O IMPERTURBÁVEL ministro dos negócios estrangeiros Rui Machete (o incorrector factual), aproveitou uma entrevista a uma rádio angolana, para apresentar desculpas ao governo daquele país, pelo facto de o Ministério Público português ter levado a cabo investigações a empresários angolanos. Se bem que numa primeira abordagem, a atitude possa parecer anedótica, ela é mais grave que isso. É grave porque o Machete se foi acocorar e apresentar desculpas a um governo estrangeiro, no local menos indicado para o efeito, e exibindo o mais requintado lambebotismo, sem que lhe tenha sido passada qualquer procuração, para falar em nome do Ministério Público português. E mais grave ainda, pelo facto do Machete se ter intrometido numa área - a da justiça - que não é da sua competência, incorrendo num atropelo à separação de poderes. Recorrendo à pitoresca semântica que o ministro tem por hábito usar, é natural que o incidente venha a ser classificado como um insignificante deslize factual, pois se até o bronco do Coelho deu cobertura ao incauto, afirmando que esta situação não criou qualquer problema diplomático entre Portugal e Angola, e que ninguém pode ficar diminuído politicamente por ter usado uma expressão menos feliz. Pois não, a esta hora Angola deve estar a gozar perdidamente, e o Machete à procura no dicionário da expressão mais adequada para classificar o seu estatelanço.
sábado, outubro 05, 2013
quinta-feira, outubro 03, 2013
Registo Para Memória Futura (92)
«Não haverá segundo resgate para ninguém.»
Declaração do ministro da Economia, António Pires de Lima, na Alfândega do Porto, em 30 de Setembro de 2013. Ainda há quem acredite que nesta coisas de dinheiro e agiotagem, a fé é que nos move.
«Surpreende-me que em Portugal existam analistas e até políticos que digam que a dívida pública não é sustentável (…) só há uma palavra para definir esta atitude: masoquismo.»
Declaração do presidente Aníbal Cavaco Silva, numa conferência de imprensa, no decurso da sua visita à Suécia, em 2 de Outubro de 2013. Isto é o que dá quando pretensos economistas começam a dar sentenças sobre preversões e tendências do foro sexual.
ADENDA – Não fossem alguns jornalistas atentos terem referido o facto, lá eu teria deixado passar mais esta anibalesca cavacada. De facto, há dez (10) meses atrás, durante a sua mensagem de Ano Novo, Sua Exorbitância disse, sem se rir, olhos nos olhos com os portugueses, que a situação social do país não podia ser iludida e que a dívida era insustentável. Que eu saiba, nada de muito significativo mudou, logo se pouco ou nada mudou, porque é que Sua Exorbitância mudou tanto? Isto é o pior que nos podia acontecer. Além de desmemoriado e mal aconselhado, o sádico, veste-se de cabedal, puxa do chicote e diz que os outros é que são masoquistas…
Declaração do ministro da Economia, António Pires de Lima, na Alfândega do Porto, em 30 de Setembro de 2013. Ainda há quem acredite que nesta coisas de dinheiro e agiotagem, a fé é que nos move.
«Surpreende-me que em Portugal existam analistas e até políticos que digam que a dívida pública não é sustentável (…) só há uma palavra para definir esta atitude: masoquismo.»
Declaração do presidente Aníbal Cavaco Silva, numa conferência de imprensa, no decurso da sua visita à Suécia, em 2 de Outubro de 2013. Isto é o que dá quando pretensos economistas começam a dar sentenças sobre preversões e tendências do foro sexual.
ADENDA – Não fossem alguns jornalistas atentos terem referido o facto, lá eu teria deixado passar mais esta anibalesca cavacada. De facto, há dez (10) meses atrás, durante a sua mensagem de Ano Novo, Sua Exorbitância disse, sem se rir, olhos nos olhos com os portugueses, que a situação social do país não podia ser iludida e que a dívida era insustentável. Que eu saiba, nada de muito significativo mudou, logo se pouco ou nada mudou, porque é que Sua Exorbitância mudou tanto? Isto é o pior que nos podia acontecer. Além de desmemoriado e mal aconselhado, o sádico, veste-se de cabedal, puxa do chicote e diz que os outros é que são masoquistas…
quarta-feira, outubro 02, 2013
As Premonições de Natália Correia
«A nossa entrada (na CEE) vai provocar gravíssimos retrocessos no país, a Europa não é solidária com ninguém, explorar-nos-á miseravelmente como grande agiota que nunca deixou de ser. A sua vocação é ser colonialista.
…
Os neoliberais vão tentar destruir os sistemas sociais existentes, sobretudo os dirigidos aos idosos. Só me espanta que perante esta realidade ainda haja pessoas a pôr gente neste desgraçado mundo e votos neste reaccionário centrão.
…
As primeiras décadas do próximo milénio serão terríveis. Miséria, fome, corrupção, desemprego, violência, abater-se-ão aqui por muito tempo. A Comunidade Europeia vai ser um logro. O Serviço Nacional de Saúde, a maior conquista do 25 de Abril, e Estado Social e a independência nacional sofrerão gravíssimas rupturas. Abandonados, os idosos vão definhar, morrer, por falta de assistência e de comida. Espoliada, a classe média declinará, só haverá muito ricos e muito pobres. A indiferença que se observa ante, por exemplo, o desmoronar das cidades e o incêndio das florestas é uma antecipação disso, de outras derrocadas a vir.»
Citações retiradas do livro "O Botequim da Liberdade", de Fernando Dacosta. Natália Correia foi uma poetisa portuguesa nascida em Fajã de Baixo, São Miguel, Açores, em 13 de Setembro de 1923 e falecida em Lisboa, em 16 de Março de 1993
terça-feira, outubro 01, 2013
Tomem Nota
"Portugal já saiu da recessão e apresenta o maior crescimento de toda a União Europeia."
Surpeendente anúncio de Aníbal Cavaco Silva, em entrevista publicada no diário sueco Dagens Nhyeter, em 30 de Setembro de 2013, em véspera de se deslocar em visita oficial àquele país.
Se por um lado há quem esteja surpreendido com o facto da recessão ter sido tão rápida e eficientemente debelada, logo deve ter sido usado um poderoso germicida, por outro, há também quem diga que o coitado do senhor, sempre que vai de viagem, e preocupado em “vender” uma boa imagem de Portugal, entra em delírio.
Surpeendente anúncio de Aníbal Cavaco Silva, em entrevista publicada no diário sueco Dagens Nhyeter, em 30 de Setembro de 2013, em véspera de se deslocar em visita oficial àquele país.
Se por um lado há quem esteja surpreendido com o facto da recessão ter sido tão rápida e eficientemente debelada, logo deve ter sido usado um poderoso germicida, por outro, há também quem diga que o coitado do senhor, sempre que vai de viagem, e preocupado em “vender” uma boa imagem de Portugal, entra em delírio.
segunda-feira, setembro 30, 2013
Nem Mais!
O COELHO reconhece que o resultado das eleições autárquicas foi claramente negativo para o PSD, mas contrapõe que quanto à governação não se afastará um milímetro do caminho trilhado. Assim sendo, os portugueses só podem contar com a sádica vingança que aí vem, recheada de mais sacrifícios para o futuro e a continuação do empobrecimento generalizado. Vamos ter que continuar a "grandolá-lo"...
Nota: a imagem é de um título do jornal "i" de 30 de Setembro de 2013
domingo, setembro 29, 2013
Os Dardos Foram Lançados!
NO DECURSO do domingo eleitoral, o Coelho disse que iria fazer uma leitura nacional das autárquicas. Pois que faça, mas certamente que se irá ancorar às recomendações do inquilino de Belém, que ainda o domingo ia a meio e já andava a pôr paninhos quentes nos resultados que se adivinhavam, dizendo que o futuro do Governo não depende das eleições autárquicas. Ambos continuam a insistir em fazer de nós atrasados mentais, pondo-se a tresler os sinais que o eleitorado lhes envia, com uma ousadia que roça a mais tenebrosa e insolente provocação. Mas não conseguem falsear a realidade. Os dardos foram lançados, e à conta das autárquicas, os execráveis governantes do PSD/CDS-PP já foram derrotados. Falta capitularem!
sábado, setembro 28, 2013
Mais Um Que Está a Precisar de Levar Com o Amplificador
O ministro Nuno Crato (o deseducador) afirmou ontem, em Bruxelas, que é natural que em vésperas de eleições, os problemas relacionados com o arranque do ano lectivo sejam "amplificados", e questionado sobre se espera que na próxima segunda-feira a situação esteja mais calma, o ministro disse ter "a certeza que sim". Quando lhe foi perguntado quantos alunos continuavam sem aulas, duas semanas depois do início do ano lectivo, respondeu que não tinha "números nesse sentido", expressão que na boca do Crato, que também sabe fazer-se de apatetado ou desentendido, tanto podia estar a referir-se a números residuais, como a exibir uma ministerial ignorância. Como ele disse estas coisas à margem de uma reunião em que participou, ao lado de ministros da Competitividade, Mercado Interno, Indústria, Investigação e Espaço da União Europeia, penso que estar naquela reunião, também só podia ser por engano.
sexta-feira, setembro 27, 2013
As Patranhas do Coelho
DEPOIS de ter andado a brandir a ameaça de um segundo resgate, o primeiro-ministro Coelho (o despovoador) garantiu que este (des)governo está a livrar Portugal do grande susto em que caímos, que os dados do terceiro trimestre são positivos e que isso significa que a nossa economia “está a dar a volta”. Acontece que na boca deste Coelho, a nossa economia é uma grande galdéria e contorcionista; depois de ter ido dar uma volta, já são muitas as vezes que “está de volta”, e outras tantas que “está a dar a volta”, só que no caminho de regresso encontra sempre quem não lhe quer bem, e lá tem que ir dar mais uma voltinha.
Ah, é verdade, já me esquecia do tal grande susto em que o Coelho diz que caímos. Não sei a qual se está a referir (já são muitos), muito embora esteja inclinado a considerar uma de duas hipóteses: ou da “irrevogável demissão” do Paulo Portas (o submarinista) que conseguiu torpedear a confiança dos mercados, ou então das folhas de Excel com que o Vítor Gaspar (o excelente mágico) infectou os computadores do ministério das Finanças.
Ah, é verdade, já me esquecia do tal grande susto em que o Coelho diz que caímos. Não sei a qual se está a referir (já são muitos), muito embora esteja inclinado a considerar uma de duas hipóteses: ou da “irrevogável demissão” do Paulo Portas (o submarinista) que conseguiu torpedear a confiança dos mercados, ou então das folhas de Excel com que o Vítor Gaspar (o excelente mágico) infectou os computadores do ministério das Finanças.
quinta-feira, setembro 26, 2013
Justiça e Actos Desproporcionados
NESTE momento, cá por este protectorado (como lhe chama o "irrevogavelmente demissionário" Paulo Portas) tudo serve para desviar as atenções do que é essencial. No presente caso, até os ímpetos de um "espontâneo" que desceu ao relvado, perseguido por polícias e protegido por um treinador de futebol - hediondo crime que até pode levar o tal treinador à prisão -, é pretexto para abafar tudo o resto que por cá se passa. Se a justiça for tão peculiar e exigente que se concretize a ameaça, é caso para perguntar quais as sanções que deviam ser aplicadas ao bando de criminosos, de colarinho branco e "rolex" no pulso, gente venal e corrupta que não respeita as leis, nem a Constituição, nem os tribunais, que mente contínua e obscenamente na praça pública, que persegue os fracos e quem trabalha, que saqueia empregos, salários, reformas, pensões e prestações sociais à luz do dia, e até beneficia de protecção para o fazer e não ser molestado. Há razões de sobra para que não nos deixemos embriagar com bagatelas e ninharias - que dá muito jeito serem amplificadas -, e não esqueçamos que estamos a ser ludibriados, injustiçados e vítimas de verdadeiras agressões que nos são dirigidas, e que nos deviam deixar encolerizados.
terça-feira, setembro 24, 2013
Estúpido e Amnésico
PARECE mentira, mas é verdade. A mesma pessoa que disse há tempos atrás que "temos que passar a viver com menos, temos que empobrecer", é a mesma que diz agora que "é uma estupidez dizer que temos que empobrecer". Qual o nome do estúpido amnésico? Pedro Passos Coelho.
domingo, setembro 22, 2013
Entre as 6 e as 7
A PODRIDÃO governamental deixou de ser conjuntural para se tornar rotineira. Só teremos novidades quando os portugueses acordarem e perceberem que andam a ser tratados como se fossem atrasados mentais.
quinta-feira, setembro 12, 2013
Anedota da Semana
«O secretário-geral da UGT [Carlos Silva] disse hoje na Marinha Grande que 'este' Governo, após as últimas mudanças no executivo, demonstra "maior abertura de espírito" no domínio económico e "mais sensibilidade" face aos sacrifícios dos portugueses.»
Sub-título do DIÁRIO DE NOTÍCIAS - Economia, em 12 de Setembro de 2012
Sub-título do DIÁRIO DE NOTÍCIAS - Economia, em 12 de Setembro de 2012
quarta-feira, setembro 04, 2013
Chamam-lhe Isenção!
A PROPÓSITO da RTP ir iniciar no próximo dia 10, com o primeiro-ministro Passos Coelho, uma série de entrevistas com os líderes partidários, com caracter não regular, e que irá para o ar conforme a ocasião:
Diz Paulo Ferreira, director de informação da RTP: «Não são as lideranças partidárias que decidem o calendário das entrevistas da RTP».
Respondo eu: Mas é a RTP que decide em que momento deve interferir, com as suas preferências, de forma escandalosamente abusiva e manipuladora, na campanha eleitoral para as Autárquicas, e não só.
Diz Paulo Ferreira, director de informação da RTP: «Não são as lideranças partidárias que decidem o calendário das entrevistas da RTP».
Respondo eu: Mas é a RTP que decide em que momento deve interferir, com as suas preferências, de forma escandalosamente abusiva e manipuladora, na campanha eleitoral para as Autárquicas, e não só.
segunda-feira, setembro 02, 2013
Registo Para Memória Futura (91)
«A Constituição diz que é devida protecção no emprego. Já alguém se lembrou de perguntar aos mais de 900 mil desempregados no país do que lhe valeu a Constituição até hoje? E, no entanto, era suposto que tivessem confiança que as suas empresas e empregos continuassem. Mas não foi assim, porque as empresas não conseguiram sobreviver à usura do Estado, à fraca competitividade externa.»
Meu comentário: Palavras do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, na sessão de encerramento da Universidade de Verão do PSD. Em linha com as continuadas pressões e ataques ao Tribunal Constitucional, chegou a vez de pôr em causa a própria Constituição da República e fazer recair sobre ela a responsabilidade das malfeitorias concertadas pelo executivo. Com muito cinismo e perversidade, Passos Coelho contesta a utilidade e eficácia da Constituição, na defesa dos direitos nela consignados, esquecendo-se de referir que a legislação que o seu (des)governo tem produzido, já por cinco (5) vezes foi considerada inconstitucional.
Meu comentário: Palavras do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, na sessão de encerramento da Universidade de Verão do PSD. Em linha com as continuadas pressões e ataques ao Tribunal Constitucional, chegou a vez de pôr em causa a própria Constituição da República e fazer recair sobre ela a responsabilidade das malfeitorias concertadas pelo executivo. Com muito cinismo e perversidade, Passos Coelho contesta a utilidade e eficácia da Constituição, na defesa dos direitos nela consignados, esquecendo-se de referir que a legislação que o seu (des)governo tem produzido, já por cinco (5) vezes foi considerada inconstitucional.
sábado, agosto 31, 2013
Pedro e Leonor
MESTRE Pedro Santana Lopes, enquanto vai andando por aí, sempre loquaz e directo, também vai dando umas aulas. Desta feita, coube-lhe a missão de advertir os seus alunos da Universidade de Estio do PSD, de que o Estado Social – uma espécie de insaciável e insustentável Lobo Mau -, tem os dias contados, já foi chão que deu uvas, estando em vias de deixar de garantir a aplicação das nossas contribuições nas prestações sociais. Assim, aconselhou os seus discípulos, caso não tenham emigrado e ainda tenham trabalho, a entregar o dinheiro aos bancos e a começarem a fazer PPRs (Planos de Poupança-Reforma), para garantir na velhice o respectivo pé-de-meia. Como é óbvio, há uma solução complementar daquela, que passa por investir nos jogos da Santa Casa.
Leonor Beleza, no intervalo dos seus afazeres, também veio dar a sua aula. Porque não quer ficar para trás e deixar os seus pergaminhos por mãos alheias, fez questão de relembrar aos seus jovens discípulos de que estes tempos são perigosos e não estão para brincadeiras, e pegando na ideia e nos conselhos que Passos Coelhos já havia formulado, voltou a sugerir que os jovens devem ir para fora do país, para estudar, trabalhar, talvez passear, se tiverem bolsa para tal, mas atenção, isso não quer dizer que emigrem, vejam lá, ninguém vos está a mandar embora, isto é, depois de encontrarem lá fora, aquilo que não encontraram cá dentro, não se desenraizem nem cortem os laços com o país. Sejam afoitos, e quando os tempos perigosos tiverem passado, desempreguem-se, abandonem as vossas carreiras de recurso, insistam em recomeçar tudo de novo, façam as malas e voltem depressa, pois o país ama-vos, agradece muito o vosso exílio temporário, pois é garantido que precisa muito de vós.
Estes dois deixaram-me cheio de urticária. Com catedráticos destes, e o seu típico e contumaz descaramento, que devia pagar um imposto especialmente agravado, nem estas universidades, nem o país, chegarão muito longe.
Leonor Beleza, no intervalo dos seus afazeres, também veio dar a sua aula. Porque não quer ficar para trás e deixar os seus pergaminhos por mãos alheias, fez questão de relembrar aos seus jovens discípulos de que estes tempos são perigosos e não estão para brincadeiras, e pegando na ideia e nos conselhos que Passos Coelhos já havia formulado, voltou a sugerir que os jovens devem ir para fora do país, para estudar, trabalhar, talvez passear, se tiverem bolsa para tal, mas atenção, isso não quer dizer que emigrem, vejam lá, ninguém vos está a mandar embora, isto é, depois de encontrarem lá fora, aquilo que não encontraram cá dentro, não se desenraizem nem cortem os laços com o país. Sejam afoitos, e quando os tempos perigosos tiverem passado, desempreguem-se, abandonem as vossas carreiras de recurso, insistam em recomeçar tudo de novo, façam as malas e voltem depressa, pois o país ama-vos, agradece muito o vosso exílio temporário, pois é garantido que precisa muito de vós.
Estes dois deixaram-me cheio de urticária. Com catedráticos destes, e o seu típico e contumaz descaramento, que devia pagar um imposto especialmente agravado, nem estas universidades, nem o país, chegarão muito longe.
sexta-feira, agosto 30, 2013
O Governo Já Está a Afiar as Facas
BRONZEADO, cheio de iodo e com as forças renovadas, o Governo prepara-se para reeditar a acusação de que o Tribunal Constitucional é uma "força de bloqueio" à sua "boa" governação, ao mesmo tempo que já está a afiar as facas para consumar a vingança, preparando-se para levar a cabo mais reduções nas reformas e pensões dos funcionários públicos, a pretexto da convergência dos sistemas da Caixa Geral de Aposentações e Caixa Nacional de Pensões. Em agenda tem também a receita de mais cortes salariais, onde a vítima é o salário mínimo nacional, afectando o meio milhão de trabalhadores que recebem os opíparos 485 euros mensais, particularmente, os jovens entre os 18 e os 24 anos, sendo esta uma das exigências com a chancela do Fundo Monetário Internacional. A troika irá exigir ainda a eliminação das cláusulas de protecção dos postos de trabalho nas empresas privadas e a revisão das condições de despedimento por justa causa, medidas que trás na calha para a oitava e nona avaliações ao programa de ajustamento. Como se pode ver, estas são mais umas quantas guinadas, destinadas a garantir a coelhal "viragem" no estado de crise, e caso apareça por aí o banqueiro Fernando Ulrich, com aquele discurso de anjinho exterminador, é quase certo que irá acrescentar mais qualquer coisa, como por exemplo: - Eu não disse que iam aguentar? E vão aguentar ainda mais, ai vão, vão!
quinta-feira, agosto 29, 2013
No Alvo!
«Sabe, os políticos não morrem no campo de batalha, por isso dizem essas coisas»
Resposta de David Kay, antigo inspector da ONU, que em 2003 liderou as investigações à polémica (e falsa) pista de armas de destruição massiva iraquiana, quando lhe perguntaram o que pensava dos políticos que apoiam uma imediata retaliação militar contra a Síria, mesmo sem qualquer resolução do Conselho de Segurança da ONU.
Resposta de David Kay, antigo inspector da ONU, que em 2003 liderou as investigações à polémica (e falsa) pista de armas de destruição massiva iraquiana, quando lhe perguntaram o que pensava dos políticos que apoiam uma imediata retaliação militar contra a Síria, mesmo sem qualquer resolução do Conselho de Segurança da ONU.
quarta-feira, agosto 28, 2013
Registo Para Memória Futura (90)
«O Facebook recebeu pedidos de informação de 74 governos, incluindo o português, sobre 38 mil utilizadores no primeiro semestre.
(...) Portugal foi um dos países que pediu dados. Segundo o relatório divulgado hoje pelo Facebook, de Portugal chegaram 177 pedidos de informação - mais do que de países como a Turquia -, sobre 213 utilizadores/contas. A rede social respondeu afirmativamente a menos de metade desses pedidos - 42%.
(...) O relatório do Facebook não revela o teor destes pedidos, nomeadamente se derivam de questões criminais ou se têm origem na actividade das secretas.
(...) "Dispomos de processos rigorosos para dar resposta a todos os pedidos de dados por parte dos governos" e "contestamos muitos destes pedidos, rejeitando-os quando encontramos irregularidades jurídicas e reduzindo o âmbito de pedidos excessivamente latos ou vagos", refere o Facebook. (...)»
Fonte: DIÁRIO ECONÓMICO on-line de 27 de Agosto de 2013
Meu comentário: Grão a grão enche a galinha o papo, passo a passo vai-se apertando o cerco. Depois de tempos interessantes, estamos a viver tempos perigosos, e tudo isto porque (dizem eles) estão apenas "preocupados" com a nossa "segurança e bem-estar". Oh, oh, não me façam rir que estou com cieiro, e ainda por cima no pino do Verão...
(...) Portugal foi um dos países que pediu dados. Segundo o relatório divulgado hoje pelo Facebook, de Portugal chegaram 177 pedidos de informação - mais do que de países como a Turquia -, sobre 213 utilizadores/contas. A rede social respondeu afirmativamente a menos de metade desses pedidos - 42%.
(...) O relatório do Facebook não revela o teor destes pedidos, nomeadamente se derivam de questões criminais ou se têm origem na actividade das secretas.
(...) "Dispomos de processos rigorosos para dar resposta a todos os pedidos de dados por parte dos governos" e "contestamos muitos destes pedidos, rejeitando-os quando encontramos irregularidades jurídicas e reduzindo o âmbito de pedidos excessivamente latos ou vagos", refere o Facebook. (...)»
Fonte: DIÁRIO ECONÓMICO on-line de 27 de Agosto de 2013
Meu comentário: Grão a grão enche a galinha o papo, passo a passo vai-se apertando o cerco. Depois de tempos interessantes, estamos a viver tempos perigosos, e tudo isto porque (dizem eles) estão apenas "preocupados" com a nossa "segurança e bem-estar". Oh, oh, não me façam rir que estou com cieiro, e ainda por cima no pino do Verão...
domingo, agosto 25, 2013
Atenção às Vozes!
TODOS esperamos que os senhores juízes do Tribunal Constitucional se apercebam que o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho está a tentar provocar uma confrontação, e para que terrenos os quer empurrar. Numa manobra evasiva, própria de políticos de baixo perfil e nada recomendáveis, Passos Coelho quer transferir a guerra que desencadeou contra os portugueses para dentro do Palácio Ratton.
Autarcas Meia-Cura
Francisco Moita Flores, apoiante do PSD e ex-autarca de Santarém, candidata-se agora pelo PSD à Câmara de Oeiras, porém, faz questão de assegurar que não tem nada a ver com o Governo, que este o tem roubado, que a sua reforma já levou três cortes, que não responde por aquilo que diz o Passos Coelho, e que o combate que vai travar é moral e não político.
Assim, é muito estranho que, com mais de dois anos de Governo de Passos Coelho, só agora se oiça Moita Flores a demarcar-se das malfeitorias do Coelho. Em tempos de descontentamento generalizado, assumir-se como um descontente de última hora, não é sinónimo de sucesso garantido, pois não se deve negligenciar a inteligência das pessoas. Por isso, Moita Flores, sublime aspirante à Câmara de Oeiras, sempre com o continuado apoio do PSD, não precisa de produzir mais ficção, pois já o percebemos: para ele todos os meios são bons, mesmo os menos dignos, quando a qualquer preço quer obter vantagens para atingir um fim. Quem mesmo de forma simulada, e em benefício próprio, despreza a lealdade que deve a quem lhe dá apoio, dificilmente dá garantias de que vai ser leal para com os outros que se propõe servir, mais a mais quando diz que o combate que vai travar é moral e não político.
Assim, é muito estranho que, com mais de dois anos de Governo de Passos Coelho, só agora se oiça Moita Flores a demarcar-se das malfeitorias do Coelho. Em tempos de descontentamento generalizado, assumir-se como um descontente de última hora, não é sinónimo de sucesso garantido, pois não se deve negligenciar a inteligência das pessoas. Por isso, Moita Flores, sublime aspirante à Câmara de Oeiras, sempre com o continuado apoio do PSD, não precisa de produzir mais ficção, pois já o percebemos: para ele todos os meios são bons, mesmo os menos dignos, quando a qualquer preço quer obter vantagens para atingir um fim. Quem mesmo de forma simulada, e em benefício próprio, despreza a lealdade que deve a quem lhe dá apoio, dificilmente dá garantias de que vai ser leal para com os outros que se propõe servir, mais a mais quando diz que o combate que vai travar é moral e não político.
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