segunda-feira, fevereiro 11, 2013

Tantas Vezes Vai o Cântaro à Fonte…


"É em nome das minhas ideias, das minhas convicções e dos valores do partido que eu me apresento como candidato à liderança do PS. Por essa via, se vier a merecer como espero a confiança dos socialistas, serei o candidato do PS a primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas".

Palavras de António José Seguro na Comissão Nacional do PS, realizada em Coimbra, em 10 de Fevereiro de 2012.

Meu comentário: Já ouvi António José Seguro repetir esta intenção (ser primeiro-ministro) várias vezes, desde que assumiu a liderança do PS. Esta insistência convida-me a tirar uma amarga conclusão: declarações deste tipo acontecem quando as ambições e objectivos pessoais dos políticos se sobrepôem aos interesses do país, transformando o poder político naquele brinquedo que sempre, teimosamente, se desejou possuir.

domingo, fevereiro 10, 2013

Jornalismo Grosseiro

«Mulher e criança morrem após caírem no passeio. Uma mulher de 47 anos e o filho de 12 (autista) morreram hoje após caíram do quarto andar de um hotel.»

Do DIÁRIO DE NOTÍCIAS online de 10 de Fevereiro de 2012

Meu comentário: Falta de poder de síntese e uso incorrecto incorrecto do tempo verbal, é o que sobressai neste apontador. O novo acordo ortográfico não tem nada a ver com isto, apenas a pouca exigência em português, na formação de jornalistas, e a ausência do indispensável revisor.

sábado, fevereiro 09, 2013

Predito e Confirmado


«A moeda única é um projecto ao serviço de um directório de grandes potências e de consolidação do poder das grandes transnacionais, na guerra com as economias americanas e asiáticas, por uma nova divisão internacional do trabalho e pela partilha dos mercados mundiais.

A moeda única é um projecto político que conduzirá a choques e a pressões a favor da construção de uma Europa federal, ao congelamento de salários, à liquidação de direitos, ao desmantelamento da segurança social e à desresponsabilização crescente das funções sociais do Estado.»

Excerto da intervenção de Carlos Carvalhas na Assembleia da República, em 19 de Março de 1997 (naquela data Secretário-geral do PCP), durante a interpelação do PCP sobre a Moeda Única. Excerto tirado do blog ANTREUS de António Abreu.

quinta-feira, fevereiro 07, 2013

Um no Papo e Outro no Saco

ERA UMA VEZ um senhor chamado Alexandre Nuno Vieira e Brito que foi convidado para ser secretário de estado da ministra Assunção Cristas, porém, na véspera de ser empossado, e com os olhos postos no futuro, fez-se nomear director-geral dos serviços de veterinária, num concurso em que era, em simultâneo, candidato e avaliador de candidaturas. Assim, contornando a escassez que grassa no mercado de trabalho, quando terminar a "patriótica" missão governativa para que foi indigitado, ingressará no tal novo emprego que diligentemente assegurou, pois nesta coisa de empregos, não há nada como ter um no papo e outro no saco.

terça-feira, fevereiro 05, 2013

Livros e Autores Que Me Fascinaram (2)


A Barca dos Sete Lemes
Autor – Alves Redol

Editor - Publicações Europa-América
Colecção – Século XX, Nº. 14
Data desta terceira edição - 1962
Data da primeira edição - 1958
Nº de páginas – 403
Composto e impresso na Tipografia Nunes, Porto

Nota - António Alves Redol (Vila Franca de Xira, 29 de Dezembro de 1911 – Lisboa, 29 de Novembro de 1969), foi considerado um dos expoentes máximos do neo-realismo português.

sábado, fevereiro 02, 2013

O Governo Deu Emprego a Mais Um Sem-Abrigo


NA SUA tomada de posse como secretário de Estado para o empreendedorismo, competitividade e inovação (mais uma aberração para dar lustro a um governo decrépito), um tal senhor Franquelim Alves, disse que ia cumprir as novas funções com dedicação e lealdade, mas fica por saber se a sua lealdade é para com a matilha da SLN/BPN, ou para com a Nação. Na dúvida, e porque há razões para tal - pois se até omitiu no currículo a sua passagem pela administração da SLN/BPN, depois de na comissão parlamentar de inquérito de 2009 ter confessado que ocultou a gestão danosa da instituição, para não fazer ondas - devia ter sido liminarmente preterido, mas não foi. Bastou-lhe dizer, calmo e sereno, que tudo isto não passavam de "falsas questões", para que Pedro Passos Coelho achasse por bem dar guarida a mais um sem-abrigo do caso BPN. Quanto ao almirante Cavaco, igual a si próprio, e como supremo protector da corja, não tugiu nem mugiu com a escolha.

quinta-feira, janeiro 31, 2013

Mãe-Pátria


HÁ PRECISAMENTE 70 anos (31 de Janeiro de 1943) o 6º. Exército da Wehrmacht da Alemanha, na pessoa do Marechal-de-campo Friedrich von Paulus, capitulava perante o General Mikhail Stepanovich Shumilov do 64º. Exército Vermelho da União Soviética, após uma batalha iniciada em 17 de Julho de 1942, que durou 199 dias, e cujo objectivo era a conquista da cidade de Estalinegrado (hoje Volgogrado), sobranceira ao rio Volga, no quadro da invasão da União Soviética, levada a cabo pelos exércitos nazis do III Reich. Confrontados nas primeiras semanas com a devastadora supremacia bélica alemã, os russos não cederam. Sempre tinham afirmado, convictamente, que quem tivesse a pretensão de conquistar a Rússia, teria primeiro que se atrever a atravessar o rio Volga, e mais uma vez isso não aconteceu. A ofensiva alemã sobre a cidade de Estalinegrado, com a sistemática destruição das linhas defensivas pelas divisões Panzer, os milhares de bombardeamentos da Luftwaffe, que deixaram todos os edifícios destroçados e fizeram milhares de vítimas civis, a batalha dentro da cidade, rua a rua, casa a casa, corpo a corpo, de uma violência assustadora, e depois a desesperada contra-ofensiva soviética, ajudada pelo implacável Inverno russo, acabou por se saldar no cerco e destruição de todo o 6º Exército alemão e outras forças aliadas do Eixo. O sabor amargo da derrota, que já Napoleão Bonaparte havia experimentado em Outubro de 1812, enchia agora à boca do alucinado Fuhrer, que iria ter que engolir muitas mais vezes, o veneno que ele próprio destilava.

Foi uma das maiores batalhas da II Guerra Mundial, senão mesmo de toda a História, que acabou por inverter o rumo e o protagonismo militar, não só na frente leste, mas também no cenário europeu daquele conflito mundial. A partir daquela batalha, a Alemanha nazi iniciou um recuo em todas as frentes, comprimida tanto a leste como a oeste pela tenaz dos exércitos aliados, e que só se deteve em Berlim, para a capitulação final. Adolfo Hitler estava decidido a conquistar Estalingrado a qualquer preço, ao passo que o povo russo estava determinado a defendê-la, custasse o que custasse, e para que isso fosse possível, todos os recursos foram mobilizados e direccionados para a sua defesa. Enquanto se combatia cá fora, na zona industral da cidade, quase arruinada e defendida por milícias civis, lá dentro continuavam a produzir-se armas, munições e carros de combate, que saíam directamente da linha de montagem para o fragor dos combates, muitas vezes tripulados pelos próprios operários. Ali, o horror da guerra tomou proporções gigantescas. De noite, até os cães arriscavam a travessia do Volga a nado, para fugirem ao inferno de ferro e fogo em que a cidade se tornara. No total, 22 divisões alemãs não regressaram de Estalinegrado; ou ficaram ali sepultadas para toda a eternidade, ou tomaram o caminho do cativeiro após a capitulação. O preço final daquela batalha em vidas humanas, ainda hoje, não é rigoroso, sabendo-se apenas que do lado das forças invasoras que incluiam exércitos alemães, romenos, croatas, italianos e hungaros, teriam soçobrado 850.000 soldados, mais 91.000 prisioneiros, ao passo que do lado soviético, contando militares e vítimas civis da população da cidade, o seu número ascendeu a perto de 1.170.000.

O colossal monumento denominado Mãe-Pátria, erguido na década de 1950, na colina de Mamayev Kurgan, sobranceira à cidade, inclui construções arruinadas, conservadas no estado em que ficaram após a batalha, fazendo parte de um memorial destinado a perpetuar a odisseia do povo russo, obrigado a atravessar quase 200 dias de inferno.

Já Nem o Bacalhau Escapa

A COMISSÃO Europeia vota hoje uma proposta para a aplicação de aditivos alimentares no bacalhau, nomeadamente polifosfatos, os quais prejudicam a sua cor, textura e sabor. Apesar de Portugal ter garantida uma moratória para a aplicação desta medida, á quase certo que, a breve prazo, iremos ter na mesa uma coisa que de bacalhau apenas terá o nome.

segunda-feira, janeiro 28, 2013

O Retrato de Portugal

SE QUISERMOS economizar nas palavras, podemos comparar Portugal a um quadro negro montado numa moldura dourada. Porém, para fazermos o retrato de um país, não podemos ser tão avaros e redutores. Para compreendermos as causas e avaliarmos as consequências da persistente treva desse quadro, temos que dizer algo mais. Para lá chegar escolhi dois textos exemplares, pois ambos se complementam, pouco mais ficando por dizer. Podem ser lidos no CARTÓRIO DO ESCREVINHADOR. O primeiro é "Portugal finis terrae" de Pedro Rosa Mendes, e o segundo é "O peixe apodrece pela cabeça" de José Pacheco Pereira. 

quarta-feira, janeiro 23, 2013

A Sinistra Intenção

Embora assinado apenas com iniciais, recebi por e-mail o texto que passo a transcrever. O seu conteúdo tem sentido e oportunidade, deve ser lido e digerido, pois não há nada pior do que sermos apanhados desprevenidos.

«Quem disse que é bom ter um português como presidente da Comissão Europeia, que neste caso importante se manteve em silêncio como cúmplice desta sinistra intenção ? Se hoje em França não fosse Hollande o presidente, continuaríamos na total ignorância por falta de divulgação na imprensa desta tramoia, que continuaria escondida numa gaveta dos governos ultra-liberais da Europa ao serviço dos Bilderberg's Group. Esta directiva existe desde Dezembro de 2011, já depois de o governo de Passos Coelho estar em funções. Alguém ouviu ou leu algo a seu respeito na imprensa portuguesa ? Pois...

Clique aqui no CARTÓRIO DO ESCREVINHADOR, para continuar a ler o artigo

terça-feira, janeiro 22, 2013

Um Acordo para a Desalfabetização



Exmos. Senhores

Ministro da Educação e Ciência
Prof. Doutor Nuno Crato
Avenida 5 de Outubro, 197
1069-018 Lisboa

e

Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros
Dr. Paulo Portas
Palácio das Necessidades, Largo do Rilvas
1399-030 Lisboa

REQUERIMENTO

Madalena Homem Cardoso, portadora do B.I. nº (), emitido pelos S.I.C. de Lisboa em (), mãe e Encarregada de Educação de Inês (), aluna nº () da turma () do 3º ano da EB1 (), em Lisboa, na sequência da Carta Aberta por si dirigida a S. Exa. o Senhor Ministro da Educação com data de 24/03/2012, para a qual não logrou obter qualquer resposta durante os mais de nove meses desde então decorridos, vem interpelar Vossas Excelências por via do presente requerimento, tendo em conta que:

(Ler todo o REQUERIMENTO aqui, no CARTÓRIO DO ESCREVINHADOR)

segunda-feira, janeiro 21, 2013

Sempre-em-Pé e Sempre-em-Festa

O FORA-DA-LEI Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional da Madeira e ilustre grosseirão, ajusta-se que nem uma luva ao patético figurão Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro desta república das bananas, ao estar-se nas tintas para o que este determina e manda publicar. Vai manter a tradição, dando tolerância de ponto no dia de Carnaval, isto é, feriado para toda a gente e farra a condizer, até ao funeral do Entrudo, seguindo igualmente a outra tradição, de serem os “cubanos do cotenente” a pagarem o continuado regabofe madeirense.

domingo, janeiro 20, 2013

Premissas Erradas de Um Relatório

«O Relatório do FMI propõe-se «repensar o Estado». Mas, no fundo, o que pretende é reduzir ou mesmo aniquilar o Estado Social, acabando com o ensino público gratuito, com a saúde tendencialmente gratuita e, para terminar, com a própria Segurança Social. E os seus autores, para justificar a privatização acelerada de sectores sociais que despertam a gula do grande capital, dando testemunho público de enorme desonestidade intelectual e política, não hesitam sequer em omitir ou falsificar dados. Ou, então, subvertem a lógica do raciocínio tirando conclusões que não resultam das premissas.

Na educação, com a proposta de despedimento de 30 a 50 mil docentes, visam liquidar a escola pública e atribuir a educação às escolas privadas.

Gasta-se muito com a educação, nada menos que 6,2% do PIB, o mesmo que a Austria e a Finlândia, falsificam. E no entanto, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2010, gastava-se na educação 5% do PIB e em 2011 apenas 3,8%, quando a média da União Europeia é de 5,5%.

O sistema educativo é pouco eficiente em Portugal, voltam eles a falsificar, transcrevendo resultados de 2000 e 2003, na leitura, na matemática e nas ciências. E escamoteiam o facto de, em 2009, os alunos portugueses estarem já na média europeia e o próprio PISA ter reconhecido que os resultados tinham melhorado muito, ultrapassando até os países mais ricos.

Os alunos do ensino oficial ficam mais caros do que os do ensino particular, mentem eles, invocando o exemplo de colégios com contratos de associação. Ora, num estudo recente, um grupo de trabalho do próprio Ministério da Educação mostrou que, no ensino básico (onde se concentram mais de 80% dos contratos de associação), o custo médio por turma nos colégios é superior em quase 19.000 euros ao registado na escola pública. Os autores do relatório do FMI conhecem perfeitamente o estudo do Ministério. Mas omitem as suas conclusões, para que não impeça uma qualquer solução liquidatária da escola pública.

Aí está, pois, o estudo «muito bem feito» de que falava o secretário Moedas, antigo servidor da «Goldman Sachs» e hoje porta-voz do projecto contra-revolucionário do governo Passos Coelho.

Em Portugal, gasta-se demasiado com a saúde, à volta dos 7% do PIB. E uma das causas seria o facto de os médicos portugueses do sector público ganharem mais que alemães, italianos e noruegueses, mentem com descaramento. Ora, em 2012, os médicos portugueses, com um horário de 40 horas, ganhavam entre 1.576 e 6.142 euros, ao passo que um italiano ganhava entre 4.318 e 11.594 e um alemão entre 3.538 e 6.695 euros. Quanto às despesas com a saúde, essas tinham descido de 7% para 5,2% do PIB, muito abaixo dos países desenvolvidos.

Os portugueses reformam-se demasiado cedo. Deve-se, pois, cortar nas reformas e estimular o envelhecimento activo, proclama o FMI no seu Relatório. Ora um estudo da OCDE mostrava que, já em 2000, os portugueses eram dos que se reformavam mais tarde. E um Relatório da União Europeia de 2012 colocava Portugal no topo da escala dos que continuavam a trabalhar depois da reforma: em 2011, faziam-no cerca de 22% dos reformados entre os 65 e os 69 anos.

O «estudo» encomendado e, presumivelmente, pago a preço de ouro, ao falsificar ou omitir dados relevantes e actuais, não pode ajudar a fazer qualquer debate. Só pode ser utilizado por quem pretende avançar com um projecto contra-revolucionário, que afundará o país. E só pode ser considerado «bem feito» por quem está de má-fé ou padece de uma confrangedora menoridade intelectual, o que acaba por explicar a enorme incompetência e a confrangedora inabilidade política.»

(texto de Maria Amélia Guimarães recebido por e-mail)

sábado, janeiro 19, 2013

Louça das Caldas


ANTÓNIO José Seguro disse que quer ganhar as próximas eleições com uma maioria absoluta. Com a experiência que temos de maiorias absolutas, a melhor resposta que encontrei à sua pretensão foi com a ajuda de louça das Caldas.

sexta-feira, janeiro 18, 2013

O Que Se Chama a Um Gajo Que Diz Isto?


"Ninguém aconselhou os portugueses a emigrarem"

Frase pronunciada pelo primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, durante uma conferência de imprensa, no consulado-geral de Portugal em Paris.

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Pare, Escute e Olhe


- O que é que aconteceu ao Libório?
- Foi enganado!
- Enganado como?
- Meteu-se naquele túnel de que fala o governo, viu uma luz lá ao fundo, julgou que era a recuperação e o fim da crise, mas acabou trucidado pelo comboio da austeridade.

Moral da história: É desejável que se pare, que se escute e se olhe, mas não se deve acreditar em tudo o que se ouve, se vê ou se lê.

terça-feira, janeiro 15, 2013

Livros e Autores Que Me Fascinaram


 
JORGE LUÍS BORGES (antologia de CONTOS)
 
Edição apresentada, organizada e traduzida por Serafim Ferreira
Editorial PRESENÇA
Composto e impresso na Tipografia Rios & Irmão, Lda. – Santa Maria de Lamas
1965
 
Índice
 
PIERRE MENARD, AUTOR DO QUIXOTE
O JARDIM DOS CAMINHOS QUE SE DIVIDEM
O ALEPH
TEMA DO TRAIDOR E DO HERÓI
AS RUÍNAS CIRCULARES
O IMORTAL
A OUTRA MORTE
REQUIEM PELA ALEMANHA
O FIM
O SUL
 
NOTA – Jorge Luís Borges (1899-1986), escritor de nacionalidade argentina, recebeu em 1961 o Prémio Internacional dos Editores e em 1965 o Prémio Formentor.

segunda-feira, janeiro 14, 2013

P(artido) S(eguro) ou Albergue Espanhol?

DEPOIS de Álvaro Beleza, membro do secretariado nacional do PS, ter defendido em entrevista ao JORNAL DE NOTÍCIAS, o fim da ADSE, por ser um injusto sistema de saúde, único na Europa, o líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, negou que o partido defenda o fim da ADSE.

Na minha opinião, era bom que primeiro se entendessem lá dentro, antes de virem dizer coisas cá para fora. Quando o PS vem dizer que querem inverter esta deriva direitista do governo, e que estão prontos para governar o país, o anãozinho que me costuma vir segredar ao ouvido, volta sempre a dizer a mesma coisa: «Não acredites em tudo o que ouves, ou em tudo o que vês! Acredita apenas naquilo que eles fazem.»

domingo, janeiro 13, 2013

Estado de Negação


DEPOIS das listas de espera para intervenções cirúrgicas nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, eis que surgem também racionamentos e listas de espera para o acesso a medicamentos que combatem o cancro, a esclerose, a artrite e a hepatite. Desde o ministério da sáude, até às administrações hospitalares e Infarmed, todos garantem desconhecer tal situação, arranjam desculpas ou negam que as restrições estejam a suceder, mas o facto é que médicos e associações de doentes se queixam que o procedimento está em curso, e até já se morre por falta de tratamento.

Esta é mais uma faceta que ilustra o tipo de governação desta direita. Além de ser cabotina e troglodita, também começa a ser sinistramente exterminadora.

sexta-feira, janeiro 11, 2013

A Ordem dos Factores

O Presidente da República durante uma cerimónia com jovens inventores premiados em concursos internacionais, afirmou que "melhorar a imagem do país é decisivo para contribuir para a sua recuperação económica". Está errado! Deveria ter dito que contribuir para a recuperação económica é decisivo para melhorar a imagem do país. Tal como um analfabeto não deixa de o ser, pelo facto de andar vestido com um belo fato de marca, também este é um caso em que a ordem dos factores não é arbitrária. Além de que um troca-tintas será sempre um troca-tintas, mesmo que o quadro seja a preto e branco.