NÓS SABEMOS que ele tem que falar com alguém, que tem direito a andar preocupado, mas se o Presidente da República, como ele diz e a Constituição confirma, não governa, gostava de saber (embora suspeite que tem a ver com a tal "magistratura activa") porque razão andou a receber nos dias 3 e 4 de Fevereiro, e em audiências separadas, os presidentes das Associações Patronais (Confederação da Indústria Portuguesa, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, a Confederação dos Agricultores de Portugal, a Confederação Portuguesa de Construção e Imobiliário e a Confederação do Turismo Português), para "as ouvir sobre a competitividade da economia portuguesa"?
Que o governo tivesse tomada tal iniciativa, para os habituais salamaleques e beija-mão, ainda se percebe, agora ele! Entretanto, consultados os jornais on-line, e tirando o caso do Carlos Castro e do Renato Seabra, que é acompanhado e espremido até à exaustão, não consegui discernir nada sobre o assunto.
NOTA - Curiosamente, e embora se perceba porquê, até agora, na agenda da Presidência da República, não está previsto nenhum encontro com as Associações Sindicais.
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ADENDA - Depois de uma consulta ao site da CGTP-IN, encontrei a seguinte informação, que passo a transcrever:
"Por solicitação do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva uma delegação da CGTP-IN conduzida pelo seu secretário-geral, Manuel Carvalho da Silva será recebida amanhã, 3 de Fevereiro, pelas 11:30 horas, na sua residência oficial, no Palácio de Belém, cujo o tema central a debater será o emprego. A CGTP-IN manifesta a sua disponibilidade para, no final, encontrar-se com os órgãos de comunicação social, o que antecipadamente se agradece."
Na verdade, ou é defeito meu, ou continuo a não consiguir encontrar os ecos desta reunião, nos sites dos principais orgãos de comunicação. Na pior das hipóteses, no fim da audiência, ninguém lá estava para saber novidades.