Aqui, e muito para além do mito,
Amor teceu a flor da fantasia,
bordada de delírios de ambrosia,
viçosa de arrebois e de infinito!
Sortílegas, as águas do Mondego
ainda rememoram melopeias
que foram sangue a circular nas veias
do nosso mais fatal desassossego!
Na Fonte dos Amores, que secou,
na Quinta que das Lágrimas perdura,
no peito, a rubra flor que já murchou...
Sofrido de saudade e de amargura,
eu sou a nau que foi e não voltou
do sonho de evasão e de loucura...
Amor teceu a flor da fantasia,
bordada de delírios de ambrosia,
viçosa de arrebois e de infinito!
Sortílegas, as águas do Mondego
ainda rememoram melopeias
que foram sangue a circular nas veias
do nosso mais fatal desassossego!
Na Fonte dos Amores, que secou,
na Quinta que das Lágrimas perdura,
no peito, a rubra flor que já murchou...
Sofrido de saudade e de amargura,
eu sou a nau que foi e não voltou
do sonho de evasão e de loucura...
José-Augusto de Carvalho
24 de Maio de 2006 - Viana do Alentejo * Évora * Portugal
2 comentários:
Querido Amigo, grande abraço de gratidão por me acolheres no teu espaço.
Até sempre!
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