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EM DECLARAÇÕES para as televisões, ao estilo de apontamento de reportagem feito à saída de um qualquer evento, o senhor Almeida Santos, advogado e presidente do PS (partido Sócrates), do alto da sua experiência e conhecedor como é do potencial das novas tecnologias, avançou com uma rocambolesca e invejável teoria, sobre a violação do segredo de justiça. Na sua douta opinião, a coisa é facílima, direi mesmo SIMPLEX. Senão vejamos: polícias, magistrados, juízes, advogados e funcionários judiciais, isto é, as pessoas que têm acesso aos processos judiciais e outros elementos de investigação, assim como quem não quer a coisa, durante a consulta e manipulação dos documentos, puxariam do seu telemóvel equipado com câmara fotográfica de um quantos megapixeis, e bateriam uns quantos ciber-shots, e já está! As imagens dos documentos seriam posteriormente transferidas para um computador, melhoradas e calmamente transcritas, para virem a ser despachadas e usadas no futuro, com os mais maldosos intentos, contornando as precauções e acabando a violar o sacrossanto segredo de justiça. Como é óbvio, o doutor Santos não tem provas do que diz, mas como parece que anda a pôr em dia os seus conhecimentos sobre técnicas de espionagem, não vem grande mal ao mundo que entre em delírio, de vez em quando.
Por sua vez, o sociólogo António Barreto, em entrevista ao semanário EXPRESSO deu a entender que acredita piamente na existência de uma próspera indústria de escutas, associada com um promissor comércio de violações do segredo de justiça, e a coisa processa-se assim: os magistrados judiciais e do ministério público são os agentes que alimentam a imprensa com fugas de informação, que ainda por cima são pagas, e com isso ganham-se fortunas, mas como ninguém passa recibo, a coisa vai ser muito difícil de provar, digo eu, a não ser que se ponham os magistrados sob apertada vigilância e escuta, como sugeriu a preclaríssima doutora Cândida Almeida, ideia que, pelos vistos, o senhor Barreto subscreveria.
Nunca esperei que o lançamento e a colocação no domínio público do site PORDATA, de que António Barreto foi implementador, pudesse ficar manchado com declarações deste teor.
Almeida Santos e António Barreto, cada um na sua especialidade, bem podem juntar-se os dois à esquina, a tocar a concertina e a dançar o vira, a bem do combate contra as escutas e as violações do segredo de justiça, essas coisas que atentam contra a privacidade e mancham o bom nome de certas pessoas, verdadeiros mártires do serviço público, que só querem o nosso bem. Enfim, é o que temos!
EM DECLARAÇÕES para as televisões, ao estilo de apontamento de reportagem feito à saída de um qualquer evento, o senhor Almeida Santos, advogado e presidente do PS (partido Sócrates), do alto da sua experiência e conhecedor como é do potencial das novas tecnologias, avançou com uma rocambolesca e invejável teoria, sobre a violação do segredo de justiça. Na sua douta opinião, a coisa é facílima, direi mesmo SIMPLEX. Senão vejamos: polícias, magistrados, juízes, advogados e funcionários judiciais, isto é, as pessoas que têm acesso aos processos judiciais e outros elementos de investigação, assim como quem não quer a coisa, durante a consulta e manipulação dos documentos, puxariam do seu telemóvel equipado com câmara fotográfica de um quantos megapixeis, e bateriam uns quantos ciber-shots, e já está! As imagens dos documentos seriam posteriormente transferidas para um computador, melhoradas e calmamente transcritas, para virem a ser despachadas e usadas no futuro, com os mais maldosos intentos, contornando as precauções e acabando a violar o sacrossanto segredo de justiça. Como é óbvio, o doutor Santos não tem provas do que diz, mas como parece que anda a pôr em dia os seus conhecimentos sobre técnicas de espionagem, não vem grande mal ao mundo que entre em delírio, de vez em quando.
Por sua vez, o sociólogo António Barreto, em entrevista ao semanário EXPRESSO deu a entender que acredita piamente na existência de uma próspera indústria de escutas, associada com um promissor comércio de violações do segredo de justiça, e a coisa processa-se assim: os magistrados judiciais e do ministério público são os agentes que alimentam a imprensa com fugas de informação, que ainda por cima são pagas, e com isso ganham-se fortunas, mas como ninguém passa recibo, a coisa vai ser muito difícil de provar, digo eu, a não ser que se ponham os magistrados sob apertada vigilância e escuta, como sugeriu a preclaríssima doutora Cândida Almeida, ideia que, pelos vistos, o senhor Barreto subscreveria.
Nunca esperei que o lançamento e a colocação no domínio público do site PORDATA, de que António Barreto foi implementador, pudesse ficar manchado com declarações deste teor.
Almeida Santos e António Barreto, cada um na sua especialidade, bem podem juntar-se os dois à esquina, a tocar a concertina e a dançar o vira, a bem do combate contra as escutas e as violações do segredo de justiça, essas coisas que atentam contra a privacidade e mancham o bom nome de certas pessoas, verdadeiros mártires do serviço público, que só querem o nosso bem. Enfim, é o que temos!