DOMINIQUE Strauss-Kahn, dirigente socialista francês, director-geral do Fundo Monetário Internacional e potencial candidato à Presidência da República Francesa em 2012, depois de ter deixado perplexos os seus compatriotas, por ter sido visto ao volante de um Porsche, coisa pouco habitual num político supostamente de esquerda, voltou a cometer mais um excesso. Foi preso nos E.U.A., no aeroporto John Kennedy, já dentro do avião que o levaria de regresso a Paris, depois de uma fuga precipada do hotel onde estava alojado, sob a acusação de ter molestado sexualmente uma funcionária do mesmo, situação que não é novidade, dado que em 2008 já tinha tido um caso de contornos semelhantes.
A convivência com o dinheiro e os vapores que dele exalam, são poderosos afrodisíacos. As pessoas ficam inebriadas e extravagantes, sentem-se poderosas e inimputáveis, sobretudo se forem influentes, tiverem o mundo nas mãos, muito dinheiro e um batalhão de bons advogados.
Se “notre ami” Strauss-Kahn mover as influências certas, talvez se safe. Pede para ser julgado em Portugal, pois a justiça portuguesa, nestes casos, costuma ser muito compreensiva e tolerante, e se a coisa for até ao Tribunal da Relação e ao Supremo, ainda acaba absolvido e mandado em paz, tal como aconteceu com um médico psiquiatra do Porto, predador sexual, que violou durante a consulta uma doente grávida, afectada por um estado depressivo. Com jeito e diplomacia, o assunto acaba por morrer aí, e não se fala mais nisso.
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