, na Guatemala, em Portugal, na Birmânia ou na África da Sul. As liberdades e os direitos humanos têm a ver com as pessoas, as suas ideias e as suas opções, desde a pessoa singular até à colectiva, extravasando as nacionalidades, as ideologias e os regimes. E contra isto levantarei a minha voz, e a minha escrita, enquanto a voz não me doer, nem a tinta se esgotar.
Em abono disto, faço minhas as palavras de um comunista português já falecido, que certo dia, no refluxo da Revolução de 25 de Abril, dizia, para quem o queria ouvir: “a liberdade é um bem inestimável, é para todos, excepto para quem atenta contra a liberdade”. Foi frase que nunca esqueci e que me marcou. Por isso, o comunicado do PCP sobre esta atribuição do Prémio Nobel da Paz de 2010, faz-me lembrar alguém que quer dar opinião sobre um vinho da sua lavra que, vá-se lá saber porquê, seja por obstinação, incúria ou distracção, não o deixou respirar na altura de ser servido, e o dito azedou.
Acrescento uma lista de ditadores que corporizaram (ou ainda corporizam) regimes totalitários, autoritários, ditaduras militares, estados policiais e outras aberrações mascaradas de monarquias e democracias populares, onde por sistema não existe liberdade de expressão. Há alguns que faltam, como a ditadura dos coronéis na Grécia. Não pactuei (nem pactuo) com nenhum deles. A alguns dei-lhes o benefício da dúvida, porque assumi que os seus objectivos finais eram justos, embora usassem (e abusassem) dos ensinamentos de Maquiavel, quando aquele dava conselhos ao “Príncipe”, dizendo-lhe que os fins justificavam os meios. Em vão! Hoje, muito anos depois, prevalece a sentença de um dos meus professores de religião e moral, um padre sem cabeção, escorraçado pela Igreja portuguesa, conivente com o regime, que na aula, entre dentes nos sussurrava: “Meninos, não se iludam: Deus criou o Homem, mas bem pode limpar as mãos à parede!”
Argentina
Juan Domingo Perón 1946-1955
Juan Manuel Rosas 1829-1852
Rafael Videla 1976-1981
Leopoldo Galtieri 1981-1982
Bolívia
René Barrientos 1964-1969
Brasil
Getúlio Vargas 1930-1945
Humberto de Alencar Castelo Branco 1964-1967
Costa e Silva 1967-1969
Emílio Garrastazu Médici 1969-1974
Ernesto Geisel 1974-1979
Chile
Augusto Pinochet 1973-1990
Cuba
Fulgêncio Batista 1933-1944/1952-1959
Fidel Castro 1959-1976/1976-2008
Raúl Castro (2008-atualidade)
República Dominicana
Rafael Trujillo 1930-1961
El Salvador
Maximiliano Martínez 1931-1944
Guatemala
José Efraín Ríos Montt 1982-1983
Haiti
François Duvalier ("Papa Doc") 1957-1971
Jean-Claude Duvalier ("Baby Doc") 1971-1986
Honduras
Oswaldo López Arellano 1963-1975
México
Porfirio Díaz 1876-1910
Antonio López de Santa Anna 1824-1854
Nicarágua
Anastasio Somoza García 1936-1956
Luis Somoza 1956-1967
Anastasio Somoza Debayle 1967-1979
Paraguai
Alfredo Stroessner 1954-1989
Carlos Antonio López 1840-1862
Francisco Solano López 1862-1870
Venezuela
José Antonio Páez 1830-1848
Hugo Chávez 1998 - a atual
África
Gamal Abdel Nasser (Egito) 1954-1970
Anwar Sadat (Egito) 1970-1981
Hosni Mubarak (Egito) 1981-atualidade
Idi Amin Dada (Uganda) 1971-1979
Jean-Bedel Bokassa (República Centro-Africana) 1966-1979
Omar Bongo (Gabão) 1967-atualidade
Mobutu Sese Seko (Zaire, atual Rep. Dem. Congo) 1965-1997
Omar al-Bashir (Sudão) 1989-atualidade
Muammar al-Gaddafi (Líbia) 1969-atualidade
Robert Mugabe (Zimbabué) 1980-atualidade
José Eduardo dos Santos (Angola) 1979-atualidade
Ásia
Pervez Musharraf (Paquistão) 1999-2008
Mulah Omar (Afeganistão) 1995-2001
Saparmurat Niyazov (Turcomenistão) 1990-atualidade
Kim Il-Sung (Coréia do Norte) 1948-1994
Kim Jong Il (Coréia do Norte) 1994-atualidade
Chiang Kai-Shek (China) 1925-1949 (Taiwan) 1949-1975
Mao Tsé-Tung (China) 1949-1960/1966-1976
Deng Xiaoping (China) 1977-1990
Jiang Zemin (China) 1993-2003
Hu Jintao (China) 2003-atualidade
Roza Otunbayeva (Quirguistão) 2010 -atualidade
Ngo Dinh Diem (Vietnam do Sul) 1955-1963
Duong Van Minh (Vietnam do Sul) 1963,1964-1975
Nguyen Van Thieu (Vietnam do Sul) 1965-1975
U Ne Win (Birmânia) 1962-1988
Reza Pahlevi (Irã) 1941-1979
Ali Khamenei (Irã) 1989-atualidade
Aiatolá Khomeini (Irã) 1979-1989
Saddam Hussein (Iraque) 1979-2003
Hafez al-Assad (Síria) 1971-2000
Lon Nol (Camboja) 1970-1975
Pol Pot (Camboja) 1975-1979
Horloogiin Choibalsan (Mongólia) 1921-1952
Europa
Aleksandr Lukashenko (Bielorrússia) 1994-atualidade
Napoleão Bonaparte (França) 1799-1815
Adolf Hitler (Alemanha) 1933-1945
Benito Mussolini (Itália) 1922-1945
Francisco Franco (Espanha) 1939-1975
António de Oliveira Salazar (Portugal) 1932-1968
Todor Zhivkov (Bulgária) 1954-1989
Marcello Caetano (Portugal) 1968-1974
Nicolae Ceausescu (Romênia) 1965-1989
Slobodan Miloševic (Sérvia) 1989-2000
János Kádár (Hungria) 1956-1988
Miklós Horthy (Hungria) 1920-1944
Enver Hoxha (Albânia) 1945-1985
Josef Stalin (União Soviética) 1924-1953
Nikita Khrushchov (União Soviética) 1954-1964
Leonid Brejnev (União Soviética) 1964-1982
Wladyslaw Gomulka (Polônia) 1951-1970
Edward Gierek (Polônia) 1970-1971
Fonte: Wikipédia
terça-feira, outubro 12, 2010
Decidam-se lá!
Entretanto, exactamente a 24 de Novembro, irá ocorrer uma Greve Geral, suportada pela CGTP e a UGT, emoldurada com as contestações às portagens das SCUTs, e mais umas quantas reivindicações. Quanto ao PS, em ambiente de fim de festa, vai-se movimentando nos bastidores e nas suas distritais, vai arrumando a casa e varrendo as incoerências para debaixo do tapete, contando espingardas e descendo os escaleres, para abandonar o barco antes que ele se afunde a pique, e leve no seu turbilhão, uns quantos refractários que se perderam à procura de parceiro para dançar o tango.
Um novo e péssimo orçamento para 2011, ou um novo-velho orçamento, baseado em duodécimos, não me parece fazer grande diferença, atendendo ao estado em que Sócrates está a deixar o país, e não me venham com o “papão” das agências de rating e a possibilidade de deixar de haver quem nos dê crédito, porque isso, com ou sem orçamento, de uma forma ou de outra, é uma alcateia que trazemos coladas às canelas, e de que já não nos conseguimos livrar. Persiste apenas a dúvida de saber se Sócrates joga no tabuleiro das eleições lá para meados do ano que vem, ou se espera que se reúnam as condições para ele se voltar a vitimizar, auto-imolando-se, com a desculpa da ausência de orçamento próprio, ficando limitado à sua condição de governo de gestão, desprovido de poder para produzir mais malefícios.
Feitas as contas, não sei o que é pior, se continuar a manter-se este permanente e quotidiano escândalo nacional, em que o próprio governo, depois de dizer que está fora de questão aumentar os impostos, acaba a esbulhar o povo português dos seus já reduzidos meios de subsistência, ou se devem reunir-se as condições para açaimar e manietar um (des)governo onde ninguém se demite ou é demitido, onde nem sequer se equaciona a hipótese de remodelação, mas onde ainda se brinca ao “rapa-tira-põe-deixa”, a propósito das acumulações de pensões e vencimentos da classe dirigente, ou se faz vista grossa aos gastos sumptuários com consultorias e aniversários de organismos do Estado. Todos se desentendem, porém, é evidente, o problema já não é a desafinação do colectivo governativo, mas sim o chefe da orquestra, propriamente dito, que vai continuando a girar, impondo o ritmo, entre o estarmos hoje em crise, grave e profunda, amanhã já se ver a luz ao fundo do túnel, para depois de amanhã deixar de se vislumbrar a tal luz e o próprio túnel. Ou então decidir-se hoje a fazer o TGV, amanhã já não ser oportuno, e depois de amanhã logo se vê. Fica uma pergunta no ar: dizem isto automaticamente, porque têm que dizer qualquer coisa, ou é tudo premeditado, para armar confusão?
Na verdade, quem nos está a governar e a governar-se, são os escritórios de advogados, contratados por ajuste directo e pagos a peso de ouro, as empresas de organização de eventos e as agências de comunicação, e pelo meio, apenas se vê Sócrates a rodopiar. Não desarma a barraca, e todos os dias, continua a atordoar-nos com os seus números de circo, prometendo, simulando, adiando, gesticulando, mentindo, gastando, esvoaçando como o cuco, e pondo os seus ovos em ninho alheio, esquecendo ou ignorando que já ninguém o leva a sério, e todos lhe chamam trafulha e mentiroso. Com tudo isto não se controlam os danos feitos ao país. Sócrates vai acabar mal, mas nós, graças a ele e à sua pandilha, assados, fritos ou cozidos, vamos ficar pior, por muito e longo tempo. Vá lá, meus senhores, decidam-se! Os tomatinhos-miniatura não são só uma inovação gastronómica; na política são um facto… Já agora, à falta de chumbo do orçamento, entalem o Sócrates e dêem-lhe com outra moção de censura!
segunda-feira, outubro 11, 2010
As “Cunhas” do Orçamento
Entretanto, chegou-me aos ouvidos que, antes disso, alguém teria sugerido que fosse pedida a mediação da antiga deputada do Partido Radical italiano, Elena Anna Staller, também conhecida por Cicciolina, porém, a coisa não se concretizou, pois ela teria posto como condição que PS e PSD estivessem dispostos a levar a cabo uma sessão de “swing” com ela, nas instalações do Freeport.
sábado, outubro 09, 2010
Registo para Memória Futura (21)
Declaração de Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico, em entrevista ao semanário EXPRESSO, em 9 de Outubro de 2010. A declaração também podia ser classificada como a Anedota do Ano.
sexta-feira, outubro 08, 2010
As Cansativas Noitadas do Caso Freeport
- Lamento e compreendo perfeitamente que qualquer magistrado que esteja no DCIAP, ao fim de uns tempos, se sinta cansado, especialmente se lhe calhar um processo altamente complexo que o obriga a fazer serões.
Em resposta, o procurador Vítor Magalhães ripostou:
- Não aleguei cansaço. Eu perco noites a trabalhar desde a minha primeira comarca, que foi Torre de Moncorvo. Perdi noites em Cascais, em Sintra e nos últimos nove anos que estive no DCIAP. E, refira-se, o chamado processo Freeport nem foi o que me deu mais trabalho, comparando com os casos de tráfico de droga internacional, as máfias do Leste e outros de corrupção.
O requerimento para terminar a comissão de serviço no DCIAP, foi formulado em 1 de Setembro do corrente ano, depois de ambos os procuradores terem sido alvo de um inquérito, accionado pelo “implacável” Pinto Monteiro, devido ao facto de no seu despacho final terem incluído um questionário com 27 perguntas a José Sócrates, que nunca foram autorizadas nem respondidas. Para bom entendedor, meia palavra basta.
quinta-feira, outubro 07, 2010
A Lista do Alberto
quarta-feira, outubro 06, 2010
O Indomável Inaugurador
terça-feira, outubro 05, 2010
Da República
Neste 5 de Outubro de 2010, 100 anos passados sobre a implantação da mesma em Portugal (em Loures foi proclamada no dia 4), eu queria falar sobre ela, mas falta-me o alento, não por erosão das convicções, mas por cansaço de assistir a tantos abusos e atropelos. Olhando para a lástima em que estamos, nem as palavras, nem as ideias, jorram límpidas para saudar o acontecimento com o brilho e energia que merece.
Carregada de vícios e imperfeições do período monárquico, a República, entre dignos actos reformadores, consubstanciados no ensino laico, na participação política e no progresso social, à mistura com ditaduras e sangrentos conflitos, foi sobejamente maltratada na sua primeira fase, entre 1910 e 1926. Foi engavetada e mutilados os seus ideais, durante a ditadura do Estado Novo, no período de 1926 a 1974, e libertada com a Revolução de Abril, desde 1974 até à actualidade. Arrasta-se agora, na sua terceira fase, pelas ruas da amargura, por obra e graça dos parasitas e malfeitores que dela têm abusado, para se aprovisionarem a si próprios, aos seus amigos, correligionários e outros cortesãos, e não para servirem o país. O que significa que não é a República nem o Regime Democrático que estão em causa, por desadequação, mas sim o uso e abuso que deles se faz, bem como a subversão de princípios e de regras a que são sujeitos.
Por isso, comemorar os 100 anos da implantação da República, com maiores ou menores festanças, empoladas com os habituais e empolgadíssimos discursos dos capatazes do “socialismo moderno, moderado e popular”, aliados aos congéneres que proclamam o “estado mínimo”, para que reine o capitalismo máximo, apenas serve para com os atrevimentos e exibicionismos do costume, distrair o povo da fossa para onde está a ser empurrado, e promover o branqueamento das grandes negociatas e cambalachos, que engrossam a cada dia que passa, desaguando no pântano em que se transformou o país.
A figura da República é uma senhora digna, mulher do povo, quase desnuda, altiva, determinada, e há por aí uns quantos proxenetas, com a boca atulhada de loas à democracia e a um pseudo “estado social”, que querem transformá-la em prostituta de meia tigela. Assim, nos 100 anos da implantação da República, é caso para dizer: aos historiadores cabe interpretar a História que é passado, ao Povo não ir em cantigas e saber distinguir o trigo do joio, ao passo que aos políticos compete fazer Política, e não sapateado, para benefício e dignificação dos portugueses do presente, e com os olhos postos no futuro.
domingo, outubro 03, 2010
Registo para Memória Futura (20)
Apesar de Tudo, Não me Demito!
Excerto do post de João Miranda, publicado no blog BLASFÉMIAS em 30 Setembro 2010
sábado, outubro 02, 2010
As Intrujices da Banca
De facto, e atendendo aos míseros lucros - e nalguns casos, fala-se mesmo de grandes prejuízos - que têm sido divulgados pela comunicação social, a coitada da banca portuguesa (e seus accionistas) está em sérias dificuldades para enfrentar a crise, logo, os “outros” portugueses, também para este peditório vão ser chamados a contribuir. Sobre esta intenção, gostava de saber o que pensa (se é que pensa) o estimado governo, sobre esta dupla tributação, pois os “outros” portugueses não podem fazer reflectir sobre mais ninguém (excepto sobre si-próprios), o prejuízo que lhes causa as reduções de salários, o congelamento de pensões, o aumento de I.V.A., os cortes no abono de família, e todas as outras iniquidades com que foram brindados, como se fossem eles os responsáveis pelo estado lamentável a que se chegou.
sexta-feira, outubro 01, 2010
De Amor Nada Mais Resta Que Um Outubro
quinta-feira, setembro 30, 2010
Alegremente Presidenciável
A Douta Prosápia
Fala assim com tanta pseudo-sabedoria e douta prosápia, quem nem sequer é salpicado, tanto pela crise, como pelas contra-medidas, que os seus correligionários (e não só) têm vindo a gerar, de há alguns anos a esta parte.
PEC 3 - Novo Genérico distribuído em Conferência de Imprensa
quarta-feira, setembro 29, 2010
Recompensas em vez de Multas
Estou errado? Não creio. Assim vai Portugal, imparável no que toca a despesas escandalosas, um guisado feito a fogo lento, bem nutrido e condimentado, para garantir a fidelidade dos amigos. Num dia são a frota de carros de luxo da empresa Águas de Portugal, no outro são os prémios pagos, em vez de multas cobradas, das obras negociadas pela empresa Estradas de Portugal. Para amanhã, veremos o que irá sair na rifa, porque a fila de espera dos vitelos mamadores não é pequena. Pequeno é o país!
Não admira, portanto, que haja muito dinheiro à solta por aí, e muita gente a glorificar e a tirar proveito desta crise persistente em que estamos atolados, e que continua a ser sustentada pelos contribuintes, os sacrificados do costume. Outros há, que acham que ir dar a cara à manifestação de hoje, marchar, marchar, marchar, é uma exorbitância, um desperdício. Bem, meus amigos, daqui a dez a anos, se eu ainda andar por cá a arrastar as botas, falaremos!
terça-feira, setembro 28, 2010
Pontos de Vista
«Pela profundidade da sua análise e pela pertinência das suas propostas, o Relatório da OCDE deveria constituir leitura obrigatória para políticos, empresários e dirigentes sindicais, comentadores e jornalistas. Não obviamente para seguir acriticamente o que nele se diz, mas sim para fundamentar um debate racional - em vez da prevalecente crispação politicamente sectária - sobre os problemas do país e os meios para lhes responder.»
Em 28 de Setembro de 2010, usando quase as mesmas palavras, eis o que eu digo:
Pela profundidade da sua análise e pela pertinência das suas propostas, a entrevista concedida pelo empresário Henrique Neto ao Jornal das 9 da SIC Notícias de 27 de Setembro de 2010, deveria constituir tema de uma reflexão obrigatória para políticos, empresários e dirigentes sindicais, comentadores e jornalistas. Não obviamente para seguir acriticamente o que ele diz, mas sim para fundamentar um debate racional - em vez da prevalecente crispação politicamente sectária - sobre os problemas do país e os meios para lhes responder.
sábado, setembro 25, 2010
Tudo Falsidades
Como complemento das aulas de ginástica para o cérebro, a ministra Alçada da educação, decidiu que passará a haver aulas de natação, em todas as escolas, tenham ou não piscina, já este ano lectivo, a partir do segundo ano de escolaridade. As equipas de monitores serão constituídas por nadadores-salvadores na situação de defeso, pagos com recibos verdes, ao passo que as bóias, as toalhas e os calções de banho vão ter que ser pagos pelos próprios.
Está a correr uma petição a nível nacional, junto dos militantes do PSD, liderada por Pedro Santana Lopes, para a reintegração de Gilberto Madail como deputado do PSD, e a sua elevação a presidente do respectivo grupo parlamentar.
O ministro da defesa Santos Silva mandou pôr de prevenção rigorosa o submarino Tridente, em frente ao Cais das Colunas, como medida profiláctica, contra as possíveis concentrações de polícias no Terreiro do Paço.
O ministro das finanças Teixeira dos Santos, a fim de colmatar o défice, sugeriu que os subsídios de Natal deste ano fossem pagos com “raspadinhas” da Santa Casa.
Segundo fontes bem informadas, mas que pediram o anonimato, o governo já se demitiu, mas o povo ainda não sabe, e Sócrates até já nem regressa de Nova Iorque, onde aceitou um emprego provisório na universidade de Columbia, como professor de inglês técnico. A reunião que o presidente Cavaco Silva vai ter com os partidos na próxima semana tem por objectivo, não o orçamento de estado, mas sim acertar agulhas para a formação de um governo de salvação nacional, encabeçado por Alberto João Jardim.
sexta-feira, setembro 24, 2010
Fazer o Mal e a Caramunha
Com a hipocrisia do costume, PS e PSD virão depois queixar-se, para quem os quiser ouvir, que a culpa foi do governo e das oposições, respectivamente, que não colaboraram nem arredaram pé com as suas exigências. Finalmente, ainda ouviremos José Sócrates balbuciar, com a Universidade de Columbia em fundo, Manuel Pinho a bater palmas e exibindo um inglês técnico exuberante, “mas que culpa tenho eu de continuar vivo?”.
Contrastes
«(...) Em Agosto, existiam menos 28.482 beneficiários com requerimento activo de Rendimento Social de Inserção (RSI) e menos 12.160 pessoas a receber subsídio social de desemprego. Contas feitas, o corte chegou a 40,6 mil pessoas no mês em que entraram em vigor as novas regras dos apoios sociais. (...) Os cortes não ficam por aqui, já que se iniciou este mês (Setembro) o processo de reavaliação extraordinária de recursos dos beneficiários de prestações sociais, que durará até ao final do ano. A poupança esperada com as novas regras ascende a 90 milhões de euros este ano. (...)»
Excertos do DIÁRIO ECONÓMICO de 23/SET/2010
quinta-feira, setembro 23, 2010
Sócrates, o Grande Malabarista
Tão Amigos Que Nós Somos!
Resumo da notícia publicada no jornal PÚBLICO de 22 de Setembro 2010. O título do post é de minha autoria.
quarta-feira, setembro 22, 2010
Michelangelo Antonioni e a TV
Não pude deixar de me recordar de uma situação recente no concurso Quem Quer Ser Milionário (RTP1) quando um concorrente, confrontado com quatro opções para identificar Antonioni, optou por considerá-lo um... chefe mafioso. Não me interpretem mal: não se trata de “julgar” as competências do concorrente nem sequer, neste momento, de discutir o conceito de “cultura geral” que atravessa todas as televisões. Trata-se, isso sim, de verificar um facto muito objectivo: no horário nobre de qualquer canal de televisão tornou-se impossível encontrar um filme de Antonioni, um dos génios da história europeia do cinema; em todo o caso, em tal horário o seu nome pode ser objecto de atribulações como a que descrevi.(...)»
Excerto de um texto da autoria de João Lopes, publicado no DIÁRIO DE NOTÍCIAS de 19 de Setembro de 2010. O título do post é de minha autoria.
terça-feira, setembro 21, 2010
Quem se Mete com o PS, Leva!
domingo, setembro 19, 2010
Desleixo no Serviço Público
Registo para Memória Futura (19)
sábado, setembro 18, 2010
Registo para Memória Futura (18)
Parlamentos ou Repartições?
Abrindo uma excepção no que respeita a apreciações sobre aspectos sensíveis da vida política nacional, o circunspecto Presidente Cavaco Silva subestimou a afronta e as críticas dos deputados, garantindo que a medida já estava contemplada nos tratados e resoluções do Conselho Europeu, que, diz ele, não têm sido lidos com a devida atenção. Já o deputado Honório Novo do PCP, reagiu a esta intervenção presidencial, garantindo que nos textos citados não há qualquer referência a “vistos prévios”, que a existirem, já teriam sido referidos, por entrarem em conflito com o que a Constituição Portuguesa determina.
Com esta exigência, dissimulada de "coordenação económica", é dado mais um passo para a perda de soberania, transformando os parlamentos nacionais em meras repartições públicas, executoras e fiscalizadoras das deliberações dos directórios da União Europeia.
sexta-feira, setembro 17, 2010
O Direito e o Avesso
Contra o Abuso e a Fraude
Sua Intransigência, a ministra da saúde Ana Jorge, afirmou que com estas (e outras) medidas, provavelmente a bem do “renascido” Estado Social, vai encaixar uma poupança de 250 milhões de euros.
quinta-feira, setembro 16, 2010
Direitos Constitucionais de "geometria variável"
quarta-feira, setembro 15, 2010
Tempo de Livros (2)
Autor: Filipe Ribeiro de Meneses
Editora: Dom Quixote
SOU POUCO frequentador de biografias, sobretudo as que se debruçam sobre Salazar, sejam elas de tendência hagiográfica e laudatória, ou fruto de algum tipo de convivência, mais ou menos prolongada, ocorrida entre o autor e o ditador. Há também uma outra razão para esta urticária, esta mais pessoal e profunda, baseada no facto de ter vivido parte da minha vida sob as regras, temores e terrores daquela figura execrável e do seu regime, além de que meu pai contribuiu para a imagem de marca do mesmo, durante quatro anos efectivos, como preso político, e depois mais uns tantos sob medidas de segurança, com perda de direitos políticos e apresentações mensais na Rua António Maria Cardoso, sob os olhares insolentes dos agentes de turno.
Tal como disse, e apontadas as razões, não sou nada admirador da criatura, mas também reconheço que, para além da aversão, há que enfrentar a personagem com ferramentas adequadas, sobretudo as da análise histórica, para desmistificar o que ainda vai permanecendo na penumbra e pouco explicado, embora nada me impeça de continuar a concluir que, mercê de um ambicioso projecto de poder pessoal, consubstanciado na famosa frase “sei muito bem o que quero e para onde vou”, sábia e engenhosamente entretecido com manobrismo, manipulação e mesquinhez, foi Salazar (o “venerável “mago” das finanças e da neutralidade colaboracionista) e a pandilha que se organizou à sua volta, quem esculpiu o regime que governou (e manietou) Portugal durante meio século, transformando-o, para além do Aljube, Caxias, Peniche e o Tarrafal, numa incomensurável colónia penitenciária.
Os hábeis pactos e jogos políticos que o ditador sustentou, todos eles convergentes na manutenção do seu poder pessoal, foram sempre mantidos com os vários matizes da direita e ultra-direita portuguesa (quase uma “conversa em família”), ao passo que para a esquerda, a verdadeira e mais arrojada oposição à ditadura, os recursos opressivos do regime apenas deixavam lugar à desistência, ao exílio, ao silêncio, à clandestinidade, tudo sob a alçada do longo braço da polícia política, mais os tribunais plenários e os respectivos calabouços.
Lida e relida a biografia, não estou nada arrependido de o ter levado a cabo. Se no início, após a abordagem da introdução, a tarefa já era promissora, posso agora dizer que fiquei, não digo que agradavelmente surpreendido, mas equipado com muitos mais argumentos, do que aqueles que até aqui possuía, tudo isto fruto de a obra ser rigorosa, bem estruturada e documentada, despojada de preconceitos e de"ideias feitas", ter sido escrita por alguém que não foi contemporâneo do regime, e por isso mesmo, dado o distanciamento temporal, não estar sujeita à colagem de carimbos panfletários.
No entanto, razão tem Vasco Pulido Valente, quando no comentário que teceu no jornal PÚBLICO de 5 de Setembro de 2010, sobre a obra em apreço, afirmou (e eu subscrevo) que «(…) para quem viveu sob Salazar - e já deve haver pouca gente -, o que falta nesta biografia é, naturalmente, a atmosfera do regime. Porque não existia uma ditadura, existiam milhares. Cada um de nós sofria sob o seu tirano, ou colecção de tiranos, na maior impotência. A família, a escola, a universidade, o trabalho produziam automaticamente os seus pequenos "salazares", que, como o outro, exerciam um autoridade arbitrária e definitiva que ninguém se atrevia a questionar. A deferência - se não o respeito - por quem mandava era universal; e essa educação na humildade (e muitas vezes no vexame) fazia um povo obediente, curvado, obsequioso, que se continua a ver por aí na sua vidinha, aplaudindo e louvando os poderes do dia e sempre partidário da "mão forte" que "mete a canalha na ordem".(…)».Quer queiramos, quer não, estou em crer que esta biografia de Salazar é marcante, e tem todas as condições para se tornar uma obra de referência.
terça-feira, setembro 14, 2010
segunda-feira, setembro 13, 2010
Mentiras e Razões de Estado
Excerto do artigo de Filipe Santos Costa, intitulado “O poder é da palavra”, publicado na revista ÚNICA de 11 de Setembro de 2010. O título do post é de minha autoria.
domingo, setembro 12, 2010
Eh Pá, o País Está Bem e Recomenda-se!
sábado, setembro 11, 2010
Ansiedade
o caule, a dourada espiga
e a fome, numa cantiga,
desencontrando um país.
Há saudades do Passado,
há saudades do Futuro
no meu país que procuro
em cada arado parado.
Há mais joio do que pão.
No abandono da paisagem,
apenas, à sua imagem,
o peso da solidão.
E os silêncios e os adis
já nem guardam na lembrança
as searas de esperança
na promessa de um país!
Há, apenas, os presságios
de temores e procelas
arrastando as caravelas
para quantos mais naufrágios?
Ah, que nesta dor extrema,
de ansiedade permanente,
seja salvo, novamente,
o meu país, num poema!
José-Augusto de Carvalho
Lisboa, 10 de Setembro de 2010
quarta-feira, setembro 08, 2010
Portugal no Século do Conhecimento
Nesta questão da reforma do sistema educativo, tudo começou a agravar-se com António Guterres, a brandir a sua paixão pela educação, que se extinguiu de um dia para o outro, por entre os vapores da crise pantanosa que se avizinhava e não mais se extinguiu. A educação tem sido tratada como mais um dos “negócios” e “reformas” em que os governos se metem e comprometem, seja para tapar buracos, ou para acrescentar mais uns tantos à paisagem lunar que nos envolve. Maria de Lurdes e a sua pandilha de secretários de estado - sem contar com o facto de ter feito dos professores os vilões do sistema - chegou ao ponto de reduzir a política educativa a uma extensa galeria de gráficos de barras, a ilustrarem as mais promissoras estatísticas com que se pavoneava nos meios europeus, ignorando que a qualidade é dificilmente compatível com a quantidade, e que a educação é uma das áreas da governação que pior convive com a turbulência na docência ou com experimentalismos nos programas.
Quando se pensava que estávamos a ver despontar Portugal para o século do conhecimento, eis que somos confrontados apenas com estatísticas falsamente optimistas, no que respeita a aproveitamento e sucesso escolar, feitas à custa da desordem na carreira e colocação de professores, de escolas a fecharem, da proliferação de programas simplificados e pouco exigentes, de testes e exames “aligeirados”, da erradicação das reprovações por faltas ou mau aproveitamento, e finalmente, o resultado final desta suposta reforma, com a popularização da figura do semi-analfabeto abraçado ao “magalhães” e carregado de diplomas, mas que mal sabe exprimir uma ideia, seja oralmente ou por escrito.
terça-feira, setembro 07, 2010
Assim se Renovam as Energias
De acordo com o «Jornal de Negócios», a empresa liderada por António Mexia fará uma doação à School of International and Public Affairs (SIPA), universidade onde Pinho será professor.
O valor do donativo não foi divulgado a pedido da eléctrica, mas uma página do site sobre notícias da Universidade da Columbia está «linkada» a outra que refere que as doações são da ordem dos 3 milhões de dólares.
Nota: Informação recebida por e-mail
segunda-feira, setembro 06, 2010
Finalmente, a Confissão!
Raposices
O Henrique não tem pés nem cabeça, e o Raposo, entre visitas às capoeiras, pitorescas análises pretensamente sociológicas e a suposta desmontagem de códigos políticos (há quem lhe chame tudólogo, outros politólogo!), devia reconsiderar o que quer ser quando for grande. Não sou tão exigente que lhe sugira uma passagem pelas “Novas Oportunidades”, mas talvez não seja descabido tentar outra actividade. Sei lá, talvez o aeromodelismo, a literatura de cordel ou a cozinha de fusão, porque não?
domingo, setembro 05, 2010
Arrábida Esventrada
Será que esta gente que anda por aí a pavonear-se, autarcas, ministros e outros que tais, armados com o poder que lhes dá a ponta da caneta, para com ela assinarem licenças e concessões, têm vistas tão curtas (ou bolsos tão compridos), que não se apercebem dos crimes que autorizam num parque natural, mais a mais numa zona protegida? E já agora, não me venham acenar com o argumento, estafado e falacioso, do almejado progresso…
"A Arte da Fuga"
Excerto do artigo de opinião de Fernando Madrinha, publicado no semanário EXPRESSO de 4 de Setembro de 2010. O título do post é o mesmo do artigo.
sábado, setembro 04, 2010
Caso Clínico ou Táctica Política?
sexta-feira, setembro 03, 2010
Justiça Enviesada
Sendo um mero observador deste arrastado processo, contudo, não fiquei insensível quanto aos resultados finais. Porém, para dar uma pálida ideia do muito que ficou por apurar, não resisti a usar as palavras do João Eduardo Severino, registadas no seu blog PAU PARA TODA A OBRA, em 31 de Agosto de 2010, com o título A ETERNA CASA PIA, e que são por demais clarividentes. Ouçamos o que ele diz:
«Ontem, tive o ensejo de conversar com uma das vítimas da Casa Pia de Lisboa. A sua história de vida dava um livro que venderia mais exemplares que qualquer um do Miguel Sousa Tavares. Mas, isso, seria oportunismo. Nego-me a aproveitar uma história com centenas de histórias verdadeiras que traria a público tudo o que os investigadores e os tribunais se recusam a aprofundar. O meu interlocutor foi abusado sexualmente vezes sem conta. Por gente com cargos importantes na administração pública, na hierarquia das Forças Armadas, na hierarquia das igrejas, nos directórios clínicos de unidades de assistência médica, nos escritórios de advogados, engenheiros e arquitectos, nas administrações de grandes empresas sendo algumas estatais. Ele sabe quase tudo. Ele sabe quase todos os nomes da gente importante que não está no banco dos réus. Ele sabe a razão pela qual os réus são os que estão na barra do tribunal. Ele sabe que entre os réus há alguns inocentes. Ele sabe que muitos abusados foram comprados para ficar calados. Ele sabe que na Casa Pia de Lisboa continuam alunos a vender o corpo. Ele sabe que a pedofilia está ligada à miséria humana. Ele sabe que a pedofilia aproveita-se das famílias destruídas e dos filhos abandonados. Ele sabe que as redes de pedofilia internacionais "pescam" em águas da Madeira, dos Açores, de Olhão, de Albufeira, do Portinho da Arrábida, da Foz do Arelho, da Figueira da Foz e nas águas dos balneários de certas instituições de apoio social a jovens.Ele sabe uma coisa muito grave: que um dia vai matar o homem que o tratou "abaixo de cão"...»
Ilhas
José Eduardo Agualusa in “Camilo e a leitura enquanto espectáculo”, revistar LER de Maio de 2010.
quinta-feira, setembro 02, 2010
100 Creches, 100 Inaugurações
E depois ainda falta saber outra coisa: falta saber se depois não irá acontecer às novas creches aquilo que já aconteceu com outros equipamentos sociais, como escolas e centros de saúde, que acabaram por encerrar precocemente, por serem consideradas soluções anti-económicas, ou nunca foram inaugurados, pelo facto de não estarem devidamente equipados.
Uma coisa está para já garantida: a concretizar-se esta promessa, corram a arranjar muitos metros de fita e afiem-se bem as tesouras, pois até ao final do ano José Sócrates não vai ter mãos a medir para tanta inauguração.
quarta-feira, setembro 01, 2010
A Verdade é só Uma!
terça-feira, agosto 31, 2010
Justiça e Equidade Fiscal
Entretanto, esta é aquela justiça e equidade fiscal que o malabarista-ambientalista-arquitecto-engenheiro incompleto José Sócrates anda permanentemente a brandir e a vender ao desbarato, para justificar que este Portugal, governado pelo “seu socialismo” moderno, moderado e popular, é um exemplo, genuíno e garantido, de verdadeiro “estado social”.
segunda-feira, agosto 30, 2010
Registo para Memória Futura (17)
domingo, agosto 29, 2010
Bodes Expiatórios
Eternos perdedores, expulsos vezes sem conta dos seus próprios países, os “romas” tiveram direito ao mesmo tratamento dado aos judeus nos campos de concentração nazis. Mas nem a História recorda o seu meio milhão de mortos durante o Holocausto. (…)»
Excerto do artigo de Daniel Oliveira, com o título “Os Párias”, publicado no semanário EXPRESSO de 28 de Agosto de 2010.
Meu comentário: Já nem falo no facto de os ciganos terem as mesmas prerrogativas que os outros cidadãos europeus, mas como diz o Daniel, aquele expediente vem nos manuais de ciência política, como forma de sublimar e dirigir o descontentamento generalizado, em tempos de crise. Adolf Hitler fez recair a sua ira sobre os judeus, a quem acusava de serem a causa principal do estado lastimoso em que encontrava a economia alemã, após a Primeira Guerra Mundial, tendo depois alimentado a sua paranóica obsessão, com a perseguição e extermínio daqueles, e não só, com requintes de crueldade e à escala industrial. Já José Sócrates, muito mais respeitador da condição humana, adepto de uma espécie de socialismo moderno e moderado, e simpatizante de um “estado social”popularucho, alinhavado entre duas idas ao seu alfaiate, faz recair sobre os mais necessitados da sociedade portuguesa, isto é, quem vive em estado de extrema necessidade, os custos da crise económico-financeira, do enriquecimento desenfreado dos traficantes do costume, e da lauta incompetência do seu governo, cortando nos subsídios de desemprego, nos rendimentos sociais de inserção e outras prestações sociais, e como é expectável (termo que está muito em voga), para obviar as situações extremas, sempre há a caridade dos bons samaritanos e os óbolos das almas condoídas.
sábado, agosto 28, 2010
Choque Tecnológico
sexta-feira, agosto 27, 2010
O Negócio Mais Rentável
Protestei, mas só o empenhamento da gerente da agência conseguiu obter a reposta da central: tinha sido um “erro do programa”. Em sete anos de empréstimo já sofri três “erros do programa” que, curiosamente, são sempre em meu desfavor.
Interrogo-me se 1000 cidadãos receberam a mesma carta com o dito “incumprimento” processado pelo programa aldrabão, quantos terão caído na esparrela?
Entretanto parece que a Deco já recebeu várias queixas e os administradores do Banco de Portugal, pagos principescamente por todos nós, continuam a exercer o seu silêncio.»
Post de Tiago Mota Saraiva, em 20 de Agosto de 2010, no blog 5DIAS.net
«Caixa Geral de Depósitos cobra 5 € por informação verbal.
Banco público é a única instituição que cobra esta comissão. Instituição explica que informações sobre depósitos obrigatórios ou voluntários podem implicar pesquisas até nos arquivos históricos das contas.»
Notícia do DIÁRIO DE NOTÍCIAS on-line de 26 de Agosto de 2010
«Nos primeiros seis meses deste ano, os cinco maiores bancos portugueses meteram ao bolso 7,7 milhões de euros por dia só em "comissões". Comissões são aquelas quantias que os bancos nos cobram a pretexto de tudo e de nada: para abrir ou fechar um processo, para "manter" uma conta, para obtenção de informações, para a "gestão" de contratos, para o "processamento" das prestações dos empréstimos, pelo seu reembolso antecipado, pela "finalização" dos contratos, pela emissão da declaração a dizer que o contrato acabou, e por aí fora, ilimitadamente, sobre cheques, cartões, transferências, cobranças, empréstimos, depósitos, tudo o que mexa. Quem se admirará que, apesar da "crise", os lucros da banca no mesmo período tenham aumentado escandalosamente em relação a 2009? De admirar (para quem acreditou que os sacrifícios iriam ser "para todos") será verificar que, enquanto os "todos" pagam mais IVA, IRS e IRC e os desempregados e pobres vêm reduzidas as prestações sociais, a banca pagou em 2009, segundo números da própria Associação Portuguesa de Bancos, menos 40% de impostos do que no ano anterior.»
Artigo de opinião de Manuel António Pina, com o título "Notícias do Estado Social", publicado no JORNAL DE NOTÍCIAS
quinta-feira, agosto 26, 2010
Contenção de Despesas
Em tempo de austeridade e de "contenção de despesas", treze motoristas para o gabinete do primeiro-ministro é um enigma que ninguém consegue explicar.
quarta-feira, agosto 25, 2010
A Leste dos Paraísos
Cós e Bainhas
terça-feira, agosto 24, 2010
Tagarelices
Em entrevista ao DIÁRIO DE NOTÍCIAS o dito senhor revelou que Portugal vai reconfigurar a sua presença no Afeganistão, onde contribuímos para o esforço de guerra contra o terrorismo, tendo também fornecido pormenores de como Portugal se vai encaixar na nova realidade geo-estratégica. Chegou mesmo a confidenciar que vão ser enviadas células de informações militares para os teatros em que Portugal opera, e também para o Líbano, isto tudo para defender os interesses nacionais (que não se sabe muito bem quais são). Atendendo ao que foi dito, os nossos reais e potenciais "inimigos" (no caso de os termos) não precisam de mexer uma palha, pois o arguto e augusto ministro das "nossas tropas", traçou o mapa e o calendário dos possíveis cenários em que Portugal se irá envolver, e encarregou-se de cantarolar toda a informação básica, para não dizer sensível, que eles precisam de saber para estarem de sobreaviso. Faltou apenas dizer a data precisa em que terá lugar a projecção das forças, quem integrará as tais células de informação militar e onde se irão aboletar. Em última instância, basta estarem atentos aos portugueses que desembarquem em Beirute, e mais uns quantos destinos! Aqui está um exemplo de como a realidade consegue superar a ficção. O ministro que supervisiona as secretas é um irreprimível linguareiro. Melhor é quase impossível.
Made in Portugal
O ZÉ, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.
Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China).
Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss).
Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.
Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.
Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes.
Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...
segunda-feira, agosto 23, 2010
“Wrestling” à Portuguesa
sábado, agosto 21, 2010
Intriguista!
sexta-feira, agosto 20, 2010
Cursos "Copy Past"
José Sócrates, também conhecido por engenheiro incompleto, e inspirador do modelo, deve estar exultante; a metodologia, espírito inovador e facilitista da "sua" Universidade Independente, onde se faziam testes de "inglês técnico" através de fax, passo a passo, vai-se estendendo a todo o país.
quarta-feira, agosto 18, 2010
Registo para Memória Futura (16)
terça-feira, agosto 17, 2010
Mais uma Vergonha
para juntar às outras que já conhecemos...
O ESTADO, através da sua Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), reconheceu a sua ineficácia no combate aos falsos recibos verdes, um fenómeno que vem já dos anos 80, através do qual as empresas se escusam a celebrar contratos de trabalho, alimentando a precariedade laboral de perto de 1 milhão de trabalhadores portugueses, e lesando os cofres da Segurança Social, a qual fica desprovida das respectivas contribuições. O caricato é que o próprio Parlamento já recorreu a este expediente. Entretanto, a crise económica, a situação do mercado de emprego e a legislação entretanto aprovada, que no terreno apenas veio burocratizar o processo de combate à precariedade, são agora apontadas como as desculpas para a manutenção, senão mesmo a proliferação, de tal estado de coisas, no qual o trabalhador, a parte mais fraca perante o empregador, fica exposto à voracidade deste, já que tem necessidade de trabalhar, em qualquer condição e a qualquer preço.
Enfim, uma autêntica fraude social, em que o Estado, simulando que está a proteger os trabalhadores, joga, descaradamente, ao lado do patronato incumpridor das leis laborais. Temos assim mais uma vergonha, para juntar às outras que já conhecemos.
domingo, agosto 15, 2010
Tempo de Livros
Para o capitalismo não há boas nem más causas, existem apenas interesses. Para o comprovar basta recuar até aos anos 30 do século passado, à Alemanha de Adolf Hitler, e verificar que o serpentário nazi não teria sido possível sem a ajuda que recebeu, de quem põe os “negócios” à frente tudo.
Vejamos quem:
«(…)
Hugo Boss uniformizou o seu exército.
Bertelsmann publicou as obras que instruíram os seus oficiais.
Os seus aviões voavam porque consumiam o combustível da Standard Oil [agora Exxon e Chevron] e seus soldados eram transportados em camiões e jipes Ford.
Henry Ford, construtor desses veículos e autor do livro "O Judeu Internacional", foi a musa do ditador. Hitler agradeceu-lhe, condecorando-o.
Também foi premiado o presidente da IBM, a empresa que tornou possível a identificação e recenseamento dos judeus.
A Rockefeller Foundation financiou pesquisas raciais e racistas levadas a cabo pela medicina nazi.
Joe Kennedy, pai do presidente John Kennedy, foi embaixador dos E.U.A. em Londres, porém, comportou-se mais como se fosse o embaixador alemão.
Quanto a Prescott Bush, pai e avô dos presidentes com o mesmo apelido, foi um colaborador de Fritz Thyssen, que fez e arrecadou a sua fortuna ao serviço de Hitler.
O Deutsche Bank financiou a construção do campo de concentração de Auschwitz.
O consórcio IGFarben, gigante da indústria química alemã, que mais tarde ficou conhecido como Bayer, BASF e Hoechst, utilizou presos dos campos de concentração como cobaias de laboratório, usando-os também como mão-de-obra. Estes trabalhadores escravizados produziam tudo, até mesmo o gás com que iriam depois ser gaseados.
Os prisioneiros também trabalharam para outras empresas, tais como Krupp, Thyssen, Siemens, Varta, Bosch, Daimler Benz, Volkswagen e BMW, que eram a base económica dos delírios nazis.
Os bancos suíços fizeram substanciais aquisições do ouro que Hitler sonegava às suas vítimas, nomeadamente, jóias e dentes de ouro. O precioso metal entrava na Suíça com espantosa facilidade, ao passo que as fronteiras se mantinham fechadas para os fugitivos do regime nazi.
A Coca-Cola, durante a guerra, inventou a bebida Fanta, exclusivamente destinada ao mercado alemão.
Durante este período, a Unilever, a Westinghouse e a General Electric também multiplicaram os seus investimentos na Alemanha, colhendo daí os respectivos lucros. Quando a guerra terminou, a empresa ITT recebeu uma indemnização de milhões de dólares, como compensação por os bombardeamentos Aliados terem danificado as suas fábricas na Alemanha. (…)»
Excerto do livro "Espelhos: Uma História Quase Universal", do escritor, jornalista e ensaísta uruguaio, Eduardo Hughes Galeano, publicado em 2008. Tradução do castelhano para português. O sub-título do post é de minha autoria.