AINDA há pouco tempo eu ouvia incensar e tecer grandes elogios aos regimes do Magreb (Marrocos, Líbia, Tunísia, Argélia, Egipto) com quem Portugal estava a incentivar proveitosas relações económicas. Então e agora, em que é que ficamos? Para já, o Partido Nacional Democrático (NDP) que apoia Hosni Mubarak é membro da Internacional Socialista, e a Internacional Socialista é membro de quê?
domingo, fevereiro 06, 2011
sábado, fevereiro 05, 2011
Outra Pergunta de Algibeira
NÓS SABEMOS que ele tem que falar com alguém, que tem direito a andar preocupado, mas se o Presidente da República, como ele diz e a Constituição confirma, não governa, gostava de saber (embora suspeite que tem a ver com a tal "magistratura activa") porque razão andou a receber nos dias 3 e 4 de Fevereiro, e em audiências separadas, os presidentes das Associações Patronais (Confederação da Indústria Portuguesa, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, a Confederação dos Agricultores de Portugal, a Confederação Portuguesa de Construção e Imobiliário e a Confederação do Turismo Português), para "as ouvir sobre a competitividade da economia portuguesa"?
Que o governo tivesse tomada tal iniciativa, para os habituais salamaleques e beija-mão, ainda se percebe, agora ele! Entretanto, consultados os jornais on-line, e tirando o caso do Carlos Castro e do Renato Seabra, que é acompanhado e espremido até à exaustão, não consegui discernir nada sobre o assunto.
NOTA - Curiosamente, e embora se perceba porquê, até agora, na agenda da Presidência da República, não está previsto nenhum encontro com as Associações Sindicais.
Que o governo tivesse tomada tal iniciativa, para os habituais salamaleques e beija-mão, ainda se percebe, agora ele! Entretanto, consultados os jornais on-line, e tirando o caso do Carlos Castro e do Renato Seabra, que é acompanhado e espremido até à exaustão, não consegui discernir nada sobre o assunto.
NOTA - Curiosamente, e embora se perceba porquê, até agora, na agenda da Presidência da República, não está previsto nenhum encontro com as Associações Sindicais.
.
ADENDA - Depois de uma consulta ao site da CGTP-IN, encontrei a seguinte informação, que passo a transcrever:
"Por solicitação do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva uma delegação da CGTP-IN conduzida pelo seu secretário-geral, Manuel Carvalho da Silva será recebida amanhã, 3 de Fevereiro, pelas 11:30 horas, na sua residência oficial, no Palácio de Belém, cujo o tema central a debater será o emprego. A CGTP-IN manifesta a sua disponibilidade para, no final, encontrar-se com os órgãos de comunicação social, o que antecipadamente se agradece."
Na verdade, ou é defeito meu, ou continuo a não consiguir encontrar os ecos desta reunião, nos sites dos principais orgãos de comunicação. Na pior das hipóteses, no fim da audiência, ninguém lá estava para saber novidades.
"Por solicitação do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva uma delegação da CGTP-IN conduzida pelo seu secretário-geral, Manuel Carvalho da Silva será recebida amanhã, 3 de Fevereiro, pelas 11:30 horas, na sua residência oficial, no Palácio de Belém, cujo o tema central a debater será o emprego. A CGTP-IN manifesta a sua disponibilidade para, no final, encontrar-se com os órgãos de comunicação social, o que antecipadamente se agradece."
Na verdade, ou é defeito meu, ou continuo a não consiguir encontrar os ecos desta reunião, nos sites dos principais orgãos de comunicação. Na pior das hipóteses, no fim da audiência, ninguém lá estava para saber novidades.
sexta-feira, fevereiro 04, 2011
O Estado da (ence)Nação
O MINISTRO dos assuntos parlamentares Jorge Lacão, um dos serviçais do engenheiro incompleto, lançou mais uma manobra de diversão, para entreter os cidadãos com uma polémica artificial, em que a reforma do sistema eleitoral e a redução do número de deputados de 230 para 180, seriam uma solução muito boa, para reduzir os custos e encargos com a República.
A imaginação e criatividade dos políticos de gabinete, é uma matéria de estudo para explorar no futuro, sobretudo quando se trata de inventar casos e causas para distrair o povo das questões essenciais que assolam o país e a sua governação. Estou em crer que existe (ou está em construção) um catálogo de iniciativas destinadas a encenar o “estado democrático”. Como já devem ter reparado, quando sobe a tensão do ambiente político, e para o descongestionar, é costume ser o tema da regionalização, que retorna à ribalta da “discussão pública”, ao passo que agora coube a vez à velha questão da redução de deputados, com a variante de existir um simulacro de divergência pontual entre o o governo e o grupo parlamentar do PS (partido Sócrates), destinado a excitar os espíritos e dar alguma credibilidade à iniciativa. Assim vai o Estado da (ence)Nação!
A imaginação e criatividade dos políticos de gabinete, é uma matéria de estudo para explorar no futuro, sobretudo quando se trata de inventar casos e causas para distrair o povo das questões essenciais que assolam o país e a sua governação. Estou em crer que existe (ou está em construção) um catálogo de iniciativas destinadas a encenar o “estado democrático”. Como já devem ter reparado, quando sobe a tensão do ambiente político, e para o descongestionar, é costume ser o tema da regionalização, que retorna à ribalta da “discussão pública”, ao passo que agora coube a vez à velha questão da redução de deputados, com a variante de existir um simulacro de divergência pontual entre o o governo e o grupo parlamentar do PS (partido Sócrates), destinado a excitar os espíritos e dar alguma credibilidade à iniciativa. Assim vai o Estado da (ence)Nação!
quarta-feira, fevereiro 02, 2011
Pergunta de Algibeira
NÓS SABEMOS que ele tem que falar com alguém, que tem direito a andar preocupado, mas se o Presidente da República, como ele diz e a Constituição confirma, não governa, porque razão anda a receber, para mais em separado, os presidentes dos conselhos de administração dos quatro principais bancos portugueses (Caixa Geral de Depósitos, Banco Espírito Santo, Banco Português de Investimento e Banco Comercial Português), para se “inteirar da situação do sistema bancário português e da concessão de crédito à economia”? O governo, para as habituais genuflexões, ainda se percebe, agora ele!
terça-feira, fevereiro 01, 2011
O Secreto Candidato e o Falso Adversário
O PS (partido Sócrates) deixou anteontem uma mensagem ao país, na sequência da reunião da sua Comissão Nacional, ao afirmar que com a reeleição de Cavaco Silva os portugueses escolheram a estabilidade política ao nível do Governo e das instituições cimeiras do país (leia-se Presidência da República), e isso, para mim, tem uma leitura e significado: Cavaco Silva sempre foi o secreto candidato em que o PS apostou, e Manuel Alegre não passou de um falso candidato, ou melhor, uma manobra de diversão, muito bem trabalhada, destinada a pulverizar a votação nos restantes candidatos, concentrando a votação de grande fatia do PS, de todo o PSD e CDS, no homem de Boliqueime. Não nos devemos esquecer que minutos depois de Alegre falar para as televisões, Sócrates acrescentou umas loas mal embrulhadas, que não aqueceram nem arrefeceram, para logo a seguir abandonar abruptamente o Hotel Altis, sem mais comentários e sem se despedir. Na verdade, o frete estava despachado e o seu secreto objectivo consumado.
Sem falar na manchete do semanário SOL que dava como certo que 80% do eleitorado PS não tinha votado em Manuel Alegre, dividindo as suas preferências entre Cavaco Silva e Fernando Nobre, o único estudo que existe sobre a transferência de votos partidários neste eleição presidencial, e a serem verdadeiros os seus fundamentos e conclusões, mais a ajuda das prováveis abstenções, motivadas pelo caos à volta do número de eleitor, não deixa dúvidas de que a armadilha resultou em pleno, e Sócrates não está de costas voltadas para Cavaco, antes pelo contrário. Além disso, os casos BPN e quinta da Coelha, ao deixarem Cavaco fragilizado e receoso, não lhe dão grande fôlego para se pôr a falar grosso, porque em política, os telhados de vidro são o diabo, e com eles também se faz muita chantagem.
segunda-feira, janeiro 31, 2011
O Paraíso das Fundações
OS VALORES que se seguem, fazem parte da folha salarial (da responsabilidade da Câmara Municipal) dos administradores, vogais e consoantes da Fundação Cidade de Guimarães, criada para a Capital da Cultura 2012:
- Cristina Azevedo - Presidente do Conselho de Administração: 14.300 € (2 860 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 500 € por reunião;
- Carla Morais - Administradora Executiva: 12.500 € (2 500 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião;
- João B. Serra - Administrador Executivo: 12.500 € mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião;
- Manuel Alves Monteiro - Vogal Executivo 2.000 € (400 contos) mensais + 300 € por reunião
Todos os 15 componentes do Conselho Geral, de entre os quais se destacam Jorge Sampaio, Adriano Moreira, Diogo Freitas do Amaral e Eduardo Lourenço, recebem 300 € por reunião, à excepção do Presidente (Jorge Sampaio) que recebe 500 €. Aspecto curioso é que os Administradores têm vencimentos pornográficos, que excedem o que ganham o Presidente da República e o Primeiro-Ministro, numa região, como a do Vale do Ave, onde o desemprego ronda os 15 %.
Em resumo: 1,3 milhões de Euros por ano, em salários. Como a Fundação se vai manter em funções até finais de 2015, as despesas com pessoal deverão ser de quase 8 milhões de Euros. Mesmo em situação de crise, Portugal continua a ser um paraíso na Terra, onde as fundações, quantas vezes inoperacionais e perfeitamente desnecessárias, se continuam a reproduzir como cogumelos, concedendo os habituais “tachos” e mordomias, aos desvalidos do costume.
NOTA – Esta informação foi recebida por e-mail, e confirmei-a com notícia saída no jornal PÚBLICO
- Cristina Azevedo - Presidente do Conselho de Administração: 14.300 € (2 860 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 500 € por reunião;
- Carla Morais - Administradora Executiva: 12.500 € (2 500 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião;
- João B. Serra - Administrador Executivo: 12.500 € mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião;
- Manuel Alves Monteiro - Vogal Executivo 2.000 € (400 contos) mensais + 300 € por reunião
Todos os 15 componentes do Conselho Geral, de entre os quais se destacam Jorge Sampaio, Adriano Moreira, Diogo Freitas do Amaral e Eduardo Lourenço, recebem 300 € por reunião, à excepção do Presidente (Jorge Sampaio) que recebe 500 €. Aspecto curioso é que os Administradores têm vencimentos pornográficos, que excedem o que ganham o Presidente da República e o Primeiro-Ministro, numa região, como a do Vale do Ave, onde o desemprego ronda os 15 %.
Em resumo: 1,3 milhões de Euros por ano, em salários. Como a Fundação se vai manter em funções até finais de 2015, as despesas com pessoal deverão ser de quase 8 milhões de Euros. Mesmo em situação de crise, Portugal continua a ser um paraíso na Terra, onde as fundações, quantas vezes inoperacionais e perfeitamente desnecessárias, se continuam a reproduzir como cogumelos, concedendo os habituais “tachos” e mordomias, aos desvalidos do costume.
NOTA – Esta informação foi recebida por e-mail, e confirmei-a com notícia saída no jornal PÚBLICO
domingo, janeiro 30, 2011
Registo para Memória Futura (30)
«O BES [Banco Espírito Santo, liderado por Ricardo Salgado] aumentou para 10,03 por cento a sua posição na Portugal Telecom (PT), o que lhe deverá permitir receber, livre de impostos, 117 milhões de euros associados à distribuição de parte dos dividendos da telecomunicadora programados para este ano e referentes aos resultados do ano passado. Se os 10,03 por cento que o BES passa a deter na PT estiverem todos sob o controlo da mesma empresa, então, o Estado deixará de receber de impostos cerca de 34 milhões de euros.»
Excerto da notícia publicada pelo jornal PÚBLICO de 29 de Janeiro de 2011
Excerto da notícia publicada pelo jornal PÚBLICO de 29 de Janeiro de 2011
sábado, janeiro 29, 2011
Registo para Memória Futura (29)
"Nunca pensei ouvir um responsável do PS dizer o que disse sobre os direitos dos trabalhadores", afirmou o comunista Jerónimo de Sousa ao confrontar José Sócrates, na Assembleia da República, com a sua decisão de facilitar os despedimentos, através da redução dos valores das indemnizações por despedimento, como sendo uma medida destinada a satisfazer a necessidade dos jovens entrarem no mercado de trabalho.
sexta-feira, janeiro 28, 2011
As Persistentes Anomalias
ESTIVE a assistir à sessão de hoje de manhã, na Assembleia de República (através do canal por cabo, ARtv, que não chega a toda a população), do debate quinzenal, e a ideia com que fiquei é que aquela câmara é o espelho do país, o qual está a tornar-se uma perfeita anomalia, governada por um governo anómalo e minoritário, confrontado com uma oposição que, sendo maioritária, para não variar, é também uma anomalia. Com isto, quero dizer que toda a gente diz mal do governo, contesta as suas medidas, mas ninguém lhe dá o empurrão que ele merece. Ou seja, a oposição persiste em “dar corda” a um primeiro-ministro insolente, grosseiro, genuínamente mentiroso, tergiversador, vago nas suas asserções, um verdadeiro criativo de retórica vazia, enfim, uma fraude, que é a cúpula de um governo anti-social e anti-nacional, com uma vitalidade agora renovada pela prometida “colaboração institucional” da Presidência da Republica. Percebe-se que a correlação de forças não é a apropriada, e que em política não se operam milagres, mas também já dá a impressão que toda a oposição se tornou incapaz de dispensar aquela quinzenal encenação. Com o país mergulhado numa crise persistente, até quando irá durar esta aberração?
quarta-feira, janeiro 26, 2011
Sua Ineficiência…
… o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, pediu desculpa na Assembleia da República pela inoperância dos serviços de apoio ao acto eleitoral de Domingo passado, em resultado da falta de Número de Eleitor no Cartão do Cidadão, e diz que vai apurar responsabilidades e tomar medidas. Sempre quero ver quais, pois na minha opinião, se falamos de responsabilidades, ele é o principal responsável, ao passo que todos os outros são meros candidatos a bodes espiatórios, e quanto a soluções, o ideal era recolher todos os Cartões e mandá-los substituir por coisa que prove ser eficaz. Já agora era bom que se viesse a ter uma ideia de quantos eleitores desistiram de votar, em resultado desta incúria burocrática.
terça-feira, janeiro 25, 2011
Sobre as Presidenciais (1)
AS CONSIDERAÇÕES que tinha prometido fazer sobre as eleições presidenciais, estão publicadas aqui, no blog A ESSÊNCIA DA PÓLVORA, onde também colaboro.
Sobre as Eleições SIMPLEX
PARA RESOLVER o problema gerado com os novos Cartões do Cidadão, o Número de Eleitor, as Listas de Eleitores, e a grande abstenção, deixo aqui duas sugestões: acabem com as Listas de Eleitores e o Número de Eleitor e passem a usar o processo de molhar o dedo na tinta indelével que só sai passadas duas semanas, para evitar votações em duplicado, triplicado, e por aí fora. Para colmatar o problema da grande abstenção, adoptem assembleias e urnas itinerantes, que vão porta-a-porta dos eleitores. Parecem soluções terceiro-mundistas, mas a verdade é que assim não enganamos ninguém com choques tecnológicos, pois o processo é SIMPLEX, infalível e cada um pode votar onde lhe der mais jeito. Além disso, evita-se incomodar o ministro da Administração Interna, Silva Pereira, com idas ao Parlamento, para dar explicações sobre o mau funcionamento do sistema informático de apoio.
segunda-feira, janeiro 24, 2011
Sobre a CORAGEM
José Sócrates diz que é corajoso, mas isso não passa de bazófia. Corajoso, corajoso, é o deputado madeirense José Manuel Coelho, que já deu sobejas provas disso. Podemos não perfilhar as suas ideias políticas (que aliás não expressou), considerá-lo doidivanas, excessivo, outras vezes ingénuo, estarmos desabituados dos seus métodos, mas o que é verdade é que todos os dias, na Madeira, faz questão de enfrentar o soba Alberto João Jardim e os seus afilhados, e nos últimos meses atreveu-se a ir para a frente com uma candidatura à Presidência da República, chamando os bois pelos nomes, e mesmo com meios insignificantes, ninguém o calou (e ainda bem!). Gostava de saber se há mais como ele, e onde.
São bem expressivos os resultados eleitorais da R.A. da Madeira
Cavaco Silva - 44,01% - 52.168 Votos
José Manuel Coelho - 39,01% - 46.247
Manuel Alegre - 7,68% - 9.105
Fernando Nobre - 6,48% - 7.687
Francisco Lopes - 1,98% - 2.346
Defensor Moura - 0,83% - 986
São bem expressivos os resultados eleitorais da R.A. da Madeira
Cavaco Silva - 44,01% - 52.168 Votos
José Manuel Coelho - 39,01% - 46.247
Manuel Alegre - 7,68% - 9.105
Fernando Nobre - 6,48% - 7.687
Francisco Lopes - 1,98% - 2.346
Defensor Moura - 0,83% - 986
Sobre as Presidenciais
.
ESTAS ELEIÇÕES para a Presidência da República, como se esperava, não trouxeram grandes novidades, excepto o desencanto dos que passaram ao lado das assembleias sem exercer o direito de voto, o qual está a avolumar-se, tornando-se um sério concorrente nesta democracia de meia-idade (vai fazer 37 anos). Neste acto eleitoral, a abstenção, se tivesse nome de gente, já teria dado ordem de despejo a Cavaco Silva, do Palácio de Belém. No entanto, como a abstenção não é candidato, os adeptos do “mísero professor” (é ele próprio que assim se classifica) estão contentes (e Sócrates também), e pelos vistos, vão continuar a ter o que merecem. Os que não estão contentes e entendem que mereciam outra coisa, vão ter que esperar, mas o mais importante é que vão ter que encontrar soluções, para superar a trágica falsidade em que a nossa democracia se está a transformar.
Prometo voltar a falar sobre este assunto, mas por agora, vejamos os resultados e meditemos.
Prometo voltar a falar sobre este assunto, mas por agora, vejamos os resultados e meditemos.
domingo, janeiro 23, 2011
Registo Para Memória Futura (28)
ULTRAPASSADA a primeira década do novel Século XXI, em Portugal, milhares de eleitores viram-se impossibilitados de votar, dado que o já não tão novel Cartão do Cidadão, concebido por incompetentes e irresponsáveis, nas oficinas SIMPLEX do engenheiro incompleto, continua a não disponibilizar, de forma directamente legível e funcional, o respectivo Número de Eleitor, essencial para que o cidadão possa exercer o seu voto, direito que a Constituição da República Portuguesa lhe confere.
A Estrábica Afirmação
Pedro Silva Pereira, o ministro que tem por missão contextualizar o desmedido optimismo do seu "chefe" José Sócrates, disse ontem que "a última década foi tudo menos uma década perdida", e quem disser isso só pode ser por ter visão míope. Ora, quer-me parecer que só eles, os governantes, conseguem ver um notável progresso, onde todos os outros vêm estagnação, quando não mesmo retrocesso, sobretudo nas áreas mais sensíveis. E os resultados estão bem à vista!
É claro que aquela estrábica afirmação do ministro Pedro Silva Pereira, só podia ser feita num local e numa ocasião com características especiais, como foi o caso da inauguração do Parque Eólico Terra Fria, em Montalegre, a 1.200 metros de altitude. É sabido como naquelas paragens a rarefacção do ar tem tendência para provocar vertigens, delírios, e nalguns casos, perda de consciência.
É claro que aquela estrábica afirmação do ministro Pedro Silva Pereira, só podia ser feita num local e numa ocasião com características especiais, como foi o caso da inauguração do Parque Eólico Terra Fria, em Montalegre, a 1.200 metros de altitude. É sabido como naquelas paragens a rarefacção do ar tem tendência para provocar vertigens, delírios, e nalguns casos, perda de consciência.
sábado, janeiro 22, 2011
História de Cinco Meninos, Um Velho e Um Burro
CERTA VEZ, cinco meninos foram dar um passeio ao campo, e por 100 € (cada um avançou com 20 €), compraram o burro de um velho camponês.
O HOMEM combinou entregar-lhes o animal no dia seguinte.
Mas, quando eles voltaram para levar o burro, o camponês disse-lhes, muito consternado:
- Sinto muito, amigos, mas tenho uma má notícia. O burro morreu.
- Então devolva-nos o nosso dinheiro!
- Não posso, gastei-o todo com o veterinário para tentar salvar o bicho.
- De qualquer forma, queremos o burro.
- E para que o querem? O que vão fazer com ele?!...
- Vamos rifá-lo.
- Estão loucos?! Como vão rifar um burro morto?...
- Obviamente, não vamos dizer a ninguém que ele está morto.
UM MÊS depois, o camponês encontrou-se novamente com os cinco pirralhos e perguntou-lhes:
- E então, o que é que fizeram ao burro?
- Como lhe dissemos, rifámo-lo. Vendemos 500 rifas a 2 € cada e arrecadámos 1.000 €.
- Muito bem! Com que então foi um lucro de 180 € para cada um. E ninguém se queixou?!
- Só o vencedor. Mas a esse devolvemos os 2 €, e pronto!
- Vocês têm futuro, meninos! Um lucro líquido final de 179,60 € para cada um, com um investimento inicial de 20 €, é um espanto.
QUARENTA anos mais tarde, os cinco meninos cresceram, e vamos encontrá-los assim:
- O primeiro menino foi Secretário de Estado de um governo do PROFESSOR e depois inventou uma máquina chamada BPN, especializada em fazer desaparecer muito dinheiro;
- O segundo menino estudou para advogado, foi Presidente de um CLUBE DE FUTEBOL, está exilado em Inglaterra, já tentou vender o Big Ben à rainha, e tem agora um pedido de extradição à perna;
- O terceiro menino gosta de fumar charutos havanos, seguiu a carreira de AUTARCA e tem um sobrinho na Suiça que se tornou milionário a guiar um taxi;
- O quarto menino tornou-se um SUCATEIRO de renome, e ficou conhecido por oferecer prendas a toda a gente e caixas de robalos a banqueiros;
- O quinto e último menino diz que é um animal feroz, chefia um partido político, é primeiro-ministro e tem a mania que é ENGENHEIRO…
Nota – Adaptação, revista e aumentada, de uma história não assinada, recebida por e-mail.
O HOMEM combinou entregar-lhes o animal no dia seguinte.
Mas, quando eles voltaram para levar o burro, o camponês disse-lhes, muito consternado:
- Sinto muito, amigos, mas tenho uma má notícia. O burro morreu.
- Então devolva-nos o nosso dinheiro!
- Não posso, gastei-o todo com o veterinário para tentar salvar o bicho.
- De qualquer forma, queremos o burro.
- E para que o querem? O que vão fazer com ele?!...
- Vamos rifá-lo.
- Estão loucos?! Como vão rifar um burro morto?...
- Obviamente, não vamos dizer a ninguém que ele está morto.
UM MÊS depois, o camponês encontrou-se novamente com os cinco pirralhos e perguntou-lhes:
- E então, o que é que fizeram ao burro?
- Como lhe dissemos, rifámo-lo. Vendemos 500 rifas a 2 € cada e arrecadámos 1.000 €.
- Muito bem! Com que então foi um lucro de 180 € para cada um. E ninguém se queixou?!
- Só o vencedor. Mas a esse devolvemos os 2 €, e pronto!
- Vocês têm futuro, meninos! Um lucro líquido final de 179,60 € para cada um, com um investimento inicial de 20 €, é um espanto.
QUARENTA anos mais tarde, os cinco meninos cresceram, e vamos encontrá-los assim:
- O primeiro menino foi Secretário de Estado de um governo do PROFESSOR e depois inventou uma máquina chamada BPN, especializada em fazer desaparecer muito dinheiro;
- O segundo menino estudou para advogado, foi Presidente de um CLUBE DE FUTEBOL, está exilado em Inglaterra, já tentou vender o Big Ben à rainha, e tem agora um pedido de extradição à perna;
- O terceiro menino gosta de fumar charutos havanos, seguiu a carreira de AUTARCA e tem um sobrinho na Suiça que se tornou milionário a guiar um taxi;
- O quarto menino tornou-se um SUCATEIRO de renome, e ficou conhecido por oferecer prendas a toda a gente e caixas de robalos a banqueiros;
- O quinto e último menino diz que é um animal feroz, chefia um partido político, é primeiro-ministro e tem a mania que é ENGENHEIRO…
Nota – Adaptação, revista e aumentada, de uma história não assinada, recebida por e-mail.
sexta-feira, janeiro 21, 2011
Sondagens
.
EMBORA saibamos que as sondagens valem o que valem, estou com alguma curiosidade em ver qual delas se aproxima da realidade que despontará na noite do próximo Domingo, mesmo considerando que o caso da Marktest (uma empresa que ao socorrer-se de um conceito “ad hoc” que desrespeita o peso eleitoral das regiões do país) é um escandaloso caso de manifesta intenção de manipular a opinião pública, e que isso deveria ter consequências, neste país onde tanta coisa se continua a fazer na total impunidade.
.
ADENDA em 2011-JAN-24 - A sondagem da INTERCAMPUS foi a que mais se aproximou dos resultados finais da votação dos candidatos Cavaco Silva, Francisco Lopes e José Manuel Coelho.
quinta-feira, janeiro 20, 2011
Esta Coisa de Eleições é Uma Maçada!
O candidato Cavaco Silva só vai a votos porque tem mesmo que ser, e entretanto, percebe-se que já não consegue arranjar assunto para tentar arrastar o eleitorado. Cada vez que abre a boca (excluindo as vezes que não responde a perguntas), ou entra bolo-rei ou sai asneira, ou então, talvez ansioso por tirar umas férias no seu retiro da Coelha, e querendo despachar a eleição e ver-se reeleito já no Domingo, desculpa-se com alarvidades deste tipo:
«Os custos [com a campanha para a 2.ª volta] seriam muito elevados para o país e seriam sentidos pelas empresas, pelas famílias, pelos trabalhadores, desde logo, pela via da contenção do crédito e pela subida das taxas de juro»
Este candidato, de facto, é uma autêntica calamidade, isto para não lhe chamar outra coisa.
«Os custos [com a campanha para a 2.ª volta] seriam muito elevados para o país e seriam sentidos pelas empresas, pelas famílias, pelos trabalhadores, desde logo, pela via da contenção do crédito e pela subida das taxas de juro»
Este candidato, de facto, é uma autêntica calamidade, isto para não lhe chamar outra coisa.
quarta-feira, janeiro 19, 2011
Questões Legítimas e Pertinentes
A deputada socialista Ana Gomes escreveu no blog CAUSA NOSSA que estava indignada com o facto de ter enunciado num programa da ANTENA UM, algumas questões legítimas e pertinentes, a que o candidato Cavaco Silva tinha obrigação de responder, mas para as quais, até hoje, não obteve resposta. Eu cá, não sou de intrigas, mas penso que não há grande motivo para indignação, na medida em que Cavaco Silva ao não responder às tais perguntas legítimas e pertinentes, a que ele tinha obrigação de responder, e porque os maus hábitos aprendem-se depressa, não fez mais do que seguir a mesma regra adoptada pelo primeiro-ministro José Sócrates. Pelas minhas contas, em seis anos de governo, podemos somar largas centenas, muito perto do milhar, as perguntas legítimas e pertinentes, a que José Sócrates tinha obrigação de responder, sobretudo por terem a ver com a governação, que lhe foram feitas no hemiciclo da Assembleia da República, e a que ele nunca se dignou dar qualquer resposta. Com este exemplo prático, saído das suas próprias fileiras, custa-me a perceber a perplexidade de Ana Gomes.
Subscrever:
Mensagens (Atom)