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O primeiro-ministro Pinto de Sousa, também conhecido por José Sócrates, entre outras coisas que detesta - e porque não gosta de ser contrariado - não aprecia as manifestações de protesto, um direito democrático e constitucional que os trabalhadores usam para contestar as práticas governativas, não só dele, mas de todos os que o antecederam, e naturalmente dos que virão a seguir. A insolente criatura ainda não teve o arrojo de qualificar os seus opositores de “elementos subversivos que querem pôr em causa a segurança do Estado”, como o fazia Salazar, mas já vai dizendo que lamenta que os "manifestantes e dirigentes tivessem enveredado pelo insulto", não se sabe bem de quem, nem com que ofensas. Na sequência disso, e para fazer subiu a tensão social, a submissa RTP (a tal que é paga com o dinheiro dos contribuintes e utiliza esses fundos para fazer escandalosa propaganda do governo), colocou no ar um abjecto spot publicitário, encomendado pela também pública RDP, que de forma ínvia, e usando mais uma vez a venenosa artimanha de colocar portugueses contra portugueses (uma imagem de marca deste governo), acusa as manifestações de protesto de serem dirigidas "contra quem quer chegar a horas", sabe-se lá a que lugar e para quê. Quem dá a voz neste dislate é uma jornalista que de desconhecida passou a ser sobejamente conhecida, ao assumir-se como a autora da “biografia autorizada” do suposto “menino de ouro do PS”, isto é, nada mais, nada menos, do que o vaidoso José Carvalho Pinto de Sousa, também conhecido por “Sócrates2009”.
Na verdade, a dona Eduarda Maio, a senhora Fernanda Câncio e a Margarida Moreira da DREN, o senhor Azeredo Lopes da ERC, os directores de muita comunicação social, alguns jornalistas-propagandistas, os ministros Augusto Santos Silva e Santos Pereira, o José Lello e o Vitalino Canas, e mais uns quantos voluntariosos ministróides e secretários de estado, tudo pessoas que apenas sabem conjugar o verbo genuflectir, são figuras menores que se movem no grande tabuleiro socretino dos jogos florais, com que vão manipulando e distraindo os cidadãos, arredando-os do que é verdadeiramente essencial. Assestar baterias sobre estas figuras é deixar na sombra quem as lá prantou, pois os tontos, os incapazes, os sabujos, os lambe-botas e outras criaturas rastejantes, que vão do funcionárizito delator até ao ministro incompetente mas submisso, servem exactamente para isso: ao serem empurrados para a boca de cena e atrairem a nossas atenções, indignação e repulsa, estão a ser a válvula de retenção e o escudo protector dos mandarins e tiranetes, que ficam a manobrar desafogadamente nos bastidores, embrulhando e vendendo promessas políticas como quem negoceia carros em décima mão, acabadinhos de sair da linha de montagem.
Isto é Nicolau Maquiavel, adaptado aos tempos actuais e a um povo contaminado com doses cavalares de inquisição, polícia política e informadores ao desbarato, que vê no “chico-espertismo” e no ensejo para criar mais uma anedota jocosa, a grande oportunidade para contornar esta enxurrada de humilhações aos direitos e aos alicerces da democracia, que nos tempos presentes pode vir a ter um sabor amargo.
Na verdade, a dona Eduarda Maio, a senhora Fernanda Câncio e a Margarida Moreira da DREN, o senhor Azeredo Lopes da ERC, os directores de muita comunicação social, alguns jornalistas-propagandistas, os ministros Augusto Santos Silva e Santos Pereira, o José Lello e o Vitalino Canas, e mais uns quantos voluntariosos ministróides e secretários de estado, tudo pessoas que apenas sabem conjugar o verbo genuflectir, são figuras menores que se movem no grande tabuleiro socretino dos jogos florais, com que vão manipulando e distraindo os cidadãos, arredando-os do que é verdadeiramente essencial. Assestar baterias sobre estas figuras é deixar na sombra quem as lá prantou, pois os tontos, os incapazes, os sabujos, os lambe-botas e outras criaturas rastejantes, que vão do funcionárizito delator até ao ministro incompetente mas submisso, servem exactamente para isso: ao serem empurrados para a boca de cena e atrairem a nossas atenções, indignação e repulsa, estão a ser a válvula de retenção e o escudo protector dos mandarins e tiranetes, que ficam a manobrar desafogadamente nos bastidores, embrulhando e vendendo promessas políticas como quem negoceia carros em décima mão, acabadinhos de sair da linha de montagem.
Isto é Nicolau Maquiavel, adaptado aos tempos actuais e a um povo contaminado com doses cavalares de inquisição, polícia política e informadores ao desbarato, que vê no “chico-espertismo” e no ensejo para criar mais uma anedota jocosa, a grande oportunidade para contornar esta enxurrada de humilhações aos direitos e aos alicerces da democracia, que nos tempos presentes pode vir a ter um sabor amargo.
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ADENDA – Posteriormente, os jornais noticiaram que o referido spot publicitário acabou por ser retirado do ar, após serem conhecidas as opiniões indignadas de Manuel Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, que o classificou como “um ataque expresso ao sindicalismo” e uma "atitude de subserviência" da rádio pública ao Governo, bem como do provedor dos telespectadores da RTP e dos ouvintes da RDP, os quais entenderam que o spot "veicula uma mensagem de tom antidemocrático, violadora de um direito constitucional", ao mesmo tempo que "olham com a maior reserva" o facto de a peça ser desempenhada por uma jornalista profissional, pertencente aos quadros da RDP. Entretanto, o facto de o anúncio ter sido retirado das emissões, tal não invalida o que atrás escrevi, logo mantenho.