Só há duas coisas que são infinitas: o universo e a estupidez humana, e não tenho a certeza quanto à primeira, afirmou Albert Einstein, físico alemão.
O valor dum homem está no que pode dar e não naquilo que é capaz de receber, voltou a dizer Albert Einstein, físico alemão.
A nossa ignorância não é tão vasta quanto o mau uso que fazemos dos nossos conhecimentos, concluiu M. King Hubbert, geólogo americano.
A pesquiza é a forma mais elevada de devoção, era a opinião de Pierre Teilhard de Chardin, paleontólogo, teólogo e filósofo jesuíta.
A coerência é o último refúgio de quem não tem imaginação, era a polémica opinião de Oscar Wilde, escritor inglês.
A palavra escrita ensinou-me a escutar a voz humana, foi o que a vida ensinou a Margarite Yourcenar, escritora francesa.
Morre jovem aquele que os deuses amam, é um preceito da sabedoria antiga, relembrou Fernando Pessoa, poeta português.
Para que o mal triunfe, basta que que os homens bons fiquem de braços cruzados, afirmou Edmund Burke, estadista e escritor inglês.
A guerra contra o terrorismo, travada no Afeganistão e no Iraque, não é mais do que o bombardeamento de um substantivo abstrato, sugeriu um autor anónimo.
terça-feira, agosto 09, 2005
domingo, agosto 07, 2005
Os “Gajos”
Depois de ter apontado uma mão cheia de razões para não se candidatar, será Mário Soares suficientemente convincente para explicar o porquê de algumas semanas depois ter mudado de opinião, sob pena de desbaratar todo o capital de credibilidade que tinha angariado?
Dizem uns que tudo isto é um desejo senil de divertimento e de querer provar que ainda é o melhor, entre os melhores, aliás, um defeito característico de quem faz da antiguidade uma posição previligiada, uma vantagem, um posto. A mim parece-me mais que lhe é insuportável, como se de uma persistente urticária se tratasse, a ele que é um lutador nato, ver o outro “gajo” preparar-se para ir disfrutar o lugar que ele ocupou durante dois mandatos, sem que antes tivesse lugar uma luta renhida e umas quantas equimoses. Será que Mário Soares, decidiu, em definitivo, ir buscar à gaveta o socialismo, que ele mesmo despejou, na década de 80 do século passado, para o arquivo de inutilidades? Fica o enigma para ser desconstruído.
Dizem uns que Soares é um animal político. Eu prefiro defini-lo como um jogador nato, profundo conhecedor dos seus adversários, das suas tácticas e estratégias, que de forma abrangente consegue interpretar o ambiente político que nos envolve. Gosta de ser adulado e adorado, e não se queixa de ser arrancado à sua distanciada intervenção, feita de seminários e muitos escritos. Se tivesse sido jogador de xadrez, seria um adversário de respeito, talvez um campeão. Já engolimos sapos, que mais iremos engolir?
Se o governo aposta em tudo e mais alguma coisa, e os portugueses, à falta de outras oportunidades, apostam desenfreadamente no euro-milhões, porque não há-de ele apostar numa serôdia candidatura a presidente da república?
A Senha 98
Andava pelas nove e meia da manhã é já fazia um calor dos diabos. O Xavier e a Mafalda entraram na repartição e já o espaço regurgitava de gente que aguardava para ser atendida, obedientemente sentada numa imensa plateia, organizada em quatro filas de assentos, virados para os gabinetes de atendimento separados por biombos e encimados pelo painel electrónico de chamada, onde era suposto desfilarem os números. Foram até ao dispensador de senhas e calhou-lhes o número 98, antecipando a ideia de que a espera iria ser longa, já que o atendimento ainda se ficava pelo número 11, e dos doze gabinetes de atendimento que se alinhavam ao longo do imenso espaço, apenas quatro estavam operacionais.
O ar condicionado zumbia, as pessoas iam segredando comentários, alguns passavam a vista pelas revistas e jornais, enquanto que outros que haviam madrugado, aproveitavam a espera para agarrarem novamente o sono interrompido.
Os funcionários, entretanto, iam consumindo o tempo a fazer e receber telefonemas, a bebericarem café, a visitarem-se uns aos outros nos gabinetes de atendimento, trocando trivialidades, e até alguém lá do fundo comentou em voz de trovão que tinha acabado o papel para as impressoras, e assim era impossível trabalhar. E ali estava a assistência, impávida e tolerante, a assistir ao espectáculo matinal, com o mesmo número 11 a assomar lá no painel, como uma sentinela, na sua imobilidade confrangedora.
- Já são quase dez horas e isto não ata nem desata, exclamou a Mafalda. Tu ficas aqui a ver o andar da carruagem, enquanto eu aproveito para ir até às finanças tratar do outro assunto. Ficas com a senha e se entretanto chamarem, já sabes...
- Tá bem, respondeu o Xavier.
Viu a Mafalda dirigir-se para a saída, cruzando-se com um indivíduo que vinha a entrar, que não tirou senha e disparou um sonoro cumprimento.
- Ora então bom dia, pessoal!
- Olha, olha, quem aqui está, sibilou uma criaturinha que acabava de pôr o telefone no descanso, e se levantou para cumprimentar o recém-chegado.
- Já viram, o Leandro veio matar saudades... e correu ligeira a interromper a escassa produtividade dos outros gabinetes, enquanto o tal Leandro andava por ali a girar, a gesticular, a distribuir beijinhos e abraços, ao passo que o número 11 continuava lá no cimo a contemplar a assistência que começou a agitar-se incomodada.
- Então mas isto é para hoje ou será que viemos para acampar? Ouviu-se alguém dizer.
- Mas afinal quem é que manda aqui nesta chafarica? Atirou para o ar um homem corpulento e com voz de barítono que se tinha levantado e começou a assomar à entrada dos gabinetes.
- Tenha lá calminha, vá-se lá sentar outra vez que isto já vai andar, respondeu uma funcionária com óculos de meia cana, equilibrados na ponta do nariz.
- Calminha uma ova! Vim aqui para ser atendido e isto mais parece um teatro de robertos que uma repartição... há quase uma hora que não chamam ninguém, ripostou o indignado cidadão.
Finalmente tocou a gaita e o painel saltou para o número 12. Daí para a frente os números começaram a suceder-se a uma cadência razoável, porém, eram muitos os utilizadores que, por força da lentidão do atendimento, ou já haviam desistido, ou tal como a Mafalda, tinham aproveitado a modorra para ir tratar de outros assuntos.
Por alturas do número 50 houve nova pausa. Havia muitas chamadas telefónicas a inundar o ambiente e começava a faltar o papel nas impressoras. Alguém se ausentou para ir buscar umas resmas. Mais um café, mais um bolinho, mais uma chalaça, e o teatrinho lá ia andando mais comedido, não fosse o tal cidadão com ares de estivador investir, outra vez, contra a pacatez da repartição. Dez minutos depois chegou o papel, alimentaram-se as impressoras, e pelas onze e meia os números voltaram a correr no painel, agora a uma cadência alucinante, porque muita gente não estava presente, isto é, tinha abandonado o barco. Dava para perceber que tudo aquilo tinha a ver com um processo de eliminação bem congeminado, em que era posta à prova a paciência, tenacidade, perseverança e capacidade de resistência de quem aguardava a vez de ser atendido.
Entretanto a Mafalda regressou.
- Então, em que número vai? Perguntou ela.
- Agora já não falta muito. Então, conseguiste? Perguntou o Xavier.
- Nada. A repartição estava fechada e tinha um letreiro na porta a dizer que mudaram para o Parque das Nações em Abril.
- Homessa, mas na página da internet indicavam aquela morada, ripostou o Xavier.
- Pois é! Se calhar o choque tecnológico ainda lá não chegou àquelas bandas... adiantou a Mafalda com o suplemento do jornal a fazer de leque.
Entretanto aproximava-se o meio-dia, acelerava-se o ritmo dos números nos painel e viam-se algumas pessoas, meio atarantadas, a inquirirem o número dos gabinetes.
- Prepara-te, está quase no 98, advertiu o Xavier.
A Mafalda levantou-se, com a papelada debaixo do braço e ficou de olhos pregados no painel, à espera do toque da gaita.
Tocou e apareceu o 98.
- Olha é no gabinete 12, mesmo lá para o fundo, disse o Xavier, ao mesmo tempo que a Mafalda arrancava à desfilada.
Toca a gaita novamente e cai o 99 para o mesmo gabinete 12. O Xavier arqueou a sobrancelha.
- Olá, tá visto que o pessoal tomou o freio nos dentes, rosnou o Xavier a arquear a sobrancelha, a levantar-se, ajeitar o cinto das calças e a ir no encalço da Mafalda.
O homem da senha 99 tinha chegado primeiro, mas fez um compasso de espera ao ver a Mafalda a aproximar-se, exibindo a senha 98, e mais atrás o Xavier a expelir vapor.
- Faça favor, como tem havido tantas desistências pensei que estava com sorte...
- Não, não, grasnou a funcionária lá de dentro do gabinete, com voz de cana rachada. O 98 já perdeu a sua vez, tem que ir tirar outra senha.
O Xavier assomou ao gabinete e começou a arregaçar as mangas.
- Vai-me bater? Quis saber a empregada.
- Não, que ideia, estou só a começar a ferver, esclareceu o Xavier para adiantar logo de seguida:
- Mas se ela não for atendida, quem é atendida é você, mas na urgência do hospital.
- Bem, se o senhor do 99 deixar passar o 98 à frente, não há crise, não há problema... adiantou a sonsa a empertigar-se atrás da secretária.
- O senhor do 99 já disse que sim. Em que ficamos? Perguntou o Xavier.
- Pronto, pronto, ninguém vem para aqui para se divertir, arriscou a mulher.
- Deste lado não, mas desse lado parece que sim. Já agora quero o livro de reclamações e dar uma palavrinha ao responsável desta “coisa”, atalhou o Xavier.
- Acho que não é possível satisfazer o seu pedido...
- Então porquê? Quis saber o Xavier.
- O livro extraviou-se e o chefe foi lá fora comprar uns pastéis de nata e ver se arranjava mais papel para as impressoras...
O “arrastão” TMDP
O que é a TMDP que passou a aparecer, a partir do início de 2005, nas nossas facturas do telefone? É nada mais, nada menos, que uma coisa chamada Taxa Municipal de Direito de Passagem, o mais recente esbulho a que os cidadãos portugueses estão a ser sujeitos, de forma capciosa e semi-clandestina, sob a forma de legislação concebida pelas “eminências” e “catedráticos” do costume, no recolhimento dos WCs ministeriais e autárquicos.
A Taxa Municipal de Direito de Passagem (TMDP) corresponde ao valor que as autarquias podem cobrar às empresas que operam redes e serviços telefónicos fixos nos domínios público e privado municipais, e destinam-se a garantir que as valas e os buracos, em resultado da intervenção dessas operadoras, serão devidamente tapados, garantindo assim a requalificação dos pavimentos por onde passam os equipamentos. Mas o mais interessante deste episódio é que a PT acabou a reembolsar a tal taxa junto dos seus clientes, fazendo recair directamente sobre estes o ónus das suas obrigações e responsabilidades para com terceiros. Resumindo: é o conhecido Zé Povão quem vai pagar essa taxa que, espanto dos espantos, não corresponde a serviço algum fornecido ao utilizador final, sendo antes a mais descarada legalização de um novo tipo de “arrastão”, que está a varrer, indiscriminadamente, todo o país, sendo bem diferente daquele fenómeno ou não-acontecimento, como agora se diz, que desaguou há dias na praia de Carcavelos.
Já pagamos todos os anos o Imposto de Circulação Automóvel, que tem por objectivo assegurar a manutenção das estradas municipais, e bem sabemos o estado ruinoso em que elas se encontram. Vamos agora pagar (em vez da Portugal Telecom) esta novíssima Taxa Municipal de Direito de Passagem, sendo certo que a paisagem continuará ornamentada com os passeios esventrados, com novelos de cabos a bambolearem-se nas fachadas, os postes decrépitos a ameaçarem a via pública e a PT a rir-se nas nossas barbas e a apelidar-nos de tolos.
Que mais virá a seguir? Talvez um imposto sobre o ar que respiramos, com três escalões, a saber: asmático, fumador e não fumador, cobrável em simultâneo com a factura da água. Ou então um imposto sobre a utilização da via pública, baseado no peso corporal dos munícipes, já que o excesso de peso desgasta e danifica os pavimentos. Balanças nos passeios assegurariam a aplicação das taxas aos cidadãos levíssimos, leves, médios, pesados, pesadíssimos, etc, tendo aqueles que circular com o recibo pregado na lapela. E porque não um imposto destinado à manutenção das ETARes, aplicável sobre as nossas necessidades fisiológicas básicas? As sanitas seriam equipadas com uma balança digital, concebida pelas empresas envolvidas no choque tecnológico, e o imposto a pagar viria incluído na factura dos serviços municipalizados. E assim por diante, tantas taxas e impostos quanto a nossa imaginação e os favores traficados com o poder político possam gerar.
Já sabemos o que podem encobrir as facturas “simplificadas” da PT, e que ninguém consegue obrigar a que se cumpra a lei, descriminando com detalhe os serviços fornecidos. Fica a faltar quem leve a tribunal europeu, este estado ratoneiro.
Álvaro Cunhal
Bastaram poucos dias para que a morte viesse cobrar a sua factura, levando consigo Álvaro Cunhal o polítíco, Vasco Gonçalves o general, Eugénio de Andrade o poeta, e Emídio o Guerreiro.
Concorde-se ou não, Portugal continua a empobrecer, extinguindo-se mais um punhado das suas referências.
Muito se tem escrito nos últimos dias sobre Álvaro Cunhal. Os meios de comunicação, antecipando-se ao inevitável desfecho, já há muito que vinham preparando os seus cadernos biográficos, que agora vieram alternar com os muitos depoimentos de amigos, companheiros de jornada e adversários políticos, todos eles, na hora da consumação da última lei da vida, nuns casos amaciando as arestas vivas, noutros ensaiando largos elogios, de uma existência que foi uma missão, e que se confunde com o trajecto do PCP no seio da sociedade portuguesa, nos últimos cinquenta anos.
Afinal quem foi Álvaro Cunhal?
Disseram que apesar do seu alto grau de coerência, quase uma obsessão, era um político tácticamente flexível, que procurava consensos, disso sendo testemunhas quem com ele partilhou os conselhos de ministros dos governos provisórios que integrou, logo após o 25 de Abril.
Disseram que ao ocultar-se e dissolver-se no colectivo estava a esculpir, intencional e laboriosamente, uma imagem enigmática, quase um mito.
Disseram que as supostas paredes de vidro do seu partido comunista, que dirigiu com incontestada autoridade, afinal, à imagem e semelhança do próprio Cunhal, continuaram tão opacas como chumbo.
Disseram que era indiferente às pressões da realidade, estando mais interessado em ser o agente de transformação dessa mesma realidade.
Disseram que não era um visionário, mas transpirava confiança no género humano, acreditando piamente na ideia de que há certas convicções que podem mover montanhas, senão mesmo alterar o curso da própria História.
Disseram que era intransigente entre os seus correligionários, implacável mesmo com os dissidentes, mas tácticamente contemporizador na arena do combate político, sendo senhor de uma grande capacidade de sedução.
Disseram que, apesar de ter tido uma vida temperada pela dureza das masmorras e do isolamento das solitárias, da clandestinidade e do exílio forçado, pelo meio pairou sempre o homem sensível, o artista plástico, o escritor, o ensaísta e tradutor, um grande intelectual, detentor de uma vasta e multifacetada cultura.
Disseram que em Novembro de 1975, no auge do processo revolucionário, mandou que os comunistas retrocedessem, evitando assim que o país mergulhasse numa guerra civil.
Disseram que parou no tempo, porque não quis ou foi incapaz de assimilar as mudanças da última década do século XX.
Disseram que o silêncio que impôs a si próprio aconteceu quando também emudeceram os amanhãs que cantam.
Disseram que o seu próprio testamento é uma preciosidade, pois punha as condições que seriam o pretexto para um grande e derradeiro movimento de massas, que culminaria na pira funerária onde se lhe perderia o rasto, o monumento por excelência dos grandes heróis. De facto, foi um herói “quase perfeito”, não houvesse sido perdedor de muitas batalhas, e vencedor de outras tantas, recusando-se obstinadamente a considerar a guerra perdida.
Dos muitos opúsculos que li sobre Cunhal, nestes últimos dias, destaco o que escreveram dois cronistas do nosso meio. A Clara Ferreira Alves, ao afirmar que “temos sempre que perdoar os pecados a quem traduziu o Rei Lear (de William Shakespeare) para português enquanto tentava salvar o mundo, mesmo querendo aprisioná-lo”. Já o Daniel Oliveira reconheceu em Cunhal um génio político, eminentemente táctico, que sabia quando podia e devia avançar, e que não vacilava ao recuar, quando a isso o obrigavam as condições objectivas do combate político. A derrota final que foi a implosão do “socialismo real”, que era o seu oxigénio e a sua bússula, e que o levou a afastar-se da ribalta, foi apenas o epílogo de muitas e grandes vitórias, de que é beneficiário e devedor o povo português. Quanto à mediocridade que o rodeou e lhe sobreviveu, é uma herança que ele não soube ou quis acautelar, e que contradiz a sua genialidade e superioridade moral.
Pacheco Pereira anda há anos a historiar o movimento comunista e a traçar a sua biografia (não autorizada), constatando que no século XX português, não houve ninguém como ele, até onde a vista possa alcançar.
Entretanto, a Sibéria passou à história, ao passo que Guantánamo se tornou uma realidade. As oligarquias põem e dispõem, o império auto-decretou-se, exportando a guerra, instalando a sua lei e o seu imenso poder descricionário e tentacular. Assiste-se à cínica erosão dos direitos humanos, com a deslocalização dos interrogatórios sob tortura, para países “amigos” e pouco recomendáveis, fornecedores desse tipo de serviços, uma espécie de“outsourcing” para recolher informações, sem que os mandantes manchem as mãos. Em tempos foi a pressão do comunismo e a atracção que exercia sobre grandes parcelas da humanidade, que obrigou o capital a fazer cedências à social-democracia. Hoje, sem concorrência de monta, o capitalismo tomou o freio nos dentes, a globalização encheu o planeta e banalizou a miséria e a exploração, proletarizando toda a Humanidade, aviltando a democracia e levando ao extremo o estádio supremo do capitalismo.
Porém, Álvaro Cunhal acreditava que isto não vai ficar assim.
Entre as muitas e sérias apreensões que nos cercam, faço votos para que não se tenha enganado.
Pertenceu a uma linhagem que, nem sempre tendo razão, fazia da política uma actividade despojada, digna e superior, ao serviço da sociedade, exercida com serenidade, abnegação, frontalidade, determinação e seriedade intelectual.
Apesar dos sinais negativos e das sombras que se multiplicam, não quero acreditar que a sua estirpe esteja em vias de extinção.
Emigrante
Depois de ter caído na ratoeira do Terravista e da minha SEMENTEIRA ter sido engolida pela voragem do mercado e reduzida ao silêncio, pensei que a Geocities seria uma espécie de morada definitiva onde iria arquivando, na minha BIBLIOTECA VIRTUAL, parágrafo após parágrafo, todos os delírios que esta febre de rabiscador ainda vai produzindo. Puro engano! Deixei de poder fazer manutenção do “site”, o que quer dizer, em linguagem corrente, que me cortaram a palavra, sem uma palavra, sem uma justificação. A saída foi voltar a pedinchar alguns “bytes” aos “servidores” que (ainda) disponibilizam alojamento gratuito, para dar voz à minha prosa emigrante. Fico à espera que este Blogger, pelos tempos mais próximos, não me corte as voltas.
Subscrever:
Mensagens (Atom)