quarta-feira, agosto 25, 2010
A Leste dos Paraísos
Cós e Bainhas
terça-feira, agosto 24, 2010
Tagarelices
Em entrevista ao DIÁRIO DE NOTÍCIAS o dito senhor revelou que Portugal vai reconfigurar a sua presença no Afeganistão, onde contribuímos para o esforço de guerra contra o terrorismo, tendo também fornecido pormenores de como Portugal se vai encaixar na nova realidade geo-estratégica. Chegou mesmo a confidenciar que vão ser enviadas células de informações militares para os teatros em que Portugal opera, e também para o Líbano, isto tudo para defender os interesses nacionais (que não se sabe muito bem quais são). Atendendo ao que foi dito, os nossos reais e potenciais "inimigos" (no caso de os termos) não precisam de mexer uma palha, pois o arguto e augusto ministro das "nossas tropas", traçou o mapa e o calendário dos possíveis cenários em que Portugal se irá envolver, e encarregou-se de cantarolar toda a informação básica, para não dizer sensível, que eles precisam de saber para estarem de sobreaviso. Faltou apenas dizer a data precisa em que terá lugar a projecção das forças, quem integrará as tais células de informação militar e onde se irão aboletar. Em última instância, basta estarem atentos aos portugueses que desembarquem em Beirute, e mais uns quantos destinos! Aqui está um exemplo de como a realidade consegue superar a ficção. O ministro que supervisiona as secretas é um irreprimível linguareiro. Melhor é quase impossível.
Made in Portugal
O ZÉ, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.
Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China).
Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss).
Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.
Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.
Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes.
Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...
segunda-feira, agosto 23, 2010
“Wrestling” à Portuguesa
sábado, agosto 21, 2010
Intriguista!
sexta-feira, agosto 20, 2010
Cursos "Copy Past"
José Sócrates, também conhecido por engenheiro incompleto, e inspirador do modelo, deve estar exultante; a metodologia, espírito inovador e facilitista da "sua" Universidade Independente, onde se faziam testes de "inglês técnico" através de fax, passo a passo, vai-se estendendo a todo o país.
quarta-feira, agosto 18, 2010
Registo para Memória Futura (16)
terça-feira, agosto 17, 2010
Mais uma Vergonha
para juntar às outras que já conhecemos...
O ESTADO, através da sua Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), reconheceu a sua ineficácia no combate aos falsos recibos verdes, um fenómeno que vem já dos anos 80, através do qual as empresas se escusam a celebrar contratos de trabalho, alimentando a precariedade laboral de perto de 1 milhão de trabalhadores portugueses, e lesando os cofres da Segurança Social, a qual fica desprovida das respectivas contribuições. O caricato é que o próprio Parlamento já recorreu a este expediente. Entretanto, a crise económica, a situação do mercado de emprego e a legislação entretanto aprovada, que no terreno apenas veio burocratizar o processo de combate à precariedade, são agora apontadas como as desculpas para a manutenção, senão mesmo a proliferação, de tal estado de coisas, no qual o trabalhador, a parte mais fraca perante o empregador, fica exposto à voracidade deste, já que tem necessidade de trabalhar, em qualquer condição e a qualquer preço.
Enfim, uma autêntica fraude social, em que o Estado, simulando que está a proteger os trabalhadores, joga, descaradamente, ao lado do patronato incumpridor das leis laborais. Temos assim mais uma vergonha, para juntar às outras que já conhecemos.
domingo, agosto 15, 2010
Tempo de Livros
Para o capitalismo não há boas nem más causas, existem apenas interesses. Para o comprovar basta recuar até aos anos 30 do século passado, à Alemanha de Adolf Hitler, e verificar que o serpentário nazi não teria sido possível sem a ajuda que recebeu, de quem põe os “negócios” à frente tudo.
Vejamos quem:
«(…)
Hugo Boss uniformizou o seu exército.
Bertelsmann publicou as obras que instruíram os seus oficiais.
Os seus aviões voavam porque consumiam o combustível da Standard Oil [agora Exxon e Chevron] e seus soldados eram transportados em camiões e jipes Ford.
Henry Ford, construtor desses veículos e autor do livro "O Judeu Internacional", foi a musa do ditador. Hitler agradeceu-lhe, condecorando-o.
Também foi premiado o presidente da IBM, a empresa que tornou possível a identificação e recenseamento dos judeus.
A Rockefeller Foundation financiou pesquisas raciais e racistas levadas a cabo pela medicina nazi.
Joe Kennedy, pai do presidente John Kennedy, foi embaixador dos E.U.A. em Londres, porém, comportou-se mais como se fosse o embaixador alemão.
Quanto a Prescott Bush, pai e avô dos presidentes com o mesmo apelido, foi um colaborador de Fritz Thyssen, que fez e arrecadou a sua fortuna ao serviço de Hitler.
O Deutsche Bank financiou a construção do campo de concentração de Auschwitz.
O consórcio IGFarben, gigante da indústria química alemã, que mais tarde ficou conhecido como Bayer, BASF e Hoechst, utilizou presos dos campos de concentração como cobaias de laboratório, usando-os também como mão-de-obra. Estes trabalhadores escravizados produziam tudo, até mesmo o gás com que iriam depois ser gaseados.
Os prisioneiros também trabalharam para outras empresas, tais como Krupp, Thyssen, Siemens, Varta, Bosch, Daimler Benz, Volkswagen e BMW, que eram a base económica dos delírios nazis.
Os bancos suíços fizeram substanciais aquisições do ouro que Hitler sonegava às suas vítimas, nomeadamente, jóias e dentes de ouro. O precioso metal entrava na Suíça com espantosa facilidade, ao passo que as fronteiras se mantinham fechadas para os fugitivos do regime nazi.
A Coca-Cola, durante a guerra, inventou a bebida Fanta, exclusivamente destinada ao mercado alemão.
Durante este período, a Unilever, a Westinghouse e a General Electric também multiplicaram os seus investimentos na Alemanha, colhendo daí os respectivos lucros. Quando a guerra terminou, a empresa ITT recebeu uma indemnização de milhões de dólares, como compensação por os bombardeamentos Aliados terem danificado as suas fábricas na Alemanha. (…)»
Excerto do livro "Espelhos: Uma História Quase Universal", do escritor, jornalista e ensaísta uruguaio, Eduardo Hughes Galeano, publicado em 2008. Tradução do castelhano para português. O sub-título do post é de minha autoria.
sexta-feira, agosto 13, 2010
Registo para Memória Futura (15)
«Quando recebeu a proposta para ir trabalhar como nadadora-salvadora nas piscinas municipais de Castro Verde, Maria da Conceição Sargaço, que nem sequer sabe nadar, pensou tratar-se de uma brincadeira de "mau gosto". Mas não era. A funcionária pública, de 65 anos, que desde 2007 integra o quadro da mobilidade, tinha mesmo uma oferta por escrito da autarquia para aquele trabalho.
"Tudo isto teria muita graça se não estivessem a brincar com a minha dignidade. Como é que na minha idade ia desempenhar a tarefa de um nadador-salvador? Só tenho a quarta classe, não tenho formação e nem sei nadar. Ainda nos afogávamos todos", disse ontem ao CM a mulher que trabalhava no Ministério da Agricultura, no pólo de Aljustrel, localidade onde reside.
Maria da Conceição está no quadro de mobilidade depois de 28 anos a trabalhar como auxiliar de manutenção nos serviços de limpeza e jardinagem. Esta mulher, que aufere 66 por cento do vencimento-base, cerca de 388 euros, recebeu, no início do ano, juntamente com outra colega também colocada na mobilidade, uma carta onde era comunicada a possibilidade de ambas irem trabalhar para as piscinas de Castro Verde. Uma proposta que foi, entretanto, recusada pelas duas funcionárias.
"A minha colega já tem 70 anos e está reformada. Mas eu tive de escrever uma carta a dizer que não podia aceitar. Ficaria satisfeita se fosse uma oferta dentro da minha área em Aljustrel", frisa Maria da Conceição, que não aceitou de bom grado a colocação no quadro da mobilidade e que só pensa em reaver o seu antigo serviço para poder trabalhar até aos 70 anos, idade que lhe permitirá reformar-se.
A mulher acrescenta que a reintegração até permitiria ao Ministério da Agricultura poupar, dado que contratou duas empresas de limpeza para fazerem o trabalho. "Estão a gastar mais dinheiro", disse.»
quinta-feira, agosto 12, 2010
Vamos ver se nos Entendemos
Correio da Manhã em 20 de Julho 2010
«O Ministério das Finanças reiterou ontem a confiança na recuperação dos 450 milhões de euros do empréstimo ao BPP (Banco Privado Português), que avalizou, referindo que o valor das contra-garantias é superior à garantia prestada.»
Diário Económico em 10 de Agosto 2010
«O Banco de Portugal admite que o Estado poderá não conseguir recuperar o aval concedido ao Banco Privado Português (BPP). Em causa estão 450 milhões, um empréstimo concedido ao BPP por um consórcio bancário com o aval do Estado. O Estado, em contrapartida, recebeu do BPP activos no valor de 672 milhões. O que o Banco de Portugal vem agora reconhecer é que a avaliação que foi feita [aos activos] é incerta, que dependia das condições de mercado, que ainda por cima sabemos serem bastante negativas.»
Rádio Renascença em 11 de Agosto 2010
terça-feira, agosto 10, 2010
Justiça e Negócios de Sardinha
Entre os muitos episódios e aspectos perversos que têm acompanhado as investigações à volta deste caso Freeport, apenas faltava acrescentar-lhe mais este: os departamentos de investigação, porque estão em causa altas figuras do Estado, e torna-se forçoso barrar a sua progressão para domínios não desejáveis, indiferentes ao descrédito que possam ou não criar, contrariando princípios e pondo em causa a necessária independência do poder político, e das pressões que de lá flúem, negoceiam até onde se deve ir, o que se deve ou não investigar, como quem negoceia caixas de sardinha, acabadas de sair da lota.
segunda-feira, agosto 09, 2010
Uma Pergunta, Duas Respostas
Defende a extinção do sindicato?
Pinto Monteiro - Estive dois mandatos à frente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, após ter ganho duas eleições democraticamente realizadas. Defendi, então, como hoje defendo, a existência de uma associação para defesa da classe. Isso e não um lóbi de interesses, actuando como um pequeno partido político. Não desconheço, contudo, as opiniões de conceituados e ilustres constitucionalistas e outros juristas que defendem a extinção do sindicato. Para terminar devo dizer que, no passado, antes de assumir o cargo de PGR, designadamente enquanto fui dirigente associativo, tive sempre esplêndidas relações com anteriores líderes do sindicato, magistrados de elevado nível cultural e civilizacional.
Aceitaria que o sindicato sofresse alguma alteração e passasse a existir nos moldes de uma associação?
João Palma - A democracia quer-se rica e participada. Os sindicatos não são uma criação do PREC. Existem sindicatos de magistrados em todas as democracias evoluídas, sobretudo naquelas onde não foi necessário um 25 de Abril pois são regimes de tradição democrática centenária. Estão previstos em convenções da ONU, pelo Conselho da Europa, e noutros instrumentos de direito internacional ratificados pelo Estado português. O problema é que alguns, poucos, políticos portugueses de nomeada que se projectaram na democracia, são democratas e republicanos mas pouco. Só quando lhes dá jeito. É bom que alguns dos mais ferozes detractores se lembrem das tentativas que fizeram de manipulação e politização do SMMP. Somos independentes, o que custa a muita gente. Vão ter que se habituar.
Meu comentário – Um sindicato, sendo uma associação para defesa de determinada classe profissional, estará sempre vocacionado para defender os interesses dessa classe, mesmo que, usando de semântica depreciativa, se queira associá-lo a lóbis.
domingo, agosto 08, 2010
António Dias Lourenço
Regra com Excepções
sábado, agosto 07, 2010
O POVO Contra o Estado
Aniversário
Assim continuaremos, até que a tinta ou a paciência se esgotem, e não esmoreça a fidelidade e a tolerância de quem nos lê.
Entretanto, aproveitei a passagem deste quinto aniversário par renovar visualmente o blog. Assim, deixo aqui uma palavra de apreço à tão pré-histórica quanto resistente e infalível máquina de escrever Remington, cujo teclado espreita no cabeçalho, instrumento onde ainda me cheguei a exercitar nos anos sessenta do século passado.
sexta-feira, agosto 06, 2010
Perversidades e Canalhices
Diz ainda o PÚBLICO que “a surpresa das testemunhas inglesas assenta, fundamentalmente, em três ordens de razões: o Promontório era um reputado gabinete de arquitectura, enquanto Capinha Lopes não tinha qualquer currículo naquele tipo de trabalho; o projecto estava feito e só havia necessidade de fazer pequenas alterações para o adaptar às exigências da declaração do impacto ambiental; e Capinha Lopes ia receber, para fazer esses acertos, entre o dobro e três vezes mais do que estava contratado com o Promontório.”
Como é fácil de perceber, este mundo da arquitectura, entre investigações prematuramente encerradas, bambúrrios e histórias da carochinha, está repleto de perversidades e canalhices.
A Solução é Desmantelar e Refazer
Pois é, meu caro, acrescentei eu ao meu amigo, aproveitei esta maré de conflitos e tensões, e fiz uma revolução no meu blog. Parti-o em três e renovei tudo. Entretanto, os meninos mal comportados do costume, continuam a andar por aí à solta.